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sejam suportáveis.

      Ela corou e estremeceu perante as imagens que as suas palavras evocavam. Estava desejosa de ficar a sós com ele.

      Mas, ao mesmo tempo, aquele era o seu dia e ia gozar de cada segundo. Sorriu e as suas amigas apinharam-se em seu redor, antes dos seus primos, tios, pais, irmão e outros parentes e amigos. Era realmente o dia mais feliz da sua vida.

      Devon foi buscar um copo de vinho, enquanto era a vez do irmão de Ashley dançar com ela. Deveria estar a dançar com alguém da família de Ashley, mas havia tantas mulheres que não sabia reconhecer quais tinham algo a ver com ela.

      Em seguida, Cameron aproximou-se dele e Devon começou a assobiar, em jeito de gozo para com o smoking que o seu amigo tinha vestido.

      – Tu és a única pessoa por quem vestiria uma coisa destas – disse. – Não o vesti para o casamento de Rafe e Ryan casou tão depressa que só nos avisou depois do enlace. Mas não queria falhar a Ashley. Acha que sou alguém especial.

      Devon abanou a cabeça.

      – Não posso acreditar que tenhas ficado tanto tempo. Não costumas sair da tua gruta durante tanto tempo.

      – É suposto eu retransmitir felicitações ou condolências, o que preferires, da parte de Rafe e Ryan. Ambos lamentam não poderem vir, mas as suas esposas estão quase a dar à luz e é compreensível que tenham que permanecer ao seu lado.

      – Esquece – disse Devon. – O facto de eu me casar não é o fim do mundo. Não foste tão chato com Rafe e Ryan.

      – Sim, fui – disse Cam com um sorriso. – Mas mereciam. Eram ambos desprezíveis.

      – Como se tu fosses um exemplo de amabilidade. Odeias toda a gente, em especial as mulheres.

      – Não as odeio. Aliás, gosto demasiado delas. Além disso, é divertido gozar contigo. Acho que Ashley é perfeita para alguém tão arrogante e rotineiro quanto tu.

      – Não é isso que pretendo – disse Devon. – Estou no limite. Serei feliz quando tudo isto tiver acabado. Estou muito preocupado com Ashley poder descobrir a verdade e mandar-me para o inferno. Vamo-nos daqui e apanhamos o avião para Saint Angelo, depois já me sentirei bem.

      – Tendo em conta o que te aguarda, desejo-te o melhor – disse Cameron. – Acho que cometeste um grave erro casando-te com alguém como parte de um acordo empresarial, mas é uma mulher muito doce e podia ter sido pior. De qualquer forma, não estou preocupado contigo, mas sim com ela.

      – Ena, obrigado – disse Devon. – Fico contente por te preocupares comigo.

      Cameron viu Ashley na pista de dança enquanto o seu irmão a fazia rodar. Riu-se e o seu sorriso iluminou toda a sala. Era óbvio que estava a divertir-se mais do que nunca.

      – Ao menos, tu não acabarás com o coração partido – disse Cameron, baixando a voz. – Mas podes dizer o mesmo dela?

      – Não lhe vou partir o coração, caramba! Podemos esquecer o assunto? A última coisa de que preciso é que alguém nos ouça.

      – Sim, claro. Acho que vou apresentar os meus respeitos à noiva antes de voltar para a gruta.

      Devon viu o amigo dirigir-se à pista de dança. Uns segundos mais tarde, Eric deixou Ashley nos braços de Cameron.

      – Fizeste a minha filha muito feliz – disse William Copeland.

      Devon voltou-se e viu o sogro mesmo atrás dele. William sorria, contente.

      – Bem-vindo à família, filho – disse, dando uma palmada a Devon nas costas.

      – Obrigado, senhor. É uma honra.

      – Leva a Ashley e divirtam-se. Não te preocupes com os negócios, depois teremos tempo quando voltares para pensarmos no que há a fazer.

