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      - Triste realidade, mas vamos dar a ele o benefício da dúvida. Hoje em dia eles precisam reforçar suas defesas. O Camboja está situado em uma área bem perigosa do mundo.

      - Eu acho que sim. Agora, vamos tentar desaparecer.

      Jake e Tess apertaram algumas mãos, agradeceram os anfitriões pelo convite e tomaram o caminho para o quarto.

      Tess conseguia sentir que algo estava incomodando Jake. - Quer me dizer o que está passando pela sua cabeça?

      - Eu acho difícil um figurão como Belcour voar para o Camboja para celebrar um projeto tão pequeno. Ele poderia ter enviado outra pessoa em seu lugar. Eu acho que há algo mais nisso.

      Tess lhe deu um beijo na bochecha. - Jake. As vezes eu acho que você está vivendo uma teoria da conspiração.

      Agora eles podiam relaxar de verdade, Jake alugou um Tuk Tuk, uma scooter motorizada com o espaço do motorista na frente, e uma pequena cabine coberta na parte de trás para os passageiros. Ele entrou no Tuk Tuk junto com Tess, Carmen e Nicola. O motorista os levou para um passeio bem tranquilo pelos pontos turísticos de Phnom Penh. Eles viram as atrações mais comuns: O palácio real com um templo de prata e o Museu Nacional, construído no estilo clássico Khmer pelos franceses durante a era colonial no final do século XIX. Eles também visitaram o Monumento da Independência, que foi construído na década de 1950, mas também foi construído no antigo estilo Khmer. Os colonos franceses deixaram a sua marca, com várias moradias, igrejas francesas, avenidas com o estilo de arte e decoração Phsar Thom Thmei.

      De volta ao hotel, os casais tiveram um excelente jantar e, pela manhã, aproveitaram o brunch com champanhe Veuve Clicquot do hotel. Eles haviam acabado de colher ostras que haviam sido trazidas da França, foie gras terrine e até raclette. Eles estavam desfrutando de um paraíso francês nos trópicos, bem diferente da vida dos cambojanos que eles viram caminhando durante o passeio pela cidade.

      Tess estava perfeitamente feliz, se deliciando com a piscina, usando máximo que podia de protetor solar e comendo nos restaurantes do hotel, mas sabia por experiência que sua indulgência não duraria. Como previsto, no dia seguinte, Jake convenceu Tess e o outro casal a irem até a cidade para vivenciarem o cenário local.

      Eventualmente eles acabaram entrando em um restaurante nativo. Ao visitar um novo lugar, Jake, o aventureiro gourmet, avidamente procura pratos nacionais, e este lugar era perfeito para saborear pratos exóticos. Típico do seu MO, Jake adquiriu um conhecimento prático da língua em apenas algumas semanas, e ao mesmo tempo aprendeu sobre a cozinha local. Agora ele queria provar a comida, uma atividade que geralmente alarmava Tess. Ela era mais conservadora em suas preferências culinárias. Tess realmente amava Jake, até ele a arrastar para lugares que ela considerava estar bem longe de ser um restaurante civilizado e se aprofundar na busca de uma comida local autêntica. Em momentos como este, ela simplesmente suportava e tolerava o entusiasmo desenfreado do marido por novas lugares e sabores.

      Jake começou a informar seus amigos sobre os destaques da cozinha Khmer. Ele começou a descrever os pratos que estavam em exibição sobre um balcão no restaurante. - Este é o peixe Amok. - Ele disse apontando para um dos pratos que estava a mostra. - Eles basicamente colocam o peixe em uma espuma. É suposto ter um gosto muito melhor do que aparenta.

      Seus companheiros não pareciam estar convencidos, mas ele continuou compartilhando o que tinha aprendido. - Os cozinheiros adicionam slok ngor, uma erva local que trás um sutil amargor. Eles misturam essa combinação com leite de coco fresco e kroeung, um curry de erva-cidreira, raiz de cúrcuma, alho, cebolinha, galangal e gengibre chinês. Eles geralmente vaporizam em uma folha de bananeira, enquanto outros fazem uma versão fervida que é mais parecida com um curry de peixe com sopa do que com uma musse.

      Mal eles haviam começado a considerar suas opções de prato, Tess e Carmen já estavam tentando não vomitar. Nicola parecia seguir pelo mesmo caminho. Jake concluiu, baseado na reação das mulheres, que aquele prato não era uma opção, então ele continuou a descrever o próximo.

      Tess agora estava quase melancólica. - Eles tem um bom e simples bife, ao ponto e com batatas cozidas?

      Carmen acrescentou, - Eu vi um restaurante mexicano a caminho daqui? Eu poderia comer uma enchilada verde.

      Eram nessas ocasiões em que Tess desejava que Jake não possuísse uma memória fotográfica infalível. Juntamente com sua paixão pelo que ela considerava gostos estranhos, suas inclinações culinárias nunca deixavam de incomodá-la.

      O entusiasmo de Jake era inabalável, ele animadamente apontou para um prato estranho. - Eu não acho que conseguiríamos encontrar isso hoje a noite. Continuando, formigas vermelhas fritas com carne e manjericão. Eles usam insetos de vários tamanhos, alguns quase não se consegue ver e outros tem quase uma polegada de comprimento. Estes são fritos com gengibre, erva-cidreira, alho, cebolinha e carne em fatias finas. Eles então adicionam pimenta, tomando cuidado para não subjugar o delicado sabor azedo que as formigas transmitem à carne. Este prato é servido com arroz e, se tiver sorte, você também receberá uma porção de larvas de formiga na sua tigela.

      Jake olhou para Tess com a esperança que ela pelo menos considerasse experimentar o prato.

      - Jake, se você cogitar isso eu lhe garanto um divórcio!

      Carmen parecia enjoada e Nicola rapidamente sugeriu uma lasanha, ou pizza, num restaurante italiano. - Nós passamos por um, até que parecia decente.

      Com um suspiro de decepção, Jake finalmente sugeriu Ang dtray-meuk — lulas grelhadas. - Não tem como errar escolhendo qualquer coisa que seja em porção espetada numa vara. Eles temperam com suco de limão ou molho de peixe e depois o assam em espetos de madeira. Para finalizar eles servem com um molho feito de alho, pimenta fresca, molho de peixe, suco de limão e açúcar. Vendedores de frutos do mar carregam pequenos fornos de carvão em seus ombros e cozinham a lula enquanto caminham pela praia.

      Tess tomou uma rápida decisão. - Sim, vamos pedir isso. Ela continuava relutante em comer ali, mas pelo menos ela estava familiarizada com lula. Ela experimentou na França e eram saborosas. Aliviados, eles sentaram em uma mesa na varanda do restaurante, felizes por terem sido poupados de ouvir o resto da variedade de pratos oferecidos no local. O olhar agressivo de Tess não deu muitas opções a Jake, então eles pediram as bebidas.

      - Graças a Deus as apresentações acabaram. - Tess falou depois de um pequeno gole do seu uísque single malt. - Ensinar os pilotos a como pilotar helicópteros nesse calor e com essa umidade, é o pior do que no deserto do Iraque.

      Jake não estava prestando atenção. Seus olhos estavam cobiçando os pratos, que para ele eram proibidos, que os garçons serviam.

      O jantar chegou, Tess teve que admitir que as lulas estavam excelente.

      Então Jake sugeriu que eles experimentassem Cha houy teuk, uma sobremesa de geleia. Ele informou ao grupo que era feita de agar, uma gelatina derivada de algas marinhas. Pra começar, Tess não gostava de cremes e coisas moles, mas se obrigou a suportar a empolgação de Jake enquanto contava sobre a receita. - A geleia é combinada com sagu, feijão mungo branqueado e creme de coco, servido em uma tigela com uma colher de gelo raspado.

      - De qualquer forma, você deve experimentar. Tess exibia um olhar ameaçador para Jake, caso ele ousasse pedir essa estranha combinação para ela. Nicola e Carmen escolheram um flan.

      O jantar acabou e os casais começaram a caminhada de volta para o hotel. As ruas estavam movimentadas, a maior parte das pessoas aproveitavam seus jantares

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