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      Editado por Harlequin Ibérica.

      Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Núñez de Balboa, 56

      28001 Madrid

      © 2018 Abby Green

      © 2020 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Refém dos seus beijos, n.º 1837 - outubro 2020

      Título original: The Virgin’s Debt to Pay

      Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd

      Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

      Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

      Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

      ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

      ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

      As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

      Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

      Todos os direitos estão reservados.

      I.S.B.N.: 978-84-1348-814-1

      Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

      Sumário

       Créditos

       Capítulo 1

       Capítulo 2

       Capítulo 3

       Capítulo 4

       Capítulo 5

       Capítulo 6

       Capítulo 7

       Capítulo 8

       Capítulo 9

       Capítulo 10

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      Capítulo 1

      Nessa O’Sullivan nunca se considerara capaz de cometer um crime, mas ali estava, no perímetro de uma propriedade privada, entre as sombras da noite, quase a entrar e a roubar uma coisa que não lhe pertencia.

      Com uma careta, segurou a chave do irmão para entrar nos escritórios do criador de cavalos de corridas, Luc Barbier. Só de pensar no dono da coudelaria, percorreu-a um calafrio de apreensão. Estava por baixo do ramo frondoso de uma árvore, perto do jardim que levava à porta principal do edifício. Deixara o seu carro velho a alguns quarteirões dali e subira por um muro para entrar.

      A sua própria casa familiar não era longe, por isso, conhecia muito bem a zona. Brincara naquelas cavalariças quando era criança, quando tinham pertencido a outra pessoa.

      No entanto, era tudo estranho e ameaçador e ainda mais quando o ulular de um mocho, de uma árvore próxima, a assustou. Obrigou-se a respirar fundo para se acalmar e amaldiçoou novamente o irmão impulsivo por se ter ido embora daquela forma. Ainda que a verdade fosse que não podia culpar Paddy Júnior por não ter estado à altura de Luc Barbier, o milionário francês áspero e misterioso que liderava o mundo dos cavalos de raça pura.

      O seu aspeto moreno e atraente despertara rumores sobre a sua procedência. Alguns diziam que fora abandonado por uns ciganos e que vivera nas ruas, antes de se transformar numa espécie de lenda no mundo das corridas por causa da sua habilidade para domar os puros-sangues mais difíceis.

      Progredira em muito pouco tempo e possuía uma das mais prestigiosas coudelarias de Paris, para além daquela quinta enorme na Irlanda, onde tinham sido treinados os melhores cavalos de corridas, sob a sua supervisão rígida.

      As pessoas diziam que o seu talento era uma espécie de bruxaria proveniente dos seus antepassados misteriosos.

      Outros rumores garantiam que fora apenas um pequeno delinquente que saíra das ruas graças à sua firmeza e à sua intuição para os negócios.

      O mistério das suas origens era mais um enfeite para a expectativa que despertava, pois, para além dos cavalos, investira em múltiplas áreas de negócios e quintuplicara a sua fortuna em poucos anos. Agora, era um dos empresários mais ricos do país.

      Desde que Barbier o contratara como capataz, há alguns anos, Paddy Júnior, irmão de Nessa, não parara de falar daquele tipo com uma mistura de admiração e respeito.

      Nessa só o vira uma ou duas vezes de longe em algum mercado de cavalos de elite na Irlanda, onde costumavam participar os mais importantes nomes do mundo das corridas, xeques, a realeza e os mais ricos do planeta.

      Barbier destacara-se entre todos, por causa da sua altura e do seu aspeto. O cabelo preto, espesso e indomável, comprido até ao colarinho da camisa. O rosto forte e moreno com uma expressão séria e os olhos escondidos por trás dos óculos de sol. Com os braços musculados cruzados por cima de um peito largo, observara o desfile de animais com atenção. Mais do que um comprador, parecera uma estrela de cinema imponente.

      Ao contrário do resto dos participantes, não tinha guarda-costas à vista. Embora o seu ar ameaçador deixasse claro que era muito capaz de se proteger sozinho.

      A única razão por que Nessa estava ali naquela noite, prestes a entrar numa propriedade privada por causa do irmão, era porque Paddy lhe assegurara que Luc Barbier estava em França. Não tinha vontade de o encontrar, é claro. Das poucas vezes que o vira, experimentara uma sensação estranha na barriga, uma excitação inesperada que não era apropriada e não devia sentir por um desconhecido.

      Respirou fundo outra vez e deu um passo para a frente. O latido de um cão fê-la parar. Susteve a respiração e, quando o cão parou, continuou a andar para a porta. Passou por baixo do arco que levava ao pátio, onde eram os escritórios da equipa administrativa.

      Seguiu as instruções de Paddy até aos escritórios centrais e, com o coração acelerado, usou a chave correspondente para abrir a porta. Aliviada por não ouvir um alarme, nem sequer se questionou porquê.

      Estava escuro lá dentro, mas, na penumbra, conseguiu vislumbrar as escadas. Foi para o andar superior, iluminando com a lanterna do telemóvel. Depressa, encontrou o escritório do irmão. Abriu-o com outra chave e entrou sem fazer barulho, antes de fechar a porta atrás dela. Apoiou-se contra a parede por um instante, com o coração prestes a sair pela boca. Tinha as costas encharcadas em suor.

      Quando se sentiu um pouco

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