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o carro e partir. Por alguma razão, era como se ele ainda permanecesse atrás de si, à espera de transpor a porta e de envolvê-la nos braços.

      Trevor pousou as palmas das mãos na ombreira da porta, sentindo a presença dela… encostada ao outro lado da madeira que os separava. Conseguia ouvir o coração acelerado dela através da madeira espessa e respirou profundamente para se acalmar. O seu instinto gritava-lhe que irrompesse porta adentro e tomasse o que lhe pertencia…, mas estaria condenado antes de lhe dar uma razão para deixar de amá-lo.

      Franziu a testa momentos depois, não a ouvindo afastar-se da porta. Inclinando-se para mais perto da barreira que os separava, pousou a testa na madeira fria e suspirou.

      “Envy”, murmurou. “Amo-te.”

      Foi então que a ouviu correr para o quarto.

      *****

      Jason sentou-se num banco de pedra que tinha sido colocado em frente de uma das criptas maiores para fazer uma pausa. Nos últimos três minutos não se tinha deparado com nada nem ninguém, o que era um recorde.

      Batendo de leve no anel, desejou que aquela coisa voltasse a ligar-se de alguma forma. Sentia um nó no estômago por não saber onde Tiara estava, nem se estava bem. Baixando um pouco a cabeça, criticou-se mentalmente por não ter sido capaz de a retirar do mausoléu. Que grande protetor tinha sido. Ela teve até de pedir ajuda a um demónio.

      “É melhor olhares para trás de ti”, disse de repente uma voz, de entre o silêncio circundante.

      Os olhos de Jason dispararam para cima e viram um homem de longo cabelo negro parado a uma distância curta. Piscou quando assimilou por fim as palavras do homem.

      Os cabelos da sua nuca ficaram em pé e saltou alguns passos para a frente, girando cento e oitenta graus para ver o que estava atrás de si. Quatro Skitters fitavam-no a apenas alguns centímetros de distância, com as suas bocas desprovidas de lábios arreganhadas e mostrando cada um dos seus dentes afiados.

      “Oh, vá lá!”, gritou Jason, sentindo um pequeno rasgo de ira. Estava farto de batalhar contra aquelas coisas. “Vocês ainda não perceberam, seus idiotas? Se vivem num cemitério, é suposto estarem mortos.”

      Angelica sorriu após ter alcançado Syn, mesmo a tempo de ouvir a irritação de Jason. “Ei, Jason, queres ver uma coisa fixe?”, perguntou ela, pondo-se ao seu lado e erguendo as mãos. Abriu a boca e começou a murmurar um feitiço que servia para os fazer implodir. Para seu desânimo, os Skitters recuaram subitamente, virando-se depois e fugindo para o interior da escuridão.

      “Impecável”, disse Jason, pensando que aquilo tinha sido o feitiço.

      “Raios partam, se parasses de os assustar, talvez tivesse conseguido fazer uma boa matança esta noite!”, explodiu Angelica enquanto se virava, encontrando Syn mesmo atrás de si. “Pareces um repelente de demónios.”

      Jason sorriu assim que percebeu aquilo de que ela se estava a queixar. “Bandeira Negra para demónios”, murmurou, mas calou-se rapidamente quando Angelica o fitou com um olhar enfurecido. “Quero dizer… sim. Tens toda a razão.” Quando em dúvida, deve-se concordar sempre com as mulheres.

      Syn riu brandamente. “Tudo o que fiz foi caminhar até ti, minha querida. Não posso fazer nada se os Spinnan me temem. Talvez sejam apenas cobardes. Queres ir em busca de monstros mais corajosos?” Foi recompensado quando Angelica revirou os olhos e sorriu. Ela estava a começar a gostar dele.

      Os ombros de Jason descaíram quando se apercebeu de que este era o homem sobre quem tinha sido avisado, na altura em que começara a fazer perguntas acerca da bela Angelica. Concluindo que aquele era um caminho sem saída, soltou um suspiro e voltou a sua atenção para o anel.

      “Esta porcaria é inútil… o maldito GPS está avariado ou assim.” Rosnou e tentou tirar o anel. Puxou durante um instante, mas decidiu parar quando sentiu a articulação do dedo estalar. Fitou de novo o anel durante algum tempo e inclinou a cabeça. Talvez fosse bom o anel não sair, porque se saísse… era provável que o atirasse aos malditos Skitters.