      – Claro – disse Devon, assentindo.

      – A mãe de Ashley quer que te diga que o carro que vos vai levar ao aeroporto está à espera lá fora. Agora, se gostas de tradições, deverias fazer alguma tolice como cortar o bolo. Mas se eu estivesse no teu lugar e acabasse de casar com uma das raparigas mais atraentes de Nova Iorque, escapulia-me e fugia. Chegariam ao aeroporto antes que alguém desse conta da vossa partida.

      – Esse é o melhor plano que ouvi em toda a noite – disse Devon sorrindo. – Cobrirá a minha fuga?

      William esboçou um sorriso cúmplice.

      – Claro, filho. Vamos, vai buscar a tua esposa. Todos ficarão encantados por comerem o bolo por ti.

      Devon riu-se e cruzou a multidão para resgatar Ashley de Cameron.

      O sol estava a esconder-se no horizonte quando Devon atravessou a ombreira da suite com Ashley ao colo. Assim que a deixou no chão, correu as portas do alpendre para abri-las.

      – Oh, Devon, isto é lindo! – exclamou ao ver a variedade de cores que enchiam o céu.

      Ele aproximou-se por detrás e abraçou-a, puxando-a para o seu peito. Beijou-lhe a orelha e ela suspirou de prazer.

      – Não posso acreditar que esta será a nossa vista durante toda a semana. Sabes há quanto tempo não vou à praia? Desde que era criança.

      – Como? – perguntou surpreendido. – Não costumas ir à praia?

      – Eu sei, é terrível, não é? Não sei porquê. A minha família não ia de férias para a praia e os meus amigos também não gostam muito. Nunca me tinha preocupado em vir e aqui estamos. É tão bonito que não encontro palavras para descrever – disse, sem fôlego.

      – A mim, parece-me que te sobram palavras. Fico contente por gostares.

      Ela voltou-se nos seus braços, deixando que as suas mãos seguissem para a cintura.

      – Como descobriste este lugar? Nunca tinha ouvido falar de Saint Angelo.

      – Estamos a construir um hotel aqui. Vamos ser os primeiros. Ryan e Kelly vivem aqui, lembras-te?

      Ela enrugou o nariz.

      – Ah, sim, falaste-me deles, mas não os conheço. Só conheço Cameron.

      – Depois tratamos disso. Bryony e Kelly estão quase a dar à luz, por isso não podem viajar. Jantaremos com Ryan e com Kelly enquanto estivermos aqui e estou certo de que em breve poderemos encontrar-nos com Rafe e Bryony.

      – Estou desejosa.

      – Neste momento, não me importo com isso – murmurou Devon. – Estou mais interessado na nossa noite de núpcias.

      Ashley sentiu as faces a arder ao mesmo tempo que um delicioso calafrio lhe percorria as costas.

      – Tenho que mudar-me. Tenho algo especial. É uma surpresa.

      – Hum, que tipo de surpresa?

      – Bom, é um presente das minhas amigas. Garantiram-me que nenhum homem é capaz de resistir.

      – Então, lembra-me de agradecer-lhes.

      – Ainda não me viste com ele.

      – Aposto que vou gostar. Gostaria de ti até se vestisses um hábito. Seja o que for que te compraram, estou certo de que gostarei antes de arrancar-to desse corpo tão desejável.

      Ashley estremeceu, excitada. Mal conseguia conter-se.

      – Está bem, espera aqui. Dá-me pelo menos quinze minutos. Quero estar perfeita. E nada de espiar-me!

      – Está bem, mas apressa-te. Vou descer para ir buscar uma boa garrafa de vinho e também para pedir que nos tragam o pequeno-almoço amanhã de manhã. Tens tempo até eu voltar.

      Ashley pôs-se em pontas de pés, beijou-o e passou junto a ele para entrar na suite. Depois, esperou que saísse do quarto para tirar aquela peça rosa da sua mala.

      Mudou-se

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