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no passado. Já fora namoriscada por outros homens. Por alguns não tinha sentido nenhum desejo, mas interessara-se por outros e perguntara-se se aquilo conduziria a uma relação sexual. No final, nunca se sentira segura e recusara-se a dar esse passo.

      Com Devon, isso não lhe acontecera. Desde o primeiro momento em que se tinha apresentado com a sua voz sensual e profunda, ela soubera que estava perdida. Passara as últimas semanas desejosa que chegasse aquela noite. Agora que chegara, todo o seu corpo desejava que a fizesse sua.

      Ele afastou-se um momento e ela ficou a olhar para ela com os olhos vidrados. Devon acariciou-lhe uma face com um dedo. Depois, voltou a beijá-la uma e outra vez. Os seus beijos eram ardentes. Deslizou a língua entre os seus lábios e brincou com a dela. O seu sabor era quente e extraordinário, fazendo-a desejar mais. Devon soltou um gemido e suspirou junto ao seu rosto.

      – Enlouqueces-me.

      Ela sorriu e o seu nervosismo acalmou. O facto de provocar aquele efeito num homem tão belo e atraente, aumentava a sua autoestima.

      Continuou a beijá-la pelo pescoço. Um arrepio de prazer percorreu-lhe os ombros. Os seus lábios continuaram a descer pela curva dos seus ombros para o peito.

      Pôs-se de joelhos em frente dela e a sua boca ficou à altura de um mamilo. Ashley conteve a respiração, desejando que a acariciasse. Era-lhe indiferente se era com a boca, os lábios ou a língua.

      Ele baixou a cabeça e beijou-a no umbigo. Depois subiu uns centímetros e continuou o percurso entre os seus seios até finalmente a beijar sobre o coração.

      Um sorriso desenhou-se nos lábios de Devon.

      – O teu coração bate depressa – murmurou.

      Ela continuou em silêncio. Não era preciso dizer nada. O coração estava prestes a saltar-lhe do peito. Mas as suas mãos não conseguiam estar quietas. Tinha os dedos afundados nas madeixas do seu cabelo castanho. Conforme a luz, os seus olhos eram âmbar, dourados, castanhos…

      Acariciou-lhe o cabelo, que estava algo desarranjado. Prestava tão pouca atenção ao cabelo como fazia a outras coisas que considerava sem importância.

      Devon levantou os olhos.

      – Estás assustada?

      – Aterrorizada – admitiu.

      O seu olhar tornou-se mais doce e rodeou-a com os braços, puxando-a para ele. A sensação do seu corpo nu contra o vestido, fê-la estremecer.

      – Estaria menos assustada se estivesses nu.

      Ele pestanejou, surpreendido, e depois riu-se, deixando a cabeça cair para trás.

      – Está bem – disse, pondo-se de pé à frente dela. – Fico feliz por dar-te prazer.

      Ela passou a língua pelos lábios húmidos, enquanto ele se afastava e começava a abrir a camisa.

      Ela permaneceu quieta, desfrutando. Ele estava em boa forma física, mas sem ostentar uma musculatura excessiva. Um cacho de caracóis salpicava-lhe o peito e uma suave linha de pelo descia pelo abdómen e desaparecia sob a cintura das calças.

      Desejava acariciá-lo, tinha que acariciá-lo. Fechou os punhos e franziu o sobrolho. Não havia regras na sedução, certo? Podia tocar-lhe. Não tinha nenhuma razão para permanecer quieta como uma estátua enquanto ele fazia todo o trabalho.

      Estava a começar a abrir as calças quando ela deslizou as mãos pelo seu peito e ombros. Ele ficou quieto e, por uns instantes, fechou os olhos.

      A sua reação fascinou-a. Causar-lhe-iam as suas carícias tanto prazer como a ela as dele? Uma sensação de poder invadiu-a. Aproximou-se ainda mais, desejando sentir a sua pele nua junto à dela. Soltou um gemido quando seus seios roçaram o peito dele. Foi uma sensação elétrica que a fez desejar mais, muito mais.

      – Que estás a fazer? – perguntou com voz alquebrada.

      – A divertir-me.

