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      Voltou a repetir a carícia, mas dessa vez nos olhos, pressionando suavemente sobre as suas pestanas.

      – Uma pele de pêssego, tão suave e delicada que até tenho medo de a magoar…

      Com as mãos, acariciou-lhe as faces e, depois, seguiu até ao pescoço.

      Tamanha suavidade fê-la tremer por completo.

      Mas quando os lábios seguiram as mãos, Megan ficou totalmente paralisada com o prazer sensual que a fez fechar os olhos com força, para melhor desfrutar das fantásticas sensações provocadas.

      A boca de Cesare moveu-se sobre a sua pele, beijando-a, acariciando-a até voltar a alcançar-lhe a boca.

      – E uma boca… – murmurou contra os seus lábios. – Feita para beijar.

      Dessa vez, o beijo foi realmente apaixonado. O tipo de beijo que parecia roubar-lhe a alma e que fazia com que o sangue lhe fervesse nas veias.

      Megan sentiu derreter-se, enquanto ele pressionava o seu corpo contra o dela, obrigando-a a sentir a força do desejo. Não era brincadeira nenhuma. Aquilo era uma realidade dura e sólida. A resposta de um homem para com a mulher desejada… impossível de esconder.

      E a mesma resposta surgia do seu próprio corpo, derretendo-lhe o coração, retorcendo-lhe os nervos.

      Cada fibra latia com o desejo crescente, enviando-lhe sensações pujantes à sua parte mais íntima e feminina.

      Suspirou na boca dele, enquanto se movia inquieta contra o corpo dele, sentindo a força da sua erecção.

      – Acho que ficaríamos mais cómodos se…

      O resto das palavras de Cesare perderam-se noutro beijo. Mas Megan não necessitava de palavras. Tê-lo-ia seguido para qualquer parte e foi o que fez, passo a passo, até ao sofá que havia em frente à lareira.

      Ele sentou-se e arrastou-a até ao seu lado. Ela aproximou-se o mais possível e aprisionou-lhe a boca para brincar intimamente com a língua dele.

      – Meggie…

      Dessa vez, ela não objectou o uso do seu nome de infância. Soou suave e terno e, ao mesmo tempo, sensual. Mas o que mais a excitou foi o tom de rendição total, a declaração de que se tinha abandonado por completo a ela.

      Sentiu-se poderosa e atreveu-se a desapertar-lhe o nó da gravata. Assim que a sua pele bronzeada ficou exposta, a jovem atirou-se sobre o pescoço dele para o saborear.

      – Meggie!

      Era um grunhido de resignação. Um som que significava abandono total. Com um movimento rápido, Cesare deitou-a sobre o sofá e colocou-se sobre ela.

      As mãos dele começaram a mover-se de forma impaciente sobre o corpo de Megan. Num instante, puxou-lhe a t-shirt de dentro das calças e ergueu-a para lhe beijar a pele nua.

      Megan conteve o alento, derretendo-se de puro prazer, enquanto os seus mamilos se endureciam, pressionando o tecido do soutien.

      – Bellissima, squisita…

      Cesare começou a falar no seu próprio idioma. As palavras provinham das profundezas da sua garganta e o seu sotaque era cada vez mais musical.

      – Megan, sempre foste um encanto, mas agora que és uma verdadeira mulher…

      Não soube como continuar, mas não era necessário porque a paixão que sentia reflectia-se nos olhos. Durante uns segundos, os seus olhares ficaram presos um ao outro. Megan sentiu que ele lhe estava a fazer uma pergunta e ela respondeu-lhe, também sem palavras.

      Pensava que conseguia adivinhar aquilo que Cesare tinha em mente. Ainda pensava nela como numa menina, a adolescente que não o deixava em paz. E esses pensamentos deviam provocar-lhe certa hesitação, interrogar-se sobre se estaria pronta para continuar, se Megan era mulher suficiente para ele.

