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homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.” (Mateus 24:30 e 31.) Então os que não obedecem ao evangelho serão consumidos pelo espírito de Sua boca, e serão destruídos com o resplandor de Sua vinda. (2Tessalonicenses 2:8.) Como o antigo Israel, os ímpios destroemse a si mesmos; caem pela sua iniqüidade. Em conseqüência de uma vida de pecados, colocaram-se tão fora de harmonia com Deus, sua natureza se tornou tão aviltada com o mal, que a manifestação da glória divina é para eles um fogo consumidor.

      Acautelem-se os homens para que não aconteça negligenciarem a lição que lhes é comunicada pelas palavras do Messias. Assim como Ele preveniu Seus discípulos quanto à destruição de Jerusalém, dando-lhes um sinal da ruína que se aproximava, para que pudessem escapar, também advertiu o mundo quanto ao die da destruição final, e lhes deu sinais de sua aproximação para que todos os que queiram, possam fugir da ira vindoura. Declara Yahshua: “E haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e na Terra angústia das nações.” (Lucas 21:25; Mateus 24:29; Marcos 13:24-26; Apocalipse 6:12-17.) Os que contemplam estes prenúncios de Sua vinda, devem saber que “está próximo, às portas.” (Mateus 24:33.) “Vigiai, pois” (Marcos 13:35), são Suas palavras de advertência. Os que atendem ao aviso não serão deixados em trevas, para que aquele dia os apanhe desprevenidos. Mas aos que não vigiarem, “o dia de YAHWEH virá como o ladrão de noite.” (1Tessalonicenses 5:2.)

      O mundo não está mais preparado para dar crédito à mensagem para este tempo do que estiveram os judeus para receber o aviso do Salvador, relativo a Jerusalém. Venha quando vier, o dia de YAHWEH virá de improviso aos ímpios. Correndo a vide sua rotina invariável; encontrando-se os homens absortos nos prazeres, negócios, comércio e ambição de ganho; estando os dirigentes do mundo religioso a engrandecer o progresso e ilustração do mundo, e achando-se o povo embalado em uma falsa segurança, então, como o ladrão à meia-noite rouba na casa que não é guardada, sobrevirá repentina destruição aos descuidados e ímpios, e “de nenhum modo escaparão.” (1Tessalonicenses 5:3-5.)

      a partir de: "O Conflito dos Séculos", por Ellen G. White, em Pôrto Alegre, em 1935, São Paulo, Brasil, págs. 15-37

      Editor: No texto é o nome sagredo de YAHWEH Elohim (D-us), seu Filho nosso SEnhor Yahshua o Messias, e o palavra: Elohim para D-us.

       O Valor dos Mártires

      QUANDO Yahshua revelou a Seus discípulos a sorte de Jerusalém e as cenas do segundo advento, predisse também a experiência de Seu povo desde o tempo em que deveria ser tirado dentre ele até a Sua volta em poder e glória para o seu libertamento. Do Monte das Oliveiras o Salvador contemplou as tempestades prestes a desabar sobre a igreja apostólica; e penetrando mais profundamente no futuro, Seus olhos divisaram os terríveis e devastadores vendavais que deveriam açoitar Seus seguidores nos vindouros séculos de trevas e perseguição. Em poucas e breves declarações de tremendo significado, predisse o que os governadores deste mundo haveriam de impor à assembleia de YAHWEH. (Mateus 24:9, 21 e 22.) Os seguidores do Messias deveriam trilhar a mesma senda de humilhação, ignomínia e sofrimento que Seu Mestre palmilhara. A inimizade que irrompera contra o Rendentor do mundo, manifestar-se-ia contra todos os que cressem em Seu nome.

      A história da assembleia primitiva testificou do cumprimento das palavras do Salvador. Os poderes da Terra e do inferno arretimentaram-se contra o Messias na pessoa de Seus seguidores. O paganismo previa que se o evangelho triunfasse, seus templos e altares desapareceriam; portanto convocou suas forças para destruir o cristianismo. Acenderam-se os fogos da perseguição. Os cristãos eram despojados de suas possessões e expulsos de suas casas. Suportaram “grande combate de aflições.” (Hebreus 10:32.) “Experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.” (Hebreus 11:36.) Grande número dêles selaram seu testemunho com o próprio sangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos e ignorantes, foram de igual modo mortos sem misericórdia.