      Ele sorriu e permaneceu quieto, com as mãos no fecho das calças. Ashley acariciou-lhe o peito com as mãos abertas, explorando cada músculo e apreciando o contraste da força de Devon com a delicadeza do seu próprio corpo.

      – Despe-as – sussurrou.

      – Será que a tímida virgem se tornou uma sedutora?

      Precisamente naquele instante corou e então ele sorriu, soltando as calças para segurar o seu rosto entre as mãos. Depois, beijou-a, agarrando com força os seus lábios.

      O repentino nervosismo fez com que as suas mãos se movessem com inabilidade, enquanto procurava as calças. Ele permaneceu paciente, acariciando-lhe o rosto, com os olhos fixos nos dela enquanto Ashley lhe baixava as calças.

      Engoliu em seco e aventurou-se a olhar para onde a ereção dele se adivinhava sob uns singelos boxers. Tinha imaginado algo mais… Bom, não o tinha imaginado com uns boxers tão simples, embora ele não fosse homem de complicar a vida. Sim, usava roupa cara, mas era roupa confortável. Só se sabia que era cara ao ver a etiqueta.

      Dito de outra maneira, Devon Carter era um homem que fizera muito dinheiro, mas que não se preocupava em ostentá-lo. Em público, costumava estar à defesa, como se quisesse guardar as distâncias. Entusiasmava-a que confiasse nela o suficiente para mostrar-lhe o seu lado mais íntimo.

      – Acaricia-me – disse naquele tom sensual que a fazia derreter-se.

      Às apalpadelas, meteu a mão sob a cintura da sua roupa interior e continuou a descer até encontrar a aveludada dureza da sua ereção. Animada pela expressão de desejo dos seus olhos, rodeou com os dedos a base e, lentamente, deslizou-os para cima, percorrendo a sua longitude.

      Devon soltou o seu rosto e, impacientemente, baixou os boxers até ficar completamente nu, enquanto ela continuava a acariciá-lo suavemente. Embora não tivesse forma de compará-lo, tirando com algumas fotos que vira, parecia ter um tamanho adequado. Pelo menos não parecia tão grande que criasse um problema de compatibilidades.

      Segurou-lhe no pulso e afastou-lhe as mãos da ereção, aprisionando-as contra o peito.

      – Querida, estás a enlouquecer-me. Era suposto ser eu a seduzir-te e no entanto és tu quem me escraviza com cada carícia.

      Ela corou de prazer. Beijou-a novamente e abraçou-a, fazendo-a caminhar de volta à cama. Deteve-a quando as suas pernas estavam quase a roçar a manta. Depois, abraçou-a pela cintura e puxou-a para trás até deitá-la no colchão.

      A expressão de Devon tornou-se séria. Com ternura, afastou-lhe uma madeixa de cabelo da testa com um movimento suave.

      – Se em algum momento fizer algo que te assuste, diz-me e paro. Se queres que vá mais devagar, diz-me também.

      – Oh! – exclamou, incapaz de dizer algo devido ao nó que tinha na garganta.

      Puxou-o para que a beijasse. Sentia-se aparvalhada, mas isso não parecia importar-lhe. Teria gostado de mostrar-se mais desinibida, mas não tinha experiência e não se arrependia de ter esperado até àquele momento.

      – Amo-te – sussurrou Ashley, incapaz de conter por mais tempo aquelas palavras. Devon ficou imóvel e, por um momento, Ashley temeu ter rompido a magia do momento. Afastou-se com os olhos arregalados, procurando no seu rosto alguma reação, alguma indicação de que transpusera alguma barreira proibida.

      Estava convencida de que tinha deitado a perder o momento mais excitante e maravilhoso da sua vida por ser uma fala-barato. Nunca era capaz de conter-se.

      – Devon?

      Tremeram-lhe os lábios e começou a afastar-se, sentindo-se envergonhada.

      Em vez de responder-lhe, Devon jogou-se sobre ela e começou a devorar-lhe os lábios. Depois, meteu a língua na sua boca e começou a brincar com a dela.

      O seu corpo voltou à vida e arqueou-se contra ele. Ashley rodeou-o pelo pescoço enquanto Devon a apertava

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