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o Ben. Não apenas porque ele puxou uma cadeira e se sentou praticamente no colo de Jenna e beijou sua testa enquanto se sentava, mas porque eu poderia facilmente acreditar que ele era o segundo cara mais lindo da cidade.

      E apaixonado. Ele estava totalmente apaixonado.

      — Acabei de acrescentar um acidente de carro enquanto o motorista estava enviando uma mensagem de texto. Só não tenho certeza se é engraçado o suficiente.

      Eu não tinha certeza se uma situação daquela tinha alguma maneira de ser algo engraçado, mas o que eu sabia?

      — Quero dizer — continuou ela. — É um assunto sério, mas, ainda assim, tem que ser engraçado.

      Ben assentiu como se esta fosse uma conversa normal.

      — Ah.... Ben! — exclamou Jenna, fechando seu notebook e apontando para mim. — Esta é Kasey Lane. Não é um dos melhores nomes de todos os tempos?

      Ben me ofereceu a mão e um sorriso que me disse que ele faria tudo para agradá-la, ou quase tudo. Eu não poderia imaginar encontrar um cara que visse o meu melhor no que os outros consideravam um pouco estranho.

      — Ben Donahue.

      — Kasey do nome incrível.

      Ele deu aquele sorriso para mim e eu não culpei Jenna nem um pouco por estar caidinha por ele. Onde ela era a típica garota nerd de óculos, ele era o típico cara de óculos modelo de catálogo e gostosão. Eles teriam os filhos míopes mais adoráveis de todos os tempos.

      — Então, Srta. do Nome Incrível, ouvi dizer que você está procurando um novo lugar para morar.

      Aquilo era constrangedor. Mais do que constrangedor. Mas, o que eu poderia fazer? Era verdade, eu estava desesperada e ele poderia ser a resposta.

      Eu contei a ele o básico: Emprego perdido, nova empresa, rompimento ruim, o fim.

      — Caras podem ser a ruína de todas as coisas boas. Eu sou um cara, mas tento me encaixar em somente cinquenta por cento dos quesitos básicos.

      — Cinquenta por cento?

      — Meus dois melhores amigos. Um é mulherengo e o outro está tentando salvar o mundo.

      — Eu não sabia que uma coisa excluía a outra. — Eu coloquei a mão sobre minha boca. Nada como insultar o amigo do cara de quem eu estava pedindo um favor.

      Ben riu. — Certo. Até que faz sentido. Mas Max é um cara legal. Ele foi meu colega de quarto na faculdade. Dane, bem... As mulheres acham que ele é atraente. Vamos resumir assim. Acho que eles se cancelam.

      Jenna fechou seu laptop e o colocou de lado. — Você vai gostar do Max. Você vai gostar do Dane também. É quase impossível não gostar, uma vez que você consiga ouvir o que ele diz através daquela beleza cegante que entorpece todos os seus sentidos.

      Isso era tudo que eu precisava… mais homens mulherengos. Eles provavelmente tinham namoradas de conveniência que não os pressionavam por um compromisso mesmo estando juntos há anos… ou, você sabe, fossem morar juntos.

      — Então, o negócio é o seguinte. Tenho uma casa a cerca de duas quadras daqui. Eu estarei fora por cerca de um ano. — Ele estendeu a mão e envolveu a mão de Jenna na sua. — Quando eu voltar para visitar, eu posso querer entrar no meu depósito, no mais, eu apenas ficaria com Jenna, se não acontecer mais nenhum desastre natural em sua casa. Eu me sentiria bem tendo alguém lá. Saber que não haverá problemas com canos congelados ou arrombamentos neste inverno. Eu estava pensando que isso seria um bom negócio para todos.

      Dois quarteirões de distância ficava perto demais de uma região superbonita. Eu tinha certeza de que não seria capaz de pagar um preço que fosse vantajoso para as duas partes, até que ele disse o valor.

      — Você não pode estar falando sério. Você pode conseguir o dobro disso.

