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      • Durante a nossa existência, aceitamos inúmeras ideias e crenças falsas, falsidades essas que nos mantêm escravizados.

      • Todo o nosso sofrimento deriva de uma confusão de identidade.

      • O sofrimento humano é provocado pela incompreensão da nossa autêntica natureza.

      • Está a vivenciar a experiência de ser pessoa, mas em termos mais latos não é isso que é.

      • É suposto sentir-se sempre feliz. A felicidade é a sua verdadeira natureza.

      • Ao processo de descobrir quem se é verdadeiramente foram dados vários nomes: entendimento, autorrealização, autodescoberta, iluminação, despertar, lembrança.

      • Abra-se à possibilidade de experimentar a verdade do que você é, neste preciso instante.

      • Quando você compreender plenamente quem é, a sua vida decorrerá sem problemas, sem agonias, sem dor, sem preocupações nem medo, e sentir-se-á pleno de alegria, positividade, satisfação, abundância e paz.

CAPÍTULO 2

      «Tão perto que nem o vê.

      Tão subtil que a sua mente nem percebe.

      Tão simples que nem acredita.

      Tão bom que nem o consegue aceitar.»

      Loch Kelly, em Shift into Freedom, relativamente à tradição budista tibetana do Shangpa Kagyu

      Porque é que tão poucas pessoas descobriram a verdade? Porque é que a maioria de nós ainda não descobriu quem verdadeiramente é? Como é que bilhões de pessoas ignoram uma coisa de vital importância para a sua respetiva felicidade?

      Ainda não descobrimos O Maior Segredo devido a um pequeno obstáculo: uma crença! Uma única convicção impediu-nos de fazer a maior das descobertas. A crença de que somos o nosso corpo e a nossa mente.

      Você Não É o seu Corpo

      «Viemos a este mundo para sermos um corpo com o intuito de aprendermos que não somos um corpo.»

      Lester Levenson, em Happiness Is Free, volumes 1-5

      Tal como usa um carro para ir de um sítio para o outro, o seu corpo é um veículo que utiliza para se deslocar e experimentar o mundo.

      «Se você tem um carro, não diz que é o carro. Então, se tem um corpo, porque é que diz que é o corpo?»

      Lester Levenson, em Happiness Is Free, volumes 1-5

      Ao ser matéria, o seu corpo não é consciente, não sabe que é um corpo, mas «você» sim, você sabe que se trata de um corpo. O seu dedo do pé não sabe que é um dedo do pé, o seu pulso não sabe que é um pulso, a sua cabeça desconhece que é uma cabeça, e o seu cérebro não faz a mínima ideia de que é um cérebro, mas «você» conhece cada uma das partes do seu corpo. Como é que você pode ser o corpo quando conhece todas as partes que o compõem e, porém, nenhuma delas o conhece a si?

      Foram perguntas incisivas como estas que impeliram grandes figuras do passado a distinguir o mistério oculto por trás da nossa verdadeira natureza.

      «O pior hábito que fomos adquirindo ao longo de milénios é estarmos convictos de que somos este corpo.»

      Lester Levenson, em Happiness Is Free, volumes 1-5

      «Esquecemo-nos do que somos e identificámo-nos a nós próprios com objetos. Sou este corpo, logo, vou morrer.»

      Francis Lucille

      «Tem medo de que, se o seu corpo não estiver, você também não esteja.»

      Lester Levenson

      Acreditar que é apenas o seu corpo desencadeia o maior medo do ser humano, o medo da morte: quando o seu corpo morre, receia que deixe de existir. É uma espécie de nuvem negra a pairar sobre a sua vida.

      «Se deseja a imortalidade, pare de se agarrar ao seu corpo.»

      Lester Levenson, em Happiness Is Free, volumes 1-5

      O facto de você não ser o seu corpo é uma boa notícia porque, um dia, o seu corpo vai chegar ao fim da sua existência, tal como acontece com todas as coisas materiais. O mundo está pejado de coisas materiais, e nenhuma delas vai perdurar, incluindo o seu corpo, cujo aparecimento e desaparecimento se faz através do nascimento e da morte. O seu autêntico Ser nunca morre!

      «Aquilo que é de verdade não pode morrer. O corpo morre, mas o corpo não corresponde àquilo que você é.»

      Mooji

      «Temos liberdade de escolha para nos identificarmos com o corpo ou com aquilo que realmente somos. O corpo equivale a dor e aquilo que você é equivale a uma alegria infinita.»

      Lester Levenson, em Happiness Is Free, volumes 1-5

      Para ultrapassar as dificuldades, há que começar por livrar-se da crença de que você é o seu corpo.

      Você Não É a sua Mente

      A voz na sua cabeça é diferente de si, apesar de ter passado a vida a acreditar que não era assim. Embora a voz dentro na sua cabeça se pareça consigo, embora aparente saber muito sobre a sua pessoa e lhe seja muito familiar, decididamente essa voz não é você. A voz da sua cabeça é a sua mente, e você não é a sua mente.

      «A mente é um conjunto de pensamentos que aparecem e desaparecem constantemente.»

      Peter Lawry

      «Sem pensamentos, a mente não existe. A mente é só pensamento.»

      Lester Levenson, em Happiness Is Free, volumes 1-5

      Ora verifique: onde está a sua mente se não há pensamento? Simplesmente não está.

      «Não há nada no seu interior exceto pensamentos e sentimentos, memórias e sensações, mas você é um pensamento? É um sentimento?»

      Rupert Spira (palestra pública)

      Se você fosse um pensamento — um pensamento frustrado, por exemplo —, desapareceria quando esse pensamento frustrado desaparecesse. Você não é um pensamento, uma sensação nem um sentimento, porque o fim dos mesmos seria o seu fim. Bem pelo contrário, você sobrevive-lhes. Você já cá está antes de um pensamento, de um sentimento ou sensação e mantém-se perfeitamente intacto depois de os mesmos se esfumarem. É bastante óbvio quando paramos para pensar no assunto. Naturalmente, temos pensamentos, sentimentos e sensações, mas não somos nenhuma dessas coisas.

      De certo modo, é fácil perceber que nos custe ver o que realmente somos, porque o corpo e a mente são uma combinação muito convincente. A mente gera um fluxo constante de pensamentos que, na sua maior parte, contêm a palavra eu, como se fôssemos a nossa mente. E talvez o surpreenda saber que todas as nossas sensações físicas advêm igualmente da mente, o que vem reforçar a crença de que somos o nosso corpo.

      «A forma como os outros o veem contribui para a sua noção de si próprio. Quando acontecem coisas, parece que "lhe" acontecem a si ou que de alguma forma as propicia… Aquilo que ocorre preocupa-o pelo efeito que tem em si. "Sustém-se" com o desejo de se manter em segurança e em circunstâncias favoráveis. Parece mesmo real.»

      Jan Frazier, em The Great Sweetening: Life After Thought

      Não significa que você não possua um corpo e uma mente; só que eles não são o seu verdadeiro eu. Tal como o seu carro, trata-se apenas de instrumentos

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