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Читать онлайн."FLECHAS!", ordenou Duncan aos homens atrás dele.
Duncan baixou-se, batendo no chão e, um momento depois sentiu setas a passarem-lhe por cima enquanto os seus homens seguiram o seu comando, chegando-se à frente e disparando. Duncan olhava para cima e observava com satisfação enquanto o grupo de soldados que corriam pela escadaria estreita de pedra abaixo tropeçaram e cairam para o lado dos degraus, gritando enquanto caíam e aterravam sobre o pátio de pedra muito abaixo.
Duncan continuou a correr pelos degraus acima, combatendo um soldado, à medida que chegavam mais para atacar, derrubando-o pela borda. Ele girou e bateu noutro com o seu escudo, fazendo-o voar, também, depois veio diretamente para cima com a sua espada e esfaqueou outro no queixo.
Mas isso deixou Duncan vulnerável na estreita escada. Um Pandesiano saltou para cima dele por trás e arrastou-o para a borda. Duncan segurava-se à vida, arranhando a pedra, incapaz de se agarrar e prestes a cair – quando, de repente, o homem em cima dele ficou flácido e caiu sobre o seu ombro, pela borda, morto. Duncan viu uma espada nas suas costas e viu Arthfael que o ajudou a pôr-se novamente de pé.
Duncan continuou a atacar, grato por ter os seus homens na sua retaguarda. Subiu andar após andar, evitando lanças e flechas, bloqueando algumas com o seu escudo, até que finalmente alcançou os baluartes. No topo havia um ampla parte plana de pedra, com talvez dez jardas de largura, abrangendo a parte superior dos portões, que estava cheia de soldados Pandesianos, ombro a ombro, todos armados com flechas, lanças, dardos e, tudo isso, no meio de uma chuva de armas nos homens de Kavos abaixo. Quando Duncan chegou com os seus homens, eles pararam de atacar Kavos. Em vez disso viraram-se para lutar com ele. Ao mesmo tempo, Seavig e o outro contingente de homens terminaram de subir os degraus do outro lado do pátio e atacaram os soldados do outro extremo. Eles estavam a comprimi-los, sem ter para onde ir.
A luta era dura, mão-a-mão, enquanto homens por todos os lados lutavam por cada preciosa polegada. Duncan levantou o seu escudo e a sua espada. Um som estridente enchia o ar, com um combate sangrento, mão-a-mão. Ele golpeava um homem de cada vez. Esquivava-se, evitando golpes, baixava o ombro e empurrava mais do que um homem por cima da borda, gritando pela sua morte lá muito em baixo, sabendo que, por vezes, uma das melhores armas eram as mãos.
Ele gritou de dor quando lhe fizeram um corte no estômago, mas felizmente ele torceu-se e apenas lhe roçou. Quando o soldado entrou para um golpe de morte, Duncan, sem nenhum espaço de manobra, deu-lhe uma cabeçada, fazendo-o deixar cair a espada. Depois deu-lhe uma joelhada, chegou-se a ele, agarrou-o e atirou-o sobre a borda.
Duncan lutava e lutava, cada passo ganho com dificuldade, à medida que o sol subia mais alto e o suor picava-lhe os olhos. Os seus homens grunhiam e gritavam de dor por todos os lados, à medida que os ombros de Duncan começavam a ficar cansados de matar.
Enquanto ele ofegava, coberto de sangue dos seus inimigos, Duncan deu um passo final para a frente e levantou a espada – e ficou chocado ao ver Bramthos e Seavig e os seus homens diante ele. Ele virou-se e examinou todos os corpos mortos e percebeu, espantado, que eles tinham-no feito – eles tinham limpado os baluartes.
Surgiu um grito de vitória quando todos os seus homens se encontraram no meio.
No entanto, Duncan sabia que a situação ainda era urgente.
"FLECHAS!", gritou.
Ele imediatamente olhou para os homens de Kavos e viu uma grande batalha a ser travada lá em baixo, no pátio, à medida que mais milhares de soldados Pandesianos corriam para fora das guarnições na sua direção. Kavos estava lentamente a ser cercado por todos os lados.
