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também. A última coisa que queria naquele momento era que Stiles ou qualquer outra pessoa escutasse sua conversa com Morgan Farrell. Mas agora que estava ali, tinha que aproveitar essa chance.

      Quando Riley se sentou na cama ao lado dela, Morgan continuou a olhar para ela incrédula.

      Com uma voz cansada, disse, “Agente Paige. Eu não esperava você. É gentil da sua parte vir me ver, mas na verdade, não era de todo necessário.”

      Riley disse, "Eu só queria…"

      Sua voz sumiu quando deu por si a pensar…

      O que eu quero exatamente?

      Ela realmente tinha alguma ideia clara do que estava fazendo ali?

      Finalmente, Riley disse, "Você poderia me dizer o que aconteceu?"

      Morgan suspirou profundamente.

      “Não há muito para contar, popis não? Eu matei meu marido. Eu não sinto muito, acredite em mim. Mas agora que está feito… bem, eu realmente gostaria de ir para casa agora."

      Riley ficou chocada com as palavras dela. A mulher não entendia a situação terrível em que estava?

      Ela não sabia que a Geórgia era um estado com pena de morte?

      Morgan parecia estar tendo problemas em manter a cabeça erguida. Estremeceu ao ouvir o som agudo de uma mulher gritando em uma cela próxima.

      Disse, "Eu pensei que seria capaz de dormir aqui na cadeia. Mas ouça toda esse barulho! Isso acontece o tempo todo, vinte e quatro horas por dia.”

      Riley estudou o rosto cansado da mulher.

      Perguntou, "Você não dormiu muito, pois não? Talvez não o consiga fazer há muito tempo?”

      Morgan sacudiu a cabeça.

      “Já faz duas ou três semanas – antes mesmo de eu chegar aqui. Andrew entrou em um de seus humores sádicos e decidiu não me deixar sozinha ou me deixar dormir, noite ou dia. É fácil para ele fazer…”

      Fez uma pausa, aparentemente percebendo seu erro, e então disse, “Foi fácil para ele. Ele tinha um metabolismo que alguns homens de poder têm. Ele podia sobreviver com três ou quatro horas de sono todos os dias. E ultimamente passava a maior parte do tempo em casa. Então ele me persegua por toda a casa, nunca me dando nenhuma privacidade, entrando no meu quarto a qualquer hora, me obrigando a fazer… todos os tipos de coisas…”

      Riley se sentiu indisposta só de pensar o que essas "coisas" não ditas poderiam ser. Ela tinha a certeza de que Andrew tinha atormentado sexualmente Morgan.

      Morgan encolheu os ombros.

      "Acho que finalmente explodi" Disse ela. “E matei-o. Pelo que ouvi, eu o esfaqueei umas boas doze ou treze vezes.”

      “Pelo que você ouviu?” Perguntou Riley. "Você não se lembra?"

      Morgan soltou um gemido de desespero.

      “Temos que entrar no que eu lembro e não lembro? Eu bebera e tomara comprimidos antes de acontecer e é tudo uma névoa. A polícia me fez perguntas até eu me perder. Se você quiser saber os detalhes, tenho a certeza que eles vão deixar você ler minha confissão.”

      Riley sentiu um formigueiro estranho ao ouvir essas palavras. Ainda não tinha certeza do porquê.

      "Eu realmente gostaria que você me contasse" Insistiu Riley.

      Morgan franziu a testa, pensando por um momento.

      Então ela disse, “Eu acho que decidi… que tinha que fazer alguma coisa. Esperei até que ele fosse ao seu quarto naquela noite. Mesmo assim, eu não tinha certeza se ele estava dormindo. Eu bati na porta dele levemente e ele não respondeu. Abri a porta e olhei para dentro, e lá estava ele em sua cama, dormindo profundamente.”

      Ela parecia estar a pensar com mais profundidade.