      Ben deu de ombros. — Não preciso do dinheiro por causa do trabalho que arrumei. Minha hipoteca é baixa e seremos nós dois dividindo-a meio a meio. Achei que você gostaria de ver o lugar hoje.

      — Após o almoço. Você terá que sentar-se para uma refeição conosco enquanto isso, eu irei interrogá-la sobre sua nova empresa e o grande favor que você vai fazer por mim em troca de morar na casa do meu namorado.

      Vou ser honesta, essa declaração, mesmo dita em sua vozinha alegre, me deixou um pouco nervosa.

      Jenna voltou a digitar enquanto Ben e eu conversávamos. Me senti estranha batendo papo com o cara dela.

      — Não ligue para ela. Ela vai ficar em seu próprio mundo até chegar a um bom ponto para parar.

      Com um estalo, ela finalmente fechou o notebook. — Estou pronta para almoçar a hora que vocês quiserem.

      De alguma forma, ela fez aquilo soar como se fosse ela quem estivesse nos fazendo esperar esse tempo todo.

      — É claro que você está. Mas, Kasey estava tentando terminar algum trabalho. — Ben se inclinou e a beijou levemente antes de olhar para mim com um sorriso. — Estamos trabalhando na parte da conscientização.

      — Estou perfeitamente ciente. Só estou com fome.

      — Bem, podemos pegar um lanche para você, se isso for fazer você ser legal com a nossa companhia. — Ben se recostou na cadeira, observando Jenna guardar suas coisas.

      Jenna parecia triste. Quem olhasse acharia que Ben a estava matando de fome. — Talvez apenas um pequeno lanche. Quer dizer, porque teremos que esperar, depois caminhar até o restaurante e depois esperar pela comida. Então faz sentido um lanche.

      — É claro que faz. — Ben me deu um sorriso quando ele se levantou e foi em direção ao balcão. — Nunca fique entre Jenna e seu computador, ou sua comida. Tirando isso, ela é um amor.

      Bom saber.

      Eu estava prestes a comentar sobre a cintura minúscula de Jenna contrastando com o seu apetite não tão pequeno, mas em vez disso achei que era melhor terminar minha pesquisa para que pudéssemos levar a garota a um restaurante.

      Se a comida fosse o caminho para o coração de Jenna, e Jenna fosse o caminho para o apartamento do Ben, eu poderia nos levar a um local de almoço mais rápido do que um bunda-mole mulherengo poderia dispensar uma garota que não enxergava em que tipo de relacionamento na verdade estava.

      7

      SETE

      O APARTAMENTO DO BEN era tudo o que uma garota poderia sonhar. Instalado no último andar de um prédio estilo brownstone, o lugar tinha um pequeno “terraço” que era basicamente a cobertura do apartamento de baixo, um cantinho de café da manhã com uma grande janela, e uma pequena, mas confortavelmente mobiliada sala de estar. A cozinha era pequena, mas tinha um micro-ondas elevado para economizar espaço no balcão, e maximizar a minha capacidade de me alimentar. O quarto fazia divisa com a sala de estar e em um canto cercado por janelas ficava uma escrivaninha fofa.

      Eu poderia viver aqui. Eu poderia até trabalhar aqui.

      — Como você pode ver, a maior parte da minha hipoteca é localização. — Ben deu um pequeno sorriso autodepreciativo. — É tão pequeno que tive que aprender a mantê-lo limpo. Até uma meia no chão faz tudo parecer bagunçado. O prédio tem regras sobre tudo, então é melhor ter alguém sempre aqui. Mas, é um ótimo espaço e eu não quero ter que vendê-lo.

      Se fosse meu, também nunca iria querer perdê-lo.

      — Você está realmente disposto a sublocá-lo para mim a esse preço?

      — Na verdade eu não ia sublocá-lo. A empresa que contratou meu grupo vai nos acomodar em Londres. Agora eu não vou ter que me preocupar se algo acontecer no prédio, e eu posso me dar ao luxo de voltar para casa com mais frequência. — Ben passou um braço em volta de Jenna. — Você pode ver como o acordo é vantajoso

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