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      Danilo Clementoni

      Interseção com

       Nibiru

      As aventuras de Azakis e Petri

      Título original: Incrocio con Nibiru

      Tradução de: Christina Yaghi

      Editora: Tektime

      Este livro é uma obra de ficção. Nomes, personagens, locais e organizações mencionadas são o resultado da imaginação do autor e com a intenção de dar autenticidade à narrativa. Qualquer semelhança com eventos ou pessoas reais, vivas ou falecidas é meramente coincidência.

      INTERSEÇÃO COM NIBIRU

      Direitos autorais © 2015 Danilo Clementoni

      Primeira edição: Fevereiro de 2015

      Publicação e impressão independente

      facebook: www.facebook.com/incrocioconnibiru

      blog: dclementoni.blogspot.it

      e-mail: [email protected]

      Todos os direitos reservados. Nenhum tipo de reprodução de nenhuma parte desta obra poderá ser realizada, incluindo por meio de qualquer sistema mecânico ou eletrônico, sem a permissão expressa do editor, exceto para trechos breves para

       fins de resenha.

      Este é o segundo volume da série

       "As aventuras de Azakis e Petri”. Para vivenciar plenamente esta aventura empolgante, antes de começar a ler este livro, sugiro a leitura do primeiro volume intitulado "De volta à Terra” (Nota do autor)

      A minha esposa e filho, pela paciência e sugestões inestimáveis, que auxiliaram o meu avanço e o meu romance.

      Agradecimentos especiais a todos os meus amigos, pelo encorajamento e apoio contínuos, e pelo estímulo para a conclusão desta obra. Sem eles, não seria possível sua concepção.

      Introdução

      O vigésimo planeta, Nibiru (o planeta de passagem), como foi denominado pelos sumérios, ou Marduk (rei dos céus), assim referido pelos babilônios, na verdade é um corpo celestial orbitando nosso Sol em um período de 3.600 anos. Sua órbita é substancialmente elíptica e retrógrada (gira em torno do Sol em direção oposta aos outros planetas) e nitidamente inclinada em relação ao eixo do nosso sistema solar.

      Em cada aproximação cíclica, com frequência, ocorreram imensas turbulências interplanetárias no nosso sistema solar, assim como nas órbitas e na estrutura dos planetas em que consiste. Foi durante uma de suas transições mais conturbadas que o majestoso planeta Tiamat, localizado entre Marte e Júpiter, cuja massa é de aproximadamente nove vezes a da atual Terra, rico em água e com onze satélites, fora destruído numa colisão cataclísmica. Uma das sete luas que orbitam Nibiru atingiu o gigantesco Tiamat, cabalmente separando-o em dois e lançando as duas seções em órbitas opostas. Na transição seguinte (o “segundo dia” da Gênesis), os satélites remanescentes de Nibiru deram fim a este processo, destruindo completamente uma das duas seções formadas na primeira colisão. Os detritos gerados pelos múltiplos impactos criaram o que hoje conhecemos como "Cinturão de Asteroides" ou "Anel de Fragmentos", como veio a ser chamado pelos sumérios. Este foi parcialmente engolido pelos planetas vizinhos. E Júpiter, em particular, captou o grosso dos detritos, desse modo aumentando visivelmente sua própria massa.

      Os objetos do satélite nesse desastre, incluindo os sobreviventes de Tiamat, foram quase todos projetados para as órbitas exteriores, formando o que atualmente conhecemos por “cometas”. A porção que sobreviveu à segunda transição então se posicionou numa órbita estável entre Marte e Vênus, levando consigo o último satélite restante e assim formando o que no presente chamamos de Terra, com sua inseparável companheira, a Lua.

      As marcas causadas por esse impacto cósmico, que ocorreu há cerca de 4 bilhões de anos, ainda são relativamente visíveis hoje. A porção marcada do planeta está agora completamente coberta pelas águas, no que hoje denominamos de Oceano Pacífico. Ela ocupa cerca de um terço da superfície de terra, se estendendo por mais de 179 milhões de quilômetros quadrados. Ao longo dessa vasta área, praticamente não existem áreas de superfície, mas apenas uma grande depressão, com profundidades superiores a dez quilômetros.

