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irmãos se entreolharam por um momento, calculando. "Não tenho certeza," disse Brian. "Talvez um mês. E era nada demais. Ele estava perguntando as mesmas questões: como o trabalho estava indo, se eu já estava namorando alguém, coisas assim."

      "Então, é seguro dizer que ambos têm uma relação afastada com o seu pai?"

      "Sim," disse Eddie.

      Ele olhou abaixo para a mesa por um momento quando o arrependimento começou a afundar nele. Mackenzie havia visto este tipo de reação antes; se ela fosse forçada a apostar, ela estava bem certa de que pelo menos um desses garotos estaria desabando em choro dentro de uma hora, percebendo tudo aquilo que fora perdido em relação ao pai e que eles nunca iriam saber.

      "Vocês sabem quem o conheceria bem?" perguntou Mackenzie. "Ele tinha algum amigo íntimo?"

      "Apenas aquele padre ou pastor ou sei lá na igreja," disse Eddie. "O que comanda o lugar."

      "O pai de vocês não era o reverendo líder?" perguntou Mackenzie.

      "Não. Ele era como um pastor associado ou algo assim," disse Brian. "Havia outro cara acima dele. Jerry Levins, eu acho.”

      Mackenzie reparou a maneira que os jovens homens estavam misturando a terminologia. Pastor, reverendo, padre… era tudo confuso. Mackenzie, na verdade, nem sabia a diferença, assumindo que isso tinha algo haver com diferenças entre crenças entre denominações.

      "E o pai de vocês passava muito tempo com ele?"

      "Ah, sim," disse Brian, um pouco irritado. "Todo seu maldito tempo, acho. Se você precisa saber alguma coisa sobre o pai, ele seria aquele para o qual perguntar."

      Mackenzie assentiu, bem ciente que não conseguiria qualquer informação útil desses dois jovens rapazes. Ainda assim, ela desejava que tivesse mais tempo para falar com eles. Claramente, havia tensão e perda mais resolvida entre eles. Talvez se eles quebrassem a barreira emocional que os estava mantendo tão calmos, eles teriam mais a oferecer.

      No fim, ela se virou e os agradeceu. Ela e Ellington deixaram o apartamento em silêncio. Quando pegaram as escadas para baixo lado a lado, ele tomou a mão dela.

      "Você está ok?" ele perguntou.

      "Sim," ela disse confusa. "Por quê?"

      "Duas crianças… o pai delas acaba de morrer e não estão certas de como lidar com isso. Como toda a especulação sobre o velho caso do seu pai ultimamente… só cogitando."

      Ela sorriu para ele, deleitando-se com a maneira edificante que ele fazia seu coração sentir nesses momentos. Deus, ele consegue ser tão doce…

      Enquanto andavam para a manhã juntos, ela também percebeu que ele estava certo: a razão pela qual ela desejou ficar mais tempo e continuar falando com eles, era ajudar os irmãos Tuttle a resolver os problemas que eles tiveram com o pai.

      Aparentemente, o fantasma do caso recém-aberto do seu pai a estava assombrando mais do que ela percebeu.

***

      Ver a Igreja Presbiteriana da Pedra Angular na luz da manhã era surreal. Mackenzie dirigiu por lá no caminho para visitar o Reverendo Jerry Levins. Levins morava em uma casa que ficava apenas a meio quarteirão da igreja, algo que Mackenzie havia visto muito durante seu tempo no Nebraska, onde os líderes de pequenas igrejas tendiam a morar bem perto das suas casas de adoração.

      Quando chegaram a casa de Levins, havia numerosos carros estacionados ao longo da rua e na sua entrada da garagem. Ela assumiu que eram, provavelmente, membros da Pedra Angular passando para buscar consolo ou oferecer conforto ao Reverendo Levins.

      Quando Mackenzie bateu na porta da frente da modesta e pequena casa de tijolos, foi respondida imediatamente. A mulher na porta estivera claramente chorando. Ela deu uma olhada suspeita em Mackenzie e Ellington até que Mackenzie levantou seu distintivo.

      "Nós somos os Agentes White e Ellington do FBI," ela disse. "Gostaríamos de falar com o Reverendo Levins, se ele está em casa".

      A mulher abriu a porta e eles entraram em uma casa que estava repleta de fungar e soluçar. Em algum outro lugar dentro da casa, Mackenzie podia ouvir o som de orações murmuradas.

