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      Editado por Harlequin Ibérica.

      Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Núñez de Balboa, 56

      28001 Madrid

      © 2019 Kim Lawrence

      © 2020 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Coração em dívida, n.º 1844 - dezembro 2020

      Título original: A Wedding at the Italian’s Demand

      Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd

      Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

      Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

      Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

      ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

      ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

      As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

      Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

      Todos os direitos estão reservados.

      I.S.B.N.: 978-84-1348-991-9

      Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

      Sumário

       Créditos

       Capítulo 1

       Capítulo 2

       Capítulo 3

       Capítulo 4

       Capítulo 5

       Capítulo 6

       Capítulo 7

       Capítulo 8

       Capítulo 9

       Capítulo 10

       Capítulo 11

       Capítulo 12

       Epílogo

       Se gostou deste livro…

      Capítulo 1

      Cercado de tapeçarias de um valor incalculável, Ivo Greco percorreu o corredor em direção às enormes portas de vidro. Era obrigatório que as portas permanecessem fechadas para que se mantivessem os níveis adequados de luz e humidade para a boa conservação das antiguidades.

      Do outro lado das portas ficavam os aposentos do seu avô, e era para aí que se dirigia. Há dois dias, o avô tinha exigido a sua presença e ninguém fazia esperar Salvatore Greco.

      Embora Salvatore, um homem com uma grande fortuna e muito poder, costumasse dizer que respeitava as pessoas que lhe faziam frente, a realidade provava precisamente o oposto. Desde os seus oito anos, quando Salvatore ficara a cuidar dele e do seu irmão, que Ivo era plenamente consciente de como era fácil irritar o avô. Tinha acontecido um dia antes de fazer anos, quando o seu pai decidiu que a vida sem a sua falecida esposa deixara de fazer sentido.

      Ivo encontrara o corpo sem vida do pai e o avô tinha-o encontrado a ele.

      No meio daquele horror, Ivo recordava claramente a força dos braços do avô, a segurança que lhe tinha oferecido ao pegar-lhe ao colo e em afastá-lo daquela cena que lhe tinha causado pesadelos durante toda a sua infância.

      Já adolescente, Ivo sabia o muito que devia ao avô, apesar de saber que Salvatore não era nenhum anjo, mas um homem duro e cruel, nem sempre justo e quase impossível de satisfazer.

      Ainda assim, fosse ele como fosse, fizesse ele o que fizesse, Salvatore era a pessoa que o salvara daquele inferno.

      Ivo cruzou as portas e penetrou num corredor com muito mais luz graças a uns enormes janelões com uma espetacular vista para o mar Tirreno que cintilava em azul-turquesa sob o sol matinal da Toscana.

      Os aposentos do seu avô ocupavam a zona mais antiga do edifício e incluíam as torres quadradas do século XII construídas por um dos seus antepassados. A enorme porta do estúdio estava aberta e Ivo entrou. Quase levou as mãos ao bolso interior do casaco do fato para retirar os óculos de sol e pô-las, tal ele era aquele reflexo branco e cromado.

      Cinco anos atrás, o avô tinha mandado arrancar os antigos painéis de madeira que cobriam as paredes, tal como os livros, e agora a decoração era moderna e quase hospitalar. «Eficiente», tinha sido a palavra utilizada pelo seu avô quando lhe puseram monitores nas paredes. A única coisa que se tinha salvado do mobiliário anterior era a antiga secretária de madeira que dominava a sala.

      A ampla e sensual boca de Ivo esboçou um sorriso ao recordar a ocasião em que tinha admitido ter saudades do velho estúdio, provocando ainda mais gozo ao acrescentar que gostava do cheiro dos livros velhos. Aparentemente, isso tinha confirmado a suspeita do avô de que ele era um estúpido sentimental.

      Ivo tinha aceitado o insulto com um encolher dos seus largos ombros, consciente de que se Salvatore realmente pensasse isso sobre ele não o teria posto à frente da divisão de Informática e Comunicações da Greco Industries; embora, na verdade, o seu avô tivesse tido esse generoso gesto porque não acreditava que ele fosse durar muito tempo no cargo.

      Naquele momento, a sua gratidão tinha sido sincera, apesar de Ivo saber que a intenção do avô era cortar-lhe as asas. Tinha esperado que o jovem Ivo fracassasse; mais ainda, esse tinha sido o objetivo: que ele fracassasse e publicamente.

      Mas Ivo tinha gorado essas expectativas, recusando ao avô a oportunidade de ser ele a salvá-lo de um suposto apuro. O que tinha causado uma grande frustração a Salvatore, um homem que gostava de controlar tudo.

      E, até à data, Ivo tinha carta-branca.

      Seria isso que iria mudar?

      Não tinha tendências paranoicas, mas também não acreditava em coincidências e, que o seu avô escolhesse aquele momento para falar com ele, momento que coincidia com a recente fusão a nível global que ele negociara, despertara-lhe as suspeitas. Era significativo que a dita fusão levasse a um crescimento do departamento de Informática de Greco Industries, já que a este não era dada a mesma relevância que a outros departamentos.

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