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Orientando-se a derrota pela agulha magnetica e experimentando esta uma variação para leste, comprehendida entre 5° e 10°, na região considerada e na epocha em questão, não podia a pequena differença do rumo da agulha, mesmo que não fosse attendida a variação, que já era conhecida, influir no grande desvio que a frota teve para oeste.12

      l) Tendo a expedição partido do Tejo com rumo feito ás Canarias, dado pelas agulhas de bordo, experimentando estas uma variação egualmente comprehendida entre 5° e 10° para leste, passou entre ellas não commettendo erro de orientação. Largando depois d'aqui para as Ilhas de Cabo Verde, nas mesmas condições, tambem deparou com este archipelago sem erro de rumo. E portanto continuando a regular-se pelas mesmas agulhas e dentro dos limites da mesma variação, não se pode admittir, nem ha documento algum que prove, ter-se dado erro de rumo proveniente da falsa indicação das agulhas.13

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      «… que a partida de belem como vossa alteza sabe foy segunda feira IX de março; e sabado XIIIJ do dito mez amtre as VIIJ e IX oras nos achamos amtre as canareas mais perto da gram canarea e aly amdamos todo aquelle dia em calma a vista delas obra de tres ou quatro legoas, e domingo XXIJ do dito mez, a as X oras pouco mais ou menos ouuemos vista das Ilhas do cabo verde a saber da Ilha de Sam njcolaao, segundo dito

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«… que a partida de belem como vossa alteza sabe foy segunda feira IX de março; e sabado XIIIJ do dito mez amtre as VIIJ e IX oras nos achamos amtre as canareas mais perto da gram canarea e aly amdamos todo aquelle dia em calma a vista delas obra de tres ou quatro legoas, e domingo XXIJ do dito mez, a as X oras pouco mais ou menos ouuemos vista das Ilhas do cabo verde a saber da Ilha de Sam njcolaao, segundo dito de Pero Escobar, piloto, e a noute seguymte da segunda feira lhe amanheceo se perdeo da frota Vaasco d'atayde com a sua naao sem hy auer tempo forte, nem contrairo pera poder ser. fez o capitam suas deligencias pera o achar a huumas e outras partes e nom pareçeo mays, e asy seguimos vosso caminho per este mar de comgo atãa terça feira doitauas de pascoa que foram XX dias dabril que topamos alguuns synaaes detera seemdo da dita Ilha segundo os pilotos diziam obra de bj e lx ou lxx legoas». – Carta de Pero Vaz Caminha, 1 de maio de 1500. Arch. Nac. da Torre do Tombo, gav. 8, maç. 2, n.º 8.

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«… e havendo já um mez que hiam n'aquella volta navegando com vento prospero foram dar na costa desta Provincia». – Pero de Magalhães de Gandavo, Historia da Provincia de Santa Cruz, 1575. Bibl. Pub. de Lisboa, B, 14, 25, pag. 1.

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As Monções são determinadas pelo Equinocio, a do S. reina de Março até Setembro, e a do N. de Setembro até Março; os Ventos geraes na primeira são E.S.E. e S.S.E., e os da segunda são E.N.E. e N.N.E.; porém isto regula sómente ao largo, porque a experiencia nos mostra que a visinhança das terras perturba repetidas vezes esta Lei; por exemplo: os navegadores praticos destas Costas contam com ventos de E., e os encontram nos mezes de Outubro, Novembro, e Dezembro, mezes que pertencem á Monção do N. Na Monção do S. desde a Lagôa dos Patos até Cabo Frio ás vezes tambem se encontrão Ventos do S.E. ao S.O. soprando com violencia. Os furacões denominados Pampeiros (porque a sua maior força se experimenta quando o Vento toma a direcção que passa pelo paiz dos Pampas) que com frequencia se encontram defronte do Rio da Prata e Costas visinhas, tem seus prognosticos; por exemplo: os Ventos soprarão com força do S. ao S.O., se o Sol, quando se põe, está cercado de nuvens e nevoas; se as terras apparecem muito claras, e parecem aproximar-se ao Expectador; felizmente a duração destes furacões he tanto menor, quanto maior he sua violencia; de sorte que sendo furiosos, raras vezes durão mais de 48 horas, e sua força diminue á proporção que se avança para o N. Quando as Brizas do S.E. ao S.O. na Monção do S. são moderadas, ellas alargão para o largo, durante o dia, e rondão para a terra de noite.» —Roteiro geral do globo, publ. pela Ac. R. das Sciencias de Lisboa, 1839, parte XI, sec. 1.ª, pag. 2.

