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sua voz parecia tão assustada como Riley.

      Riley olhou para a mãe, à espera que fizesse o que o homem lhe mandava.

      Mas a mãe ficara pálida e não parava de tremer. Parecia não compreender o que se passava.

      “Dê-me a sua mala!” Gritou o homem novamente.

      A mamã limitou-se a ficar ali agarrada à mala.

      Riley queria dizer à mãe…

      “Faz o que o homem te pede mamã. Dá-lhe a tua mala.”

      Mas por alguma razão, as palavras não lhe saíram da boca.

      A mãe cambaleou ligeiramente, como se quisesse fugir mas não conseguisse mexer as pernas.

      Então viu-se um flash e ouviu-se um ruído terrível…

      … e a mamã caiu no chão ao seu lado.

      O seu peito estava tingido de vermelho e a cor ensopou a sua blusa e espalhava-se numa poça no chão…

      Riley regressou ao presente graças ao som de sirenes a aproximarem-se. A polícia estava a chegar.

      Sentiu-se aliviada por as autoridades irem assumir o controlo da situação…

      Viu que os rapazes que viviam no segundo andar estavam a descer e a perguntar às raparigas o que é que se estava a passar. Também estavam vestidos de várias formas – camisas e calças de ganga, pijamas e robes.

      Harry Rampling, o jogador de futebol que tinha abordado Riley no bar, foi até onde ela se encontrava. Passou pelas raparigas e ficou a olhar para ela por um momento.

      “O que é que pensas que estás a fazer?” Perguntou ele.

      Riley não disse nada. Sentiu que não valia a pena tentar explicar – não com a polícia prestes a aparecer a qualquer minuto.

      Harry sorriu e deu um passo ameaçador na direção de Riley. Era óbvio que já lhe haviam dito que estava uma rapariga morta dentro do quarto.

      “Sai do caminho,” Disse ele. “Quero ver.”

      Riley manteve-se ainda mais firme em frente à porta.

      “Não podes entrar,” Disse ela.

      Harry disse, “Porque não, menininha?”

      Riley lançou-lhe um olhar de desprezo, mas questionava-se…

      Que raio estou eu a fazer?

      Será que ela acreditava realmente que conseguiria manter fora daquele quarto um atleta decidido a entrar?

      Estranhamente, teve a sensação que conseguiria.

      Não havia dúvida que daria luta se necessário fosse.

      Felizmente, ouviu passos no corredor e depois a voz de um homem a dizer…

      “Acabem com isso. Deixem-nos passar.”

      O ajuntamento de alunos dispersou-se.

      Alguém disse, “Ali,” e três polícias caminharam na direção de Riley.

      Ela reconheceu-os. Eram rostos familiares em Lanton. Dois deles eram homens, os agentes Steele e White. A outra era uma mulher, a agente Frisbie. Dois polícias do campus também apareceram.

      Steele tinha excesso de peso e o seu rosto avermelhado fazia Riley suspeitar de que bebia demais. White era um homem alto que caminhava com uma postura relaxada e cuja boca parecia estar sempre aberta. Não parecia especialmente inteligente aos olhos de Riley. A agente Frisbie era uma mulher alta e robusta que sempre parecera a Riley amigável.

      “Recebemos uma chamada,” Disse o agente Steele. Perguntou a Riley, “Que raio é que se passa aqui?”

      Riley afastou-se da porta e apontou para ela.

      “É a Rhea Thorson,” Disse Riley. “Ela está… “

      Riley não conseguiu terminar a frase. Ainda tentava capacitar-se de que Rhea estava morta.

      Limitou-se a afastar-se.

      O agente Steele abriu a porta e entrou no quarto.

      Então surgiu uma exclamação…

      “Oh meu Deus!”

      Os agentes Frisbie e White entraram de imediato.

      Então Steele reapareceu e disse a quem ali se encontrava, “Preciso de saber o que aconteceu. Imediatamente.”

      Ouviu-se um murmúrio geral de confusão e alarme.

      Então Steele disparou várias perguntas, “O que sabem sobre isto? Esta rapariga esteve no quarto toda a noite? Quem mais estava aqui?”

      Seguiu-se mais confusão com algumas raparigas a dizer que Rhea não tinha saído do dormitório, outras a dizer que ela fora à biblioteca, outras a afirmarem que saíra com alguém e mais algumas que atestavam que ela saíra para tomar uns copos. Ninguém vira mais ninguém ali. Não até ouvirem Heather a gritar.

      Riley respirou fundo, preparando-se para calar as outras e contar o que sabia. Mas antes que pudesse falar, Harry Rampling apontou para Riley e disse…

      “Esta rapariga tem agido de forma estranha. Estava aí plantada quando aqui cheguei. Como se tivesse acabado de sair do quarto.”

      Steele dirigiu-se a Riley e disse…

      “É verdade? Tens que te explicar. Começa a falar.”

      Parecia estar a tentar alcançar as algemas. Pela primeira vez, Riley começou a sentir um pânico ligeiro.

      Este homem vai prender-me? Interrogou-se.

      Não fazia ideia do que poderia acontecer se tal sucedesse.

      Mas a mulher polícia disse bruscamente ao agente Steele, “Deixa-a em paz, Nat. Não vês o que é que ela estava a fazer? Estava a guardar o quarto, a certificar-se de que ninguém entrava. Temos que lhe agradecer pelo facto de a cena do crime não estar contaminada.”

      O agente Steele recuou, parecendo ressentido.

      A mulher disse a quem estava presente, “Quero que todos fiquem onde estão. Ninguém se mexe, ouviram? E evitem falar.”

      O grupo assentiu.

      Então a mulher pegou em Riley pelo braço e afastou-a dos outros.

      “Vem comigo,” Sussurrou bruscamente a Riley. “Nós as duas vamos ter uma conversinha.”

      Riley engoliu em seco ansiosamente enquanto a agente Frisbie a levava dali.

      Estou metida em sarilhos? Questionou-se.

      CAPÍTULO TRÊS

      A agente Frisbie segurou firmemente no braço de Riley enquanto percorriam o corredor. Passaram por umas portas duplas e acabaram por se entar na base das escadas. Por fim a mulher largou-a.

      Riley esfregou o braço onde lhe doía um pouco.

      A agente Frisbie disse, “Desculpa se fui um bocado bruta. Temos alguma pressa. Antes de mais nada, como é que te chamas?”

      “Riley Sweeney.”

      “Já te vi na cidade. Em que ano estás?”

      “No último.”

      A expressão dura da mulher suavizou-se um pouco.

      “Bem, antes de mais nada, quero pedir-te desculpa pela forma como o agente Steele falou contigo. Pobre homem, ele não consegue evitar. É que ele é um… que palavra é que a minha filha usaria? Ah, sim. Um parvalhão.”

      Riley estava demasiado assustada para rir. De qualquer das formas, a agente Frisbie não estava a sorrir.

      Ela disse,

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