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Fora Do Comum. Naomi Bellina
Читать онлайн.Название Fora Do Comum
Год выпуска 0
isbn 9781802500240
Автор произведения Naomi Bellina
Жанр Зарубежные любовные романы
Издательство Tektime S.r.l.s.
Agora ela se lembrava de Curtis. Um menino quieto, ficou com ela por apenas um mês, então sua família mudou. O que se lembrava era que o menino era estranho. Ele se parecia muito com o pai, magro e pálido, e não falava muito. Sentava-se sozinho para almoçar e se encostava na parede de tijolos da escola vendo as outras crianças brincarem no recreio, nunca participando. Ela se sentia mal por ele porque as outras crianças o ignoravam, mas ele não parecia se importar, então o deixava em paz. Descobriu que algumas crianças preferiam ficar sozinhas.
Mas acabou tendo que repreendê-lo gentilmente. Na sala de aula, ele a observava muito, seguindo cada movimento, mesmo quando deveria estar fazendo uma tarefa. Um dia ela o chamou de lado e perguntou se havia algo errado.
Ele sorriu – um sorriso assustador – e balançou a cabeça. Ela pediu que ele parasse de olhar fixamente e disse que era considerado rude observar uma pessoa tão atentamente. Ele só disse, “Sim, senhora” e esse foi o fim da conversa. Ele parou de observá-la tanto, e mudou-se logo depois. Ela não tinha mais pensado nele.
Por que daria um presente para ela? Ela realmente tinha ajudado? Com o quê? Star abriu lentamente a tampa e saltou ao ouvir um trovão. Uma explosão de luz girou ao seu redor, sentiu-se levantada da cadeira e puxada.
Capítulo Dois
Star piscou e girou a cabeça, atordoada. O que tinha acontecido? Como ela passou de estar sentada à mesa da cozinha a esparramada no chão no que parecia ser um quintal? Não reconhecia este lugar. Estava cheio de árvores, plantas e flores, mas a folhagem não era familiar. Várias fontes borbulhavam e alguns pássaros piavam – tirando isso, estava silencioso. Enquanto lutava para se levantar, um homem apareceu, andando rapidamente por um caminho pavimentado com pedras.
– Certamente não foi uma aterrissagem muito elegante. Espero que não esteja danificada. Céus, o que tem sua mão? Você está pegando fogo!
O estranho a agarrou e puxou para uma fonte próxima, depois enfiou a mão dela na água.
– Não estou pegando fogo, seu idiota, era um cigarro, e o meu último. Onde merda estou e o que está acontecendo?
– Não há realmente nenhum motivo para gritar e xingar assim. Não é muito elegante. Se você vier comigo, eu explico.
Star observou o homem de perto. Havia algo errado. Ele era alto e esguio, tinha olhos amendoados e cabelos que tocavam seus ombros. Suas pernas e braços pareciam um pouco mais longos do que deveriam. As orelhas dele! Era isso que estava realmente errado. Elas eram pontudas. Quando olhou mais de perto, percebeu que a cor da pele dele era estranha. Tinha um bronzeado ruim ou era roxo. Star cruzou os braços e ergueu o queixo.
– Não vou a lugar nenhum com você até que me diga quem é e o que está acontecendo. – Embora tivesse tentado parecer corajosa, seu coração batia forte e suas palmas estavam suando
– Devo insistir que venha comigo agora. Oh, onde está Vesta? Ela é que deveria cuidar das mulheres.
– Estou indo, estou indo – gritou uma voz, e uma mulher veio correndo por outro caminho. – Sinto muito, Roven, fiquei presa.
A mulher se parecia muito com o homem, orelhas pontudas e tudo. A pele deles não era realmente roxa, mas de uma cor de malva muito clara, realçando o verde de seus olhos. Ambos usavam calças e camisas largas, mas a mulher tinha cabelo curto e rosa. Star piscou e balançou a cabeça. Algo devia estar errado com seus olhos, ela decidiu. Essas pessoas pareciam ser duendes roxos!
De repente, um trovão encheu o ar e um homem apareceu no mesmo local onde Star acabara de chegar. Ele também caiu de quatro.
