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ao lado de Daniel. Foi um dia longo e cansativo, e ela caiu no sono rapidamente.

      "Eu não posso acreditar que nós temos uma ilha", ela murmurou na escuridão, quando começou a adormecer. "Meu futuro não parece nada com o queeu pensei que seria".

      Daniel soltou uma risada sonolenta. "Como assim?"

      "Bem, eu nunca pensei que estaria casada e grávida. Eu nunca pensei que teria Chantelle, ou esta pousada". Ela acariciou o peito de Daniel enquanto ele subia e descia lentamente.

      "Eu nunca pensei que eu teria Chantelle ou a pousada também", respondeu ele.

      "Mas você está feliz por isso?"

      "Claro".

      "Você está feliz por termos outra menina?"

      Ele beijou sua testa. "Estou muito feliz", ele assegurou.

      "E que nossa filha vai voltar para a escola amanhã, onde ela está indo fabulosamente bem?"

      Daniel riu novamente. "Sim. Fico feliz que Chantelle esteja indo bem na escola".

      Emily sorriu, satisfeita. Parecia prestes a pegar no sono.

      "Só estou triste com uma coisa", disse ela.

      "O que é?"

      "Que meu pai não vai estar aqui para aproveitar tudo isso com a gente".

      Daniel ficou em silêncio. Ela sentiu os braços dele a apertarem.

      "Eu sei", disse ele. "Estou triste com isso também. Mas vamos aproveitar ao máximo o tempo que temos com ele agora. Vamos garantir que todos os dias sejam tão bons quanto possível. Vamos fazer cada dia valer a pena".

      Emily assentiu. "Acho que fizemos hoje valer a pena", disse ela, bocejando. "Nós compramos uma ilha, afinal. Não é todo dia que isso acontece".

      Ela sentiu o peito de Daniel estremecer com uma risada. Ela se apertou ainda mais contra ele, feliz e repleta de amor. Nos braços um do outro, com os batimentos cardíacos sincronizados. Adormeceram em uníssono, em perfeita harmonia, duas pessoas unidas pelo amor.

      CAPÍTULO QUATRO

      Emily deu um último gole no café descafeinado e colocou a caneca na mesa da cozinha. Ela dormiu profundamente, mas acordou sentindo-se meio grogue — em parte por causa do despertador estar definido para uma hora antes do que ela tinha se acostumado durante o verão — e ela gostaria de poder tomar uma dose de cafeína de verdade. Era provavelmente a coisa que ela mais ansiava fazer assim que Charlotte nascesse, a coisa que ela mais sentia falta e que mais desejava. Ela observou Daniel com inveja enquanto ele bebia seu café do outro lado da mesa.

      "Certo, querida", disse Emily por fim, olhando para Chantelle. "É hora de ir para a escola".

      Chantelle estava debruçada sobre uma pilha de peças de relógio, com a ponta da língua saindo do canto da boca, de tão concentrada. Havia uma tigela vazia de cereal ao seu lado, descartada a esmo para que ela pudesse prosseguir com sua tarefa.

      "Não posso ter mais cinco minutos?" ela perguntou, tão absorta que nem sequer olhou para cima. "Eu só preciso descobrir onde colocar esta engrenagem".

      Desde que voltou da Inglaterra, Chantelle estava determinada a fazer um relógio como o vovô Roy. Emily pensou que era muito doce Chantelle se inspirar tanto no avô, mas também partia seu coração, ao mesmo tempo. Ela e Daniel ainda não haviam contado a Chantelle a notícia da doença do avô; e a menina ficaria totalmente arrasada quando o perdesse. Todos ficariam.

      Daniel assumiu o comando. "Não, desculpe, querida. Você precisa chegar na hora para conhecer sua nova professora e novos colegas".

      Chantelle baixou a chave de fenda com um suspiro relutante. "Tudo bem".

      Emily desejou poder convencer Chantelle a fazer seu trabalho oleoso em algum lugar mais apropriado — a garagem, ou no barracão, ou praticamente em qualquer lugar que não fosse a mesa da cozinha. Mas Chantelle não ia querer. Seu avô consertava relógios na mesa da cozinha, então, Chantelle queria fazer igual!

