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Quantico para trabalhar num caso de droga. Vai juntar-se ao Agente McCune e a mim – vamos agora mesmo para a cena.”

      O Agente Crivaro saiu do gabinete.

      Enquanto Riley e o Agente McCune o seguiam Riley pensou…

      Ele tratou-me por “Sweeney”.

      Em Lanton, ela habituara-se a que a tratasse por “Riley”.

      Riley segredou a McCune, “O Agente Crivaro está aborrecido com alguma coisa?”

      McCune encolheu os ombros e sussurrou-lhe, “Esperava que me pudesse dizer. Este é o meu primeiro dia a trabalhar com ele, mas sei que já trabalhou num caso com ele. Dizem que ele ficou muito impressionado consigo. Ele tem a reputação de ser algo brusco. Sabe, o seu último parceiro foi despedido.”

      Riley quase disse…

      Na verdade, não sabia.

      Nunca ouvira Crivaro fazer referência a um parceiro em Lanton.

      Apesar de Crivaro ter sido duro, nunca o vira como alguém “brusco”. Na verdade, acostumara-se a ver nele uma carinhosa figura de pai – bastante diferente do seu próprio pai.

      Riley e McCune seguiram Crivaro até um carro no parque des estacionamento do edifício do FBI. Ninguém falou enquanto Crivaro os conduziu para o exterior do edifício e prosseguiu para norte pelas ruas de DC.

      Riley começou a pensar se Crivaro lhes iria o que iriam fazer no lugar para onde estavam a ir.

      Acabaram por chegar a um bairro de aspeto duvidoso. As ruas estavam bordejadas com casas alinhadas que pareciam a Riley já ter sido casas agradáveis mas que se haviam degradado com o passar do tempo.

      Ainda a conduzir, o Agente Crivaro finalmente lhe dirigiu a palavra.

      “Dois irmãos, Jaden e Malik Madison, controlam o correio da droga neste bairro há alguns anos. Eles e o seu gang têm vindo a tornar-se cada vez mais descarados – a vender diretamente na rua como se fosse um mercado a céu aberto. Os polícias locais não conseguiram fazer nada para os parar.”

      “Porque não?” Perguntou Riley.

      Crivaro respondeu, “O gang tem cuidado para não ser apanhado pela polícia. Por outro lado, aterrorizaram todo o bairro com tiroteios e esse tipo de coisa. Dois miúdos foram atingidos só por estarem onde não deviam estar. Ninguém se atreveu a falar com a polícia sobre o que se estava a passar.”

      Olhando para as filas de casas, Crivaro prosseguiu.

      “O FBI foi chamado para ajudar há alguns dias. Esta manhã um dos nossos homens à paisana conseguiu prender Jaden. O seu irmão, Malik, ainda está à solta e o gang dispersou. Não será fácil apanhá-los. Mas devido à prisão, conseguimos um mandado de busca na casa onde estavam.”

      Riley perguntou, “Se o gang ainda anda por aí, não começarão tudo de novo?”

      McCune disse, “É aí que a polícia local pode fazer alguma coisa. Montam uma mini esquadra no passeio – só uma mesa de piquenique e cadeiras com alguns polícias que trabalharão com os locais para se assegurarem de que o mesmo não volta a acontecer.”

      Riley quase perguntou…

      Não começarão noutro bairro?

      Mas ela sabia que era uma pergunta estúpida. É claro que o gang retomaria as suas atividades ilícitas noutro local – pelo menos se não fossem apanhados. E então a polícia e o FBI teriam que recomeçar do zero onde quer que isso sucedesse. Era a natureza daquele tipo de trabalho.

      Crivaro parou o carro e apontou para a casa mais próxima.

      “As buscas já começaram naquela,” Disse ele. “E nós estamos aqui para ajudar.”

      Ao saírem do carro, Crivaro disse a Riley com firmeza.

      “Por ‘nós’ referia-me ao Agente McCune e a mim. Você está aqui para ver e aprender. Por isso desampare a loja e não mexa em nada.”

      Riley sentiu um arrepio perante as suas palavras, mas anuiu obedientemente.

      Um polícia de uniforme conduziu-os ao interior da casa. Riley de imediato viu que uma grande operação estava já em progresso. O corredor estreito estava a abarrotar com polícia e agentes envergando coletes do FBI. Estavam a empilhar armas e sacos de droga no meio do chão.

      Crivaro parecia agradado. Disse a um dos homens do FBI, “Parece que vocês encontraram aqui um autêntico filão.”

      O homem do FBI riu e disse, “Temos a certeza que é só a ponta do icebergue. Tem que haver muito dinheiro por aqui, mas ainda não o encontrámos. Há muitos lugares para esconder coisas numa casa como esta. Os nossos homens estão a esquadrinhar todos os recantos.”

      Riley seguiu Crivaro e McCune por um lanço de escadas no segundo andar.

      Podia ver que a casa, e aparentemente as outras que a rodeavam, era maior do que parecia vista do exterior. Apesar de ser estreita, tinha profundidade com muitos compartimentos ao longo do corredor. Para além dos dois andares, Riley calculou que também tivesse um sotão e uma cave.

      No topo das escadas, quatro agentes quase colidiram com Crivaro ao saírem de um dos quartos.

      “Nada aqui,” Disse um dos agentes.

      “Tens a certeza?” Perguntou Crivaro.

      “Procurámos por todo o lado,” Disse o outro agente.

      Então ouviu-se uma voz vinda do interior do quarto do outro lado do corredor…

      “Ei, acho que temos alguma coisa aqui!”

      Riley seguiu Crivaro e McCune pelo corredor. Antes que os pudesse seguir até ao quarto, Crivaro agarrou-lhe na mão e parou-a.

      “Huh.uh,” Disse ele. “Podes ver a partir do corredor.”

      Riley ficou no exterior do compartimento e viu cinco homens a fazerem buscas lá dentro. Aquele que chamara Jake estava ao lado de uma forma retangular na parede.

      Disse, “Isto parece ter sido um elevador para comida. Quanto queres apostar em como vamos encontrar alguma coisa ali dentro?

      “Abre,” Disse Crivaro.

      Riley deu um passo em frente para ver o que estavam a fazer.

      Jake olhou para ela e gritou…

      “Ei, Sweeney. O que é que acabei de lhe dizer?”

      Riley estava prestes a explicar que não tinha a intenção de entrar quando Jake ordenou a um polícia…

      “Fecha o raio da porta.”

      A porta foi batida com estrondo na cara de Riley que permaneceu no corredor a sentir-se chocada e envergonhada.

      Porque é que o Agente Crivaro está tão zangado comigo? Interrogou-se.

      Agora ouvia-se muito ruído vindo do interior do compartimento. Parecia que alguém estava a utilizar um pé-de-cabra no local da parede onde tinha existido o elevador. Riley queria ver o que se estava a passar, mas abrir a porta novamente estava fora de questão.

      Caminhou ao longo do corredor e entrou no compartimento do outro lado, aquele que os agentes tinham dito já ter sido vasculhado. Cadeiras e mobília estavam virados do avesso, e um tapete estava enrodilhado de ter sido puxado e atirado novamente para o lugar