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Vents et moussons– La côte du Brésil, entre Bahia et Rio-Janeiro, est encore comprise dans la limite des alizés, et ce sont en effet les vents de la partie de l'E. qui y régnent le plus fréquemment; mais, comme on approche déjà de la limite Sud de ces vents, ils y subissent de grandes perturbations, et les moussons de N.E. et S.O. y sont bien caratèrisées, surtout dans le voisinage de la côte. Mousson de S.O.– La direction moyenne de l'alizé varie de trois quarts entre l'été et l'hiver, et, dans cette dernière saison d'avril à septembre, dite mousson de S.O., les vents généraux sont souvent remplacés par des vents variables du S. à l'O., qui sont les derniers souffles des pampeiros régnant à cette époque de l'année sur les côtes de la Plata. Ils amènent des temps sombres, de la pluie et un peu de mauvais temps; mais, arrivés par cette latitude, ils ont perdu toute leur force; ils sont tièdes, légers sur les voiles, et il est rare qu'ils forcent à prendre plus d'un ris aux huniers. Ils ne durent jamais plus de deux ou trois jours; le plus généralement même ce ne sont que des grains de quelques heures, auxquels succèdent des calmes et du beau temps, si le vent tourne au S.E. et à l'E. Outre ces grains de S.O., on reçoit aussi assez souvent des grains de S.E. aux environs des Abrolhos, et des orages du N.O. avec pluie et tonnerre qui arrivent également tout le long de la côte, mais s'étendent en général assez peu au large. En résumé, pendant tout l'hiver ou mousson de S.O., entre les deux équinoxes (avril, mai, juin, juillet et août), on trouve sur la côte du Brésil, entre Rio et Bahia, jusqu'à 30 ou 40 lieues au large, des petits temps très-variables, des grains pluvieux de S.O., des orages de N.O. et des brises inégales de l'E. au Sud». —Les côtes du Brésil, II.e section, pages 8. Dépôt des cartes e plans de la marine, Paris, 1864.

«… aly jouuemos toda aquela noute, e aa quimtafeira pola manhãa fezemos vella e segujmos direitos aa terra e os nauios pequenos diante himdo per XVIJ, XVJ, XV, XIIIJ, XIIJ, XIJ, X, e IX braças ataa mea legoa de terra onde todos lamçamos amcoras em direito da boca de huum Rio e chegariamos a esta amcorajem aas X oras pouco mais ou menos…» – Carta (citada) de Pero Vaz Caminha, 1 de maio de 1500.

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Carta de Pero Vaz Caminha. – Carta de mestre Johan, fisico e cirugyano de El-Rei D. Manuel. – Roteiros já citados. – Effectivamente não ha nada que documente ou explique a existencia de uma tempestade, e portanto esta hypothese não tem fundamento algum, e até está banida pelos principaes e mais profundos historiadores e notaveis hydrographos. —Corografia Brazilica do padre Cazal. Roteiro do Brazil de M. Ernest Mouchez, nota (a), pag. 115.

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«… senor ayer segunda feria que fueron 27 de Abril descendymos en terra yo e el pyloto do capitan moor e el pyloto de Sancho de tovar e tomamos el altura del sol al medyodya e fallamos 56 grados e la sontra era septentrional per lo qual segund las reglas del estrolabio jusgamos ser afastados de la equinocial por 17 grados e per consyguiente tener el altura del polo antartico en

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<p>12</p>

Ensaio de um mappa das linhas de egual declinação (linhas isogonicas) no seculo XVI, Roteiro de Lisboa a Goa por D. João de Castro, annotado por João de Andrade Corvo, 1882, est. XIII.

<p>13</p>

Ensaio de um mappa das linhas de egual declinação no seculo XVI, (já citado). Carta de Pero Vaz Caminha. Historia da Provincia de Santa Cruz por Gandavo (tambem já citadas). Por estes ultimos documentos sabe-se que a expedição passou entre as Canarias e depois entre as Ilhas de Cabo Verde.