      Todos se dirigiram para a picape e Daniel assumiu a direção, já que Emily estava achando muito desconfortável encaixar sua barriga cada vez maior atrás do volante. Chantelle pulou no banco de trás do carro.

      "Mal posso esperar até que Charlotte venha conosco para a escola", disse ela, olhando para a cadeirinha de bebê que haviam instalado recentemente (por recomendação de Amy, é claro, já que nunca se sabe quando o bebê pode decidir nascer e a última coisa que você vai querer fazer é tentar instalar uma cadeirinha complicada durante as contrações).

      "Eu também", disse Emily, descansando as mãos sobre sua barriga volumosa. Parecia estar ficando mais desconfortável a cada dia que passava.

      "Primeiro, ela só estará passeando, mas não demorará muito para ela entrar por aquelas portas com você", disse Daniel, com uma risada. "Ela vai estar no jardim de infância num instante".

      Emily se sentiu melancólica ao pensar nisso. Ela sabia o que Daniel queria dizer, que o tempo passava rapidamente, que eles deveriam apreciar cada momento, porque desapareceria como a areia passa por uma ampulheta. Mas o futuro ao qual Daniel estava se referindo era também um em que o pai dela já teria falecido. Ele não estaria lá quando Charlotte começasse o jardim de infância. Ele nunca iria ver as numerosas fotos que Emily tiraria das duas meninas indo para a escola juntas, de mãos dadas. Esse futuro, embora ela estivesse ansiosa para viver, por um lado, também seria repleto de pesar, por outro. Ela seria uma pessoa diferente, mudaria irremediavelmente ao perder Roy.

      Eles dirigiram pelas conhecidas ruas de Sunset Harbor e entraram no estacionamento da escola. Já estava muito movimentado, com muitos pais ansiosos para deixar seus filhos depois das longas férias de verão.

      "É Bailey!" Chantelle gritou, apontando para onde sua melhor amiga brincava na grama. O cabelo ruivo normalmente rebelde de Bailey tinha sido estilizado em duas longas tranças. Emily nunca a tinha visto tão apresentável. "Mas com quem ela está conversando?" acrescentou Chantelle.

      Bailey estava brincando com uma criança desconhecida, uma garota pálida e magra, com longos cabelos lisos e loiros.

      "Eu não sei", disse Emily. "Eu nunca a vi antes".

      Daniel estacionou e eles saíram da caminhonete. Emily notou Yvonne encostada em sua 4x4, conversando com Holly, outra das mães que eles conheciam bem.

      "Por que você não vai dizer olá", Daniel disse a ela. "Eu posso supervisionar Chantelle e falar com a professora".

      Emily deliberou. Ela queria conhecer a nova professora, mas sentiu um desejo de se reconectar com as amigas, cuja companhia havia perdido no verão.

      "Eu vou ser super rápida", ela disse a ele, com uma mão já abrindo a porta do passageiro.

      Daniel riu e foi em direção aos degraus onde todos os professores estavam reunidos, supervisionando a sessão de brincadeira matinal.

      Emily foi até Yvonne e deu um grande abraço na amiga. Então, também abraçou Holly.

      "Como passaram o verão?" Emily perguntou.

      Holly corou. Yvonne parecia estar segurando um sorriso.

      "Foi ótimo", Holly disse a Emily. "Logan e eu levamos as crianças para Vancouver, para visitar a família".

      "E..." Yvonne pressionou.

      Emily franziu a testa, olhando de uma mulher para a outra.

      "E..." Holly disse, ainda mais ruborizada. "Eu estou grávida".

      Os olhos de Emily se abriram mais. "Você está brincando!" exclamou ela.

      Holly sacudiu a cabeça. Ela parecia tímida, mas emocionada.

      "Estou tão feliz por você!", Emily exclamou, abraçando-a novamente. "Nossos bebês poderão brincar juntos".

      "Com

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