      “Eu acho que devo ter procurado por algo para fazer isso – matá-lo, quero dizer. Acho que não vi nada. Então acho que desci a cozinha e peguei aquela faca. Então voltei para cima e – bem, acho que enlouqueci e esfaqueei-o, porque acabei com sangue por toda a parte, inclusive em cima de mim.”

      Riley tomou nota de quantas vezes ela estava dizendo essas palavras…

      "Eu acho."

      Então Morgan soltou um suspiro de aborrecimento.

      “Que bagunça que foi! Espero que os empregados já tenham limpo tudo agora. Eu tentei fazer isso sozinha, mas é claro que não sou boa nesse tipo de coisa.”

      Então Morgan respirou lenta e demoradamente.

      “E então eu te chamei. E você chamou a polícia. Obrigado por cuidar disso para mim.”

      Então ela sorriu curiosamente para Riley e acrescentou, “E obrigado novamente por vir me ver. Foi muito gentil da sua parte. Eu ainda não entendo o que é isso tudo.”

      Riley estava se sentindo cada vez mais perturbada pela descrição de Morgan sobre suas próprias ações.

      Algo não está bem, Pensou.

      Riley parou para pensar por um momento e depois perguntou…

      "Morgan, que tipo de faca era?"

      Morgan franziu a sobrancelha.

      "Apenas uma faca, eu acho" Respondeu ela. “Eu não sei muito sobre utensílios de cozinha. Eu acho que a polícia disse que era uma faca de corte. Era longa e afiada.”

      Riley estava se sentindo cada vez mais desconfortável com todas as coisas que Morgan não sabia ou não tinha certeza.

      Quanto a ela, Riley já não tratava das refeições da família, mas certamente sabia tudo o que tinha a sua cozinha e onde tudo se encontrava. Tudo era mantido em seu lugar especial, especialmente porque Gabriela estava no comando. A sua faca de corte era mantida em um suporte de madeira com outras facas afiadas.

      Riley perguntou, "Onde exatamente você encontrou a faca?"

      Morgan soltou uma risada desconfortável.

      "Não acabei de o dizer? Na cozinha."

      "Não, eu quero dizer onde na cozinha?"

      Os olhos de Morgan se arregalaram.

      "Por que você está me perguntando isso?" Disse com uma voz suave e suplicante.

      "Não me consegue dizer?" Perguntou Rileycom gentil insistência.

      Morgan estava começando a parecer angustiada naquele momento.

      “Por que você está me fazendo essas perguntas? Como eu te disse, tudo está na minha confissão. Você pode lê-la se ainda não o fez. Realmente, Agente Paige, isso não é gentil de sua parte. E eu realmente gostaria de saber o que você está fazendo aqui. De alguma forma, me parece que não é apenas por gentileza.”

      A voz de Morgan tremeu com raiva silenciosa. “Eu já tive que responder a todos os tipos de perguntas – mais do que posso contar. Eu não mereço mais isso, e não posso dizer que gosto.”

      Ela se endireitou e acrescentou, “Eu fiz o que tinha que ser feito. Mimi, sua esposa antes de mim, se suicidou, você sabe. Saiu em toda a mídia. Também o seu filho o fez. Todo o resto de suas esposas – eu não sei ao certo quantas foram – apenas esperaram até lhes aparecerem algumas rugas e ele decidir que elas já não prestavam para se exibir, e então ele se livrou delas. Que tipo de mulher aceita isso? Que tipo de mulher acha que merece isso?”

      Então, com um grunhido baixo, ela acrescentou…

      "Eu não sou esse tipo de mulher. E acho que Andrew sabe disso agora.”

      Então o rosto dela ficou confuso de novo.

      "Eu não gosto disso" Sussurrou. "Acho melhor você sair."

      "Morgan…"

      "Eu disse que quero que você saia agora."

      “Quem é seu advogado? Você foi examinada por um psiquiatra?”

      Morgan

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