      “Como posso proteger a Tiara se não faço a menor ideia de onde raio possa estar?”, protestou para o anel. “Esta não é uma boa altura para dormir uma sesta, por amor de Deus.”

      “Posso ver isso?”, pediu Angelica, estendendo a mão de forma a que Jason pudesse pousar a sua mão na dela. Reconheceu o anel das memórias que Zachary partilhara com ela e estava curiosa quanto ao poder que continha.

      Jason não conseguia evitar observar Angelica com os olhos esbugalhados. Ela embalava a sua mão suavemente e examinava o anel com um olhar minucioso. A suavidade da pele dela na sua era muito reconfortante… embora se tenha encolhido quando Syn decidiu que aquele era um momento propício para se rir.

      Olhou para cima e viu Syn pelo canto do olho. Aquele riso tinha soado demasiado sinistro. A escaramuça com Kane na noite anterior tinha-o assustado, mas este tipo… provavelmente era ele quem o Diabo procurava debaixo da cama ou no roupeiro, antes de ir dormir.

      Syn observou pacientemente enquanto Angelica mantinha a palma da outra mão sobre o anel. Vê-la morder o lábio era a sua perdição. Alcançando-a, pousou a mão sobre a dela e entrelaçaram os dedos lentamente. Aproximando a sua cabeça da de Angelica, roçou o rosto no cabelo suave dela, ao mesmo tempo que a rodeava com a outra mão e a abraçava delicadamente.

      Angelica piscou subitamente ao sentir aquilo de que estivera à procura. “Isso é batota”, sussurrou, mas procurou rapidamente a aura do anel enquanto tinha acesso. Sentiu dois caminhos surgindo da direita… um deles era iluminado, o outro, sombrio. Por curiosidade mórbida, começou a seguir o caminho sombrio para ver onde ia dar.

      “Basta”, disse Syn suavemente, e afastou-lhe a mão do poder do anel. “O anel não só está ligado à mente da rapariga, como também à mente do demónio. Temos de ter cuidado para não o invocar acidentalmente.”

      Angelica engoliu e assentiu, sabendo que ele estava certo. Sentira-o, o poder do demónio dentro do anel. Deixou o cabelo cair para a frente para esconder os olhos, enquanto contemplava as suas mãos ainda unidas. Era íntimo e, ao mesmo tempo, sexual, um gesto de tal simplicidade que lhe deixou a mente num redemoinho.

      “Ele ainda está vivo?”, Jason cerrou os dentes e manteve a mão afastada de si, imaginando um demónio a irromper de dentro da mão numa explosão. Se aquilo que Nile dissera sobre Deth era verdade, aquele era um demónio que ele não queria mesmo que saísse do anel como se fosse um Génio. “Como se precisasse de outra razão para querer livrar-me já desta coisa.”

      “A rapariga está inconsciente”, informou-o Syn, mas estreitou os olhos, desagradado com a aura do anel. Sentira o demónio virar-se para olhar para si, mas quebrou a ligação antes de a imagem estabilizar. Se aquela criatura regressasse ao mundo, era impossível prever que trevas traria consigo.

      “Inconsciente? Essa é mais uma razão para a encontrar”, disse Jason, esquecendo o medo que sentia do anel. “Quem sabe em que sarilhos pode estar metida? Com ela desaparecida e com Zachary derrotado…”

      “Derrotado? Do que é que estás a falar?”, indagou Angelica bruscamente, ficando acirrada e soltando a mão da de Syn.

      “Pensava que sabias.” Jason franziu a testa. “Pensava que todos na equipa já sabiam disso por esta altura.”

      “Sabia do quê?” perguntou Angelica com frustração.

      “O Zachary ficou doido quando aquele demónio fugiu com a Tiara e explodiu o ninho predominante de onde estas coisas todas estavam a vir. O demónio que estava a criá-las foi consumido pelas chamas, juntamente com o ninho. O Zachary desmaiou no meio do fogo logo após a explosão.”

      Vendo o choque no rosto de Angelica, Jason continuou rapidamente: “Está tudo bem, o Ren tirou-o de lá e desapareceu… não o vimos desde então. O Storm provavelmente sabe para onde foram porque estava lá quando as coisas aconteceram.”

      “E a Tiara foi raptada por um demónio?” Angelica sentiu o coração acelerar. Não era de admirar que Zachary tivesse ficado

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