      Estas perseguições, iniciadas sob o governo de Nero, aproximadamente ao tempo do martírio de Paulo, continuaram com maior ou menor fúria durante séculos. Os cristãos eram falsamente acusados dos mais hediondos crimes e tidos como a cause das grandes calamidades - fomes, pestes e terremotos. Tornando-se êles objeto do ódio e suspeita popular, prontificaram-se denunciantes, por amor ao ganho, a trair os inocentes. Eram condenados como rebeldes ao império, como inimigos da religião e peste da sociedade. Grande número dêles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eram crucificados, outros cobertos com peles de animais bravios e lançados à arena para serem despedaçados pelos cães. De seu sofrimento muitas vezes se fazia a principal diversão nas festas públicas. Vastas multidões reuniam-se para gozar do espetáculo e saudavam os transes de sua agonia com riso e aplauso.

      Onde quer que procurassem refúgio, os seguidores do Messias eram caçados como animais. Eram forçados a procurer esconderijo nos lugares desolados e solitários. “Desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.” (Hebreus 11:37 e 38.) As catacumbas proporcionavam abrigo a milhares. Por sob as colinas, fora da cidade de Roma, longas galerias tinham sido feitas através da terra e da rocha; o escuro e complicado trama das comunicações estendia-se quilômetros além dos muros da cidade. Nestes retiros subterrâneos, os seguidores do Messias sepultavam os seus mortos; e ali também, quando suspeitos e proscritos, encontravam lar. Quando o Doador da vida despertar os que pelejaram o bom combate, muitos que foram mártires por amor do Messias sairão dessas sombrias cavernas.

      Sob a mais atroz perseguição, estas testemunhas de Yahshua conservararm incontaminada a sua fé. Posto que privados de todo conforto, excluídos da luz do Sol, tendo o lar no seio da terra, obscuro mas amigo, não proferiam queixa alguma. Com palavras de fé, paciência e esperança, animavam-se uns aos outros a suportar a privação e a angústia. A perda de toda a bênção terrestre não os poderia forçar a renunciar sua crença no Messias. Provações e perseguição não eram senão passos que os levavam para mais perto de seu descanso e recompensa.

      Como aconteceu aos servos de Deus de outrora, muitos “foram torturados, não aceitando o seu livramento, pare alcançarem uma melhor ressurreição.” (Hebreus 11:35.) Estes se recordavam das palavras do Mestre, de que, quando perseguidos por amor do Messias, ficassem muito alegres, pois que grande seria seu galardão no Céu, porque assim tinham sido perseguidos os profetas antes deles. Regozijavam-se de que fossem considerados dignos de sofrer pela verdade, e cânticos de triunfo ascendiam dentre as chamas crepitantes. Pela fé olhando para cima, viam o Messias e os anjos apoiados sobre as ameias do Céu, contemplando-os com o mais profundo interesse e, com aprovação considerando a sua firmeza. Uma voz lhes vinha do trono de YAHWEH: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apocalipse 2:10.

      Baldados foram os esforços de Satanás para destruir pela violência a assembleia do Messias. O grande conflito em que os discípulos de Yahshua rendiam a vida, não cessava quando estes fiéis porta-estandartes tombavam em seus postos. Com a derrota, venciam. Os obreiros de Deus eram mortos, mas a Sua obra ia avante com firmeza. O evangelho continuava a espalhar-se, e o número de seus aderentes a aumentar. Penetrou em regiões que eram inacessíveis, mesmo às águias romanas. Disse um cristão, contendendo com os governadores pagãos que estavam a impulsionar a perseguição: Podeis “matar-nos, torturar-nos, condenar-nos. ... Vossa injustiça é prova de que somos inocentes. ... Tão pouco vossa crueldade ... vos aproveitará.” Não era senão um convite mais forte para se trazerem outros à mesma persuasão. “Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais crescemos em número; o sangue dos cristãos é semente.” - (Apologia, de Tertuliano, cap. 50.)

      Milhares eram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para ocupar as vagas. E os que eram martirizados por sua fé tornavam-se aquisição do Messias, por Ele tidos na conta de vencedores. Haviam pelejado o bom combate, e deveriam receber a coroa de glória quando o Messias viesse. Os sofrimentos que suportavam, levavam os cristãos mais perto uns dos outros e de seu Redentor. Seu vívido exemplo e testemunho ao morrerem, eram constante atestado à verdade;

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