– O que é isso? Não deveríamos receber duas entregas ao mesmo tempo. E por que o pouso desses humanos está sendo tão difícil? Eles vão ficar danificados. Que os céus e a deusa nos protejam – exclamou Roven.
O recém-chegado levantou-se de um salto e se virou para ela.
– O que está acontecendo? – Parecia estar como Star imaginava que ela mesma estava, chocado, confuso e com raiva. Ele também, no entanto, parecia inteiramente humano e bastante atraente, o que deu a Star um pouco de conforto.
O duende foi até ele e agarrou seu braço.
– Se vier comigo…
– Não vou a lugar nenhum com você, e tire suas mãos de mim antes que dê um soco em você.
– Guardas! – Roven gritou.
Vesta segurou o braço de Star, mas ela afastou a mão da mulher.
– Senhora, talvez eu dê um soco em você também. Me deixe em paz.
Vários duendes apareceram carregando lanças. Cercaram o homem e puxaram seus braços para trás, em seguida, o levaram embora.
– Por favor, não me faça chamar mais soldados. Estamos com poucos e Sua Majestade ficará muito chateada se pegarmos os guardas do palácio. Venha tranquila comigo – a duende implorou.
Star avaliou rapidamente a situação e decidiu que a resistência não era a melhor escolha. Eles tinham armas, ela não.
– Aonde está me levando? Pode me dizer o que está acontecendo?
– Mais tarde. Preciso levá-la ao seu quarto e prepará-la para o banquete desta noite. Sua Majestade insiste que todos os recém-chegados sejam pontuais e estejam devidamente vestidos.
A duende conduziu Star por outro caminho de pedra, passando por um enorme arco e entraram em uma enorme sala aberta. Star olhou ao redor maravilhada, sentindo que estavam no meio de um programa do Discovery Channel passeando por um antigo palácio. Móveis grandes e ornamentados enchiam o espaço e as paredes de pedra eram decoradas com quadros brilhantes. A mulher caminhava rápido demais para Star ter a chance de ver as obras de arte de perto, mas não reconheceu nenhum dos quadros.
Elas subiram uma escada em caracol e chegaram a um quarto que continha uma cama, uma penteadeira, um sofá e algumas outras peças de mobília que não combinavam. Não havia janelas, Star notou, para seu desânimo. Ela sentiu a claustrofobia se aproximando.
– Aqui está um vestido para você usar. Há uma jarra em sua mesa de cabeceira com água que é segura de beber. Há uma banheira ali – a água ainda deve estar quente. Vou ajudá-la a se despir e a se banhar.
– Não preciso de ajuda para me despir e certamente não preciso de ajuda para tomar banho – Star disse a ela, cruzando os braços ao redor de seu corpo. Ela golpearia esta mulher se tentasse tirar sua roupa. Star não ficava nua na frente de qualquer pessoa.
– Precisamos nos apressar... Sua Majestade ficará brava se chegarmos atrasadas.
– Sim, eu entendi, ele não gosta de atrasos. Se não quer me dizer onde estou, pelo menos me fale sobre este banquete, por que tenho que tomar banho e quem é esta Majestade. Você me arranca de minha casa e espera que eu siga suas ordens sem me dar qualquer informação. O que acontecerá se não obedecer? Vai me machucar?
– Por favor, apenas faça o que estou pedindo. Teremos uma refeição adorável e depois poderemos conversar, eu prometo. Não queremos machucá-la. Agora, deixe-me ajudá-la.
– Acho que consigo tomar banho e me vestir sozinha. De verdade.
– Certo, vou deixá-la sozinha. Não tente ir embora, haverá um guarda do lado de fora da sua porta.
– E para onde merda eu iria?
A mulher estremeceu.
– Vocês, humanos, falam muitos palavrões. Não é muito elegante. Voltarei para buscá-la logo. Esteja pronta.
Elegante o cacete. Espere até eu ficar bem brava, vou mostrar a vocês o que é elegância. Star sabia que sua linguagem tendia a ficar pesada quando estava com medo e com raiva, e agora ela sentia as duas coisas.