      Estava certa de que o seu olhar devia ter-lhe dado a resposta. Mas, mesmo assim, colocou toda a sensualidade que sentia no beijo, utilizando o corpo para lhe comunicar a necessidade ardente que crescia dentro de si.

      – A resposta é: sim, Cesare – sussurrou com voz temerosa, com a boca muito colada ao ouvido dele. – Se me quiseres: sim, sim, sim! Sou toda tua, aqui e agora… onde quiseres e quando quiseres.

      A única resposta de Cesare foi uma maldição em italiano e, momentos depois, Megan já não conseguia pensar em mais nada. As mãos de Cesare deslizaram sob o elástico do soutien e afastaram-no, sem se incomodar em desapertá-lo.

      Da sua boca escapou um gemido de êxtase quando as palmas das mãos pousaram sobre os volumosos peitos. E quando começou a mover os polegares, de forma suave e delicada, em redor dos mamilos, a provocação transformou-se em tormento.

      – Madre di Dio!

      Cesare voltou a murmurar em italiano, enquanto lhe despia a t-shirt e a atirava para o chão com impaciência, antes de regressar aos seios dela. Ergueu-os e, com um leve movimento de cabeça, aprisionou um deles na boca para o sugar com força.

      – Megan, amor, não estavas a mentir quando me disseste que tinhas crescido muito ultimamente. A última vez que te vi, comparado com hoje, ainda eras uma menina…

      Deslizou a língua pelo sensível mamilo, fazendo-a tremer de maneira descontrolada.

      – Aqui e em todas as partes. Mudaste, cresceste… transformaste-te numa verdadeira mulher.

      Aquelas palavras ressoaram na mente de Megan como uma odiosa recordação, como a morte de todas as suas esperanças, apagando-lhe a paixão com um vento frio e amargo.

      – Não!

      Era um grito de dor, de confusão, que ecoou por todo o quarto.

      – Não?

      – Não pode ser. Não é possível.

      Cesare ficou perplexo, como se tivesse recebido um forte golpe no rosto. A dada altura, mostrara-se selvagem e desejosa, totalmente desinibida nos seus braços… e agora…

      – Não posso. Não quero fazê-lo.

      – Mentirosa. Estás a brincar comigo…

      – Não, não é isso.

      Com uma força inesperada, separou-se dos seus braços e deslizou pelo chão até junto da chaminé de mármore. Envolveu-se com os próprios braços para tapar o peito nu e negou com a cabeça de forma tão violenta que o cabelo lhe ocultou o rosto.

      – Tens que acreditar em mim. Não estou a brincar… a sério. Não quero fazê-lo.

      Aquilo era de mais.

      – Não queres?! – repetiu Cesare com uma ameaça velada. – Não queres? Ora, ora, Megan, pára de gozar comigo. Estavas tão excitada como eu, não tentes negar. Não sou cego… nem surdo. Vi a paixão nos teus olhos… ouvi-a sair dos teus lábios. «Sou tua, aqui e agora… onde quiseres e quando quiseres». Não foram essas as tuas palavras exactas?

      – Sim… – murmurou de forma quase inaudível. – Sei o que disse, mas…

      «Mas o quê?», interrogou-se ela, sem saber que desculpa devia dar.

      – Mas não… não estava a pensar com clareza.

      A verdade era que, simplesmente, não devia ter pensado sequer. Se tivesse tido o mais leve sintoma de lucidez jamais se entregaria naqueles braços, jamais teria respondido àqueles beijos, àquelas carícias…

      Durante uns instantes de loucura, enganara-se a si mesma, fingindo ser ainda a jovem e inocente Megan apaixonada por Cesare Santorino. Mas já não era aquela Megan. Já não tinha a liberdade para manter aquele comportamento selvagem.

      Não podia pensar apenas em si… e as palavras de Cesare recordaram-lhe isso mesmo.

      Só de pensar naquilo que podia ter sido, experimentou um amargo sentimento

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