      "Eu vou chamá-lo para vocês," disse a mulher. "Esperem aqui, por favor."

      Mackenzie observou a mulher voltar pela casa, virar em uma pequena sala de estar onde algumas poucas pessoas estavam de pé na entrada. Depois de alguns barulhos de sussurros, um homem careca e alto veio andando em direção a eles. Como a mulher que respondeu a porta, ele também esteve chorando.

      "Agentes," disse Levins. "Posso ajudá-los?"

      "Bem, eu sei que é um momento muito tenso e triste para você," disse Mackenzie, "mas nós esperamos conseguir toda informação que pudermos sobre o Reverendo Tuttle. Quanto mais cedo conseguirmos alguma pista, mais rápido podemos pegar quem fez isso."

      "Você acha que sua morte está relacionada com a do pobre padre do início desta semana?" Levins perguntou.

      "Ainda não sabemos ao certo," disse Mackenzie, embora já estivesse certa de que sim. "E esse é o motivo pelo qual esperamos que você possa falar conosco."

      "Claro," disse Levins. "Lá fora no alpendre, porém. Eu não desejo interromper a prece que estamos fazendo aqui."

      Ele os conduziu para fora na manhã, onde ele se assentou nos degraus de concreto. "Eu devo dizer, eu não sei o que vocês vão achar sobre o Ned," comentou Levins. "Ele era um crente de postura. Além de alguns problemas com a família, eu desconheço que ele tivesse qualquer coisa parecida com um inimigo."

      "Ele tinha amigos na igreja sobre os quais você poderia questionar serem morais ou honestos?" perguntou Ellington.

      "Todo mundo era amigo de Ned Tuttle," Levins disse, enxugando uma lágrima de seus olhos. "O homem era perto de um Santo como eles vêm. Ele dava pelo menos vinte e cinco por cento do seu salário como dízimo de volta para a igreja. Ele estava sempre no centro da cidade, ajudando a alimentar e vestir os pobres. Ele cortava a grama para os idosos, reparos domésticos para viúvas, três viagens missionárias para o Quênia todos os anos para ajudar com um ministério médico."

      "Você sabe de alguma coisa sobre o passado dele que possa ser sombria?" perguntou Mackenzie.

      "Não. E isso é dizer muito, porque eu sei muito sobre o passado dele. Ele e eu, nós compartilhávamos muitas histórias sobre nossas batalhas. E eu posso dizê-los com confiança que entre as poucas coisas pecaminosas que ele experimentou em seu passado, não havia nada que sugerisse ser tratado da maneira que ele foi na noite passada."

      "E a respeito de alguém dentro da igreja?" perguntou Mackenzie. "Havia membros da igreja que pudessem ter sido ofendidos por algo que o Reverendo Tuttle fez ou disse?"

      Levins pensou sobre isso apenas por um momento antes de balançar sua cabeça. "Não. Se havia tal problema, Ned nunca me contou e eu nunca soube. Mas, novamente… eu posso dizê-los com a maior certeza que ele não tinha inimigos dos quais eu esteja ciente."

      "Você sabe se─" começou Ellington.

      Mas Levins levantou a mão, como se enxotando o comentário. "Eu sinto muito," ele disse. "Mas eu estou muito triste com a perda do meu bom amigo e eu tenho vários membros da minha igreja em luto lá dentro. Responderei de bom grado quaisquer perguntas que vocês tenham nos próximos dias, mas agora eu preciso reportar a Deus e a minha congregação."

      "Claro," disse Mackenzie. "Eu entendo. E eu realmente sinto muito pela sua perda."

      Levins conseguiu um sorriso enquanto se colocava de pé. Lágrimas frescas estavam escorrendo pelo seu rosto. "Eu realmente boto fé no que eu disse," ele sussurrou, fazendo o que podia para não desmoronar na frente deles. "Deem-me um dia ou dois. Se há algo mais que vocês precisam perguntar, me informem. Eu gostaria de tomar parte em trazer quem quer que tenha feito isso para a justiça."

      Com isso, ele voltou para dentro. Mackenzie e Ellington caminharam de volta para o carro enquanto o sol finalmente tomava seu lugar de direito no céu. Era difícil acreditar que era apenas 8:11.

      "E

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