Os homens de Duncan tiraram arcos aos mortos, fizeram pontaria sobre os muros e dispararam para os Pandesianos lá em baixo. Duncan juntou-se-lhes. Os Pandesianos não estavam à espera que disparassem contra eles da capital, caindo, às dezenas, no chão. Os homens de Kavos tinham sido poupados a golpes mortais. Os Pandesianos tinham começado a cair a toda a volta de Kavos e, em pouco tempo, surgiu um grande pânico, quando se aperceberam que Duncan controlava as alturas. Comprimidos entre Duncan e Kavos, eles não tinham nenhum lugar para fugir.
Duncan não iria dar-lhes tempo para se reagruparem.
"LANÇAS!", ordenou ele.
Duncan agarrou uma, ele próprio, atirando-a para baixo. E depois outra e mais outra, invadindo a enorme reserva de armas deixadas ali em cima nos baluartes, destinadas a afastar os invasores de Andros.
Quando os Pandesianos começaram a vacilar, Duncan sabia que tinha de fazer algo definitivo para acabar com eles.
"CATAPULTAS!", gritou ele.
Os seus homens correram para as catapultas deixadas em cima destas ameias e puxaram as grandes cordas, virando as manivelas quando esta ficavam em posição. Colocaram as pedras lá dentro e aguardaram o seu comando. Duncan andava para cima e para baixo da linha e ajustava as posições para que as pedras não acertassem nos homens de Kavos e encontrasse o alvo perfeito.
"FOGO!", gritou ele.
Dezenas de pedras voaram pelo ar e Duncan observava com satisfação à medida que estas caíam a pique e atingiam as guarnições de pedra, matando dezenas de Pandesianos de uma vez quando eles saíam, como formigas, para lutar contra os homens de Kavos. Os sons ecoavam por todo o pátio, atordoando os Pandesianos e aumentando o seu pânico. Quando surgiram nuvens de poeira e detritos, eles viraram-se, incertos sobre para que lado lutar.
Kavos, guerreiro veterano que ele era, aproveitou-se da sua hesitação. Ele reuniu os seus homens e avançou com um novo impulso e, enquanto os Pandesianos vacilavam, ele cortou o seu caminho pelas suas fileiras.
Corpos no chão à esquerda e à direita, o campo Pandesiano em desordem. Rapidamente eles viraram-se e fugiram em todas as direções. Kavos capturou todos e cada um deles. Era um massacre.
Quando o sol já tinha subido totalmente, todos os Pandesianos jaziam no chão, sem vida.
Quando o silêncio caiu, Duncan olhou, atordoado, preenchido com um novo sentimento de vitória, começando a perceber-se que tinham conseguido. Eles tinham tomado a capital.
Os seus homens gritavam à sua volta, apertando-o, festejando e abraçando-o. Duncan enxugava o suor dos olhos, ainda respirando com dificuldade, começando a deixar a ideia penetrar na sua mente: Andros estava livre.
A capital era deles.
CAPÍTULO SETE
Alec esticou o pescoço e olhou para cima, deslumbrado, quando passou pelas elevadas portas em arco de Ur, empurrado por multidões de pessoas por todos os lados. Ele passou-as a andar, com Marco ao lado dele, os seus rostos ainda sujos da sua caminhada sem fim através da Planície de Espinhos. Olhou fixamente para o elevado arco de mármore, que parecia estar a cem pés de altura. Olhou para as antigas paredes de granito do templo em cada um dos seus lados. Fascinava-o estar a andar através de um recorte num templo, que servia também como a entrada da cidade. Alec viu muitos devotos ajoelhados diante dos seus muros, uma estranha mistura, com toda a azáfama do comércio e isso levou-o a refletir. Ele já havia orado aos deuses de Escalon – mas agora ele não rezava a nenhum. Que deus vivo, perguntava-se, poderia ter permitido que a sua família morresse? O único deus que ele podia servir agora era o deus da vingança – e era um deus que ele estava disposto a servir de todo o coração.
Alec, impressionado pelo incentivo a toda à sua volta, viu imediatamente que esta cidade era diferente de qualquer lugar onde já estivesse estado, tão diferente da pequena aldeia onde tinha sido criado. Pela primeira vez desde a morte de sua família, ele sentiu-se subitamente de volta à vida. O local era tão surpreendente, tão vivo, era difícil entrar e não se distrair. Ele sentiu uma agitação de intenção quando se apercebeu que, dentro destes portões, estavam outros como ele, amigos de Marco com as mesmas ideias, fixados na vingança contra a Pandesia. Ele olhou para tudo maravilhado, todas as pessoas com diferentes trajes, maneiras e raças, todos a correr