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conta de quantas canecas de Redanchor havia consumido. Em seus dias de folga do moinho, ele bebia cedo para evitar as multidões. No momento em que os clientes noturnos chegassem, ele estaria em casa e dormindo para se recuperar até duas horas antes do amanhecer. Depois sairia para o trabalho, transportando e amarrando sacos de grãos, levantando os sacos nas carroças dos fazendeiros, liberando as engrenagens que giravam o moinho de torrões de farinha e sujeira e limpando a merda da represa e do lago. Pelos deuses, era um trabalho miserável, mas pagava pela cerveja.

      Renfrey gostava da sua privacidade. Um homem poderia se sentar sozinho e gracejar à distância, se quisesse. Não que houvesse qualquer gracejo acontecendo entre a dúzia, mais ou menos, de clientes no Mascate. O mercador pretensioso e imbecil no canto tinha um par de guarda-costas corpulentos fazendo-lhe companhia. Os dois lenhadores comendo tranquilamente uma refeição no lado mais distante da sala comunal realmente não pareciam divertidos. E depois havia os freeblades.

      Não mijaria neles se eles precisassem de um banho. Ele franziu o cenho para sua caneca de Redanchor, depois tomou um gole da cerveja forte e colocou a caneca de volta na mesa com um baque. Líquido formou um arco na borda antes de espirrar de volta para dentro. “Aye,” Renfrey disse com a fala arrastada, “chegar onde pertencemos, apodrecemos…”

      Seu olhar percorreu a sala, os freeblades que estavam absortos em uma conversa discreta, o enorme garçom desajeitado e finalmente pousando na atendente limpando a mesa no centro da sala. Pernas bonitas naquela. Cremosas. Macias. Tetas bonitas também. Coisinhas atrevidas, elas eram, pressionadas para cima pela sua roupa, pequenas, mas ainda conseguiam derramar sobre o vestido. Mas o rosto não era grande coisa para olhar. Renfrey olhou lascivamente para a suavidade ao redor da cintura da garota.

      A criada levantou o olhar do seu trabalho e pegou-o olhando para ela. Ele sorriu e ela sorriu de volta.

      Oh, aye, eu entraria no cio com aquela como um porco, ele pensou, observando seu traseiro balançar enquanto ela se afastava. Ele lambeu os lábios e lambeu um espaço entre os dentes.

      A conversa da mesa dos freeblades flutuou e Renfrey murmurou uma maldição. Freeblades poderiam apodrecer no Inferno no que lhe dizia respeito, até o último dos presunçosos arrogantes ladrões de mulheres. Eles eram um flagelo na cidade. Se houvesse outra taverna em Alder’s Folly, ele estaria bebendo lá em vez de no Mascate. Ele tomou um gole da cerveja e ouviu suas palavras.

      “…aquela quantia de dari…”

      “…não teria aceito, sozinho…”

      “Maros diz…”

      “E se há verdade nisso?”

      “Malditos freeblades,” Renfrey disse com a fala arrastada. “Bons para porra nenhuma.”

      Um deles, um sujeito barbado um pouco mais jovem do que Renfrey, olhou para trás rapidamente, mas continuou a conversar com seus companheiros.

      “Aye, continue,” Renfrey disse, sua voz se elevando. “Falando nada além de besteiras é o que ocês estão fazendo!” Isso chamou a atenção deles.

      “Peço desculpas, Ren,” aquele com a barba disse. “Estamos te ofendendo de alguma maneira?”

      Renfrey não sabia o nome do bastardo. Mas não gostou que o idiota soubesse o dele. “Me ofendendo?” Ele bateu a caneca na mesa, cambaleou na banqueta e se firmou. “Aye, eu diria que estão.”

      “Como estamos fazendo isso, Mestre Renfrey?” a jovem ao lado do rosto barbudo disse.

      Mestre? Maldito Mestre agora, eu sou? Não tinha visto aquela putinha madura por aqui antes. “Bem, agora, garota, imagino que poderíamos começar com ocê não me chamando de Mestre.” Ele olhou para o barbudo ao lado dela. “Ou Ren, no que diz respeito a isso. Que tal isso?”

      Enquanto os freeblades trocavam olhares, uma voz retumbante ecoou atrás do bar. “Você mantenha sua voz baixa agora, Renfrey. Você conhece as regras.”