      Atualmente, a configuração de Nibiru é muito semelhante à da Terra. Dois terços dele estão cobertos de água, enquanto o restante é ocupado por um único continente, que se estende de norte a sul, com uma superfície total de mais de 100 milhões de quilômetros quadrados. Por centenas de milhares de anos, alguns de seus habitantes, aproveitando a aproximação cíclica do planeta ao nosso, nos fazem visitas sistemáticas, toda vez influenciando a cultura, o conhecimento, a tecnologia e até a própria evolução da raça humana. Nossos ancestrais se referiam a eles de muitas formas, mas talvez a que melhor os represente seja "deuses”.

      Cenário

      Azakis e Petri, os dois adoráveis e inseparáveis alienígenas que protagonizam esta aventura, retornaram ao planeta Terra depois de um dos seus anos (equivalente a 3.600 anos terrestres). Sua missão? Recuperar uma carga preciosa que precisaram abandonar às pressas numa visita anterior, devido a uma falha no seu sistema de acoplagem. Porém desta vez, encontraram uma população terráquea muito distinta à que deixaram antes. Hábitos, tradições, cultura, tecnologia, sistemas de comunicação, armas. Tudo estava transformado.

      Na chegada, depararam-se com um par de terráqueos: a Doutora Elisa Hunter e o Coronel Jack Hudson, que se dispuseram a acolhê-los, e depois de inúmeras aventuras, lhes auxiliaram a concluir a sua delicada missão.

      Mas os dois alienígenas prefeririam não ter contado a seus novos amigos que seu próprio planeta, Nibiru, estava se aproximando rapidamente e em apenas sete dias terrestres, viria a interceptar a órbita terrestre. De acordo com os cálculos dos seus Anciãos, um dos sete satélites chegaria perto suficiente para quase tocar o planeta, provocando uma série de mudanças climáticas, comparáveis àquelas de uma passagem prévia, que se resumira a uma definição: O Grande Dilúvio.

      Na primeira parte do romance De volta à Terra – As aventuras de Azakis e Petri, os quatro estavam dentro da sua nave imponente, a Theos, e é a partir desse ponto que retomaremos a narrativa desta nova e fantástica aventura.

      Astronave Theos

      Nas últimas horas, o cérebro de Elisa fora atulhado por tantas informações, que se sentia como uma garotinha que comera doces demais. Dois estranhos mas adoráveis personagens, que de repente apareceram do nada, subverteram muitas "certezas históricas" que ela e o resto da humanidade quase sempre deram como incontestáveis. Eventos, descobertas científicas, crenças, cultos, religião e a própria evolução humana estavam prestes a serem completamente revolucionados. Notícias da descoberta de que seres de outro planeta manipularam habilmente e guiaram o desenvolvimento da humanidade, desde seus primórdios, teria um impacto na sociedade como o da afirmação de que a Terra era redonda e não plana.

      Azakis, junto a Petri, seu amigo fiel e companheiro de viagem, estava imóvel no centro da ponte de comando, seguindo com os olhos Elisa, que estava andando nervosamente de um lado para outro, com as mãos nos bolsos das calças largas, murmurando palavras indecifráveis.

      Jack, ao contrário, estava caído numa poltrona, tentando apoiar com as mãos a cabeça, que de repente pareceu incrivelmente pesada. Mas foi Jack que, depois de minutos intermináveis de silêncio, decidiu tomar as rédeas da situação. Subitamente ficou de pé e encarando os dois alienígenas, disse em voz firme: — Se nos escolheram para essa tarefa, devem ter uma razão. Tudo o que vou dizer é que não ficarão decepcionados — Então olhou diretamente nos olhos de Azakis e perguntou, determinado: — Poderiam nos mostrar uma simulação, com essa sua pequena mágica, — e apontou para a imagem virtual da Terra, que ainda estava girando lentamente no centro da sala — da aproximação do seu planeta?

      — Com prazer — logo respondeu Azakis. Ele coletou todos os cálculos dos Anciãos pelo seu implante N^COM e elaborou uma representação

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