      Ele voltou sua atenção para o bruto feio que pairava como um carvalho atrás do balcão de serviço. “Não é da sua conta, garçom. Deixe que eu e este grupo discutamos sobre isso, por que não?”

      “Ah.” O mestiço cruzou os braços. “Então seria garçom agora, não é? Me rebaixou, não é?”

      “Você o quê?” Renfrey franziu o cenho enquanto o sorriso do idiota dividia amplamente seu rosto cheio de cicatrizes. Maros, ele pensou. Aye, este é o seu nome. Nunca me importei muito desde que ele continuasse servindo a cerveja.

      “Vou te dizer o quê,” Maros disse e Renfrey percebeu que o balbucio de conversa na sala tinha silenciado, “Vou permitir que você me chame de mestre taverneiro, apenas uma vez. Que tal isso, grandão?”

      Renfrey caiu na gargalhada, cuspe voando da sua boca. “Que tal eu continuar chamando ôce de garçom? Que tal isso, garçom? Ouvi dizer que outrora eles chamavam ôce de A Montanha. Não parece tão poderoso agora, não é? Acho que ôce caiu, é o que eu imagino.”

      Maros semicerrou os olhos. Lenta e deliberadamente, ele se levantou completamente. “Sim, a Montanha caiu,” ele disse em uma voz controlada, “mas ainda não terminou de cair.”

      Renfrey zombou. “Ouvi dizer que foi uma criatura que derrubou ôce, como o boi que estuprou sua mãe.” Ele estendeu a mão para a caneca, mas as juntas dos dedos pegaram a borda. O receptáculo de bronze inclinou, derramando seu conteúdo em uma poça espumosa na mesa. Ele observava enquanto a caneca rolava da beirada e caía no chão.

      BOOM. Arranhar. BOOM. Arranhar…

      Ele olhou para cima para encontrar a fonte da comoção. O garçom levantou a portinhola no final do balcão de serviço, mancou para a sala comunal e foi direto para Renfrey.

      “Merda.”

      “Você sabe o que acontece com pequenos manés moles e fracos que ficam no caminho de uma Montanha caída?” Arranhar. BOOM. Maros elevava-se acima de Renfrey. “Eles quebram.”

      Duas mãos enormes o levantaram no ar. Ele enterrou os dedos nos antebraços semelhantes a troncos de árvores. Sua cabeça flutuou e o monstro debaixo dele se confundiu em dois. “Maldito ogro!” ele gritou. “Socorro!” O conteúdo do seu estômago ameaçou evacuar quando ele foi balançado em uma direção, depois na outra.

      “Você está fora!” o ogro retumbou em seu ouvido.

      Ele estava voando. Ele estava realmente voando. Luz brilhante explodiu em sua visão e ele percebeu vagamente que estava olhando para o sol.

      “Doce Aveia sagrada!” ele gritou. Então ele bateu na terra, engoliu uma espuma de cerveja e caiu inconsciente.

      Frustração brotava em Maros com cada minuto que passava. Os clientes restantes do Mascate tinham sido removidos e ele tinha puxado o trinco sobre as portas da taverna para impedir qualquer intrusão adicional. As únicas pessoas na sala comunal eram Henwyn e Leaf, que tinham sofrido os abusos de Renfrey, sentados com Luthan em uma das suas raras pausas da cozinha

      Ele agarrou sua banqueta e atravessou mancando para se juntar a eles. “Termine esta frase,” ele disse a Leaf. “Quando um freeblade tem um palpite…”

      Com um sorriso, Leaf olhou para os quatro homens. “Normalmente ele está certo.”

      Henwyn riu. Para Maros, ele disse, “Você está falando sobre Jalis e os outros novamente.”

      Maros assentiu.

      “Olhe,” Henwyn disse, “Não tenho vagas abertas e ficarei sem Leaf enquanto ela estiver em Baía Brancosi. Se isso te deixar à vontade, posso ir encontrá-los. Vai te custar uma pequena parcela, é claro.”

      Luthan apoiou os cotovelos na mesa. “Se você contratasse uma carroça, você os alcançaria em poucos dias.”

      Maros refletiu sobre isso. Eu os coloquei nisso ao aceitar o contrato em primeiro lugar. Se tiver de trazê-los de volta nos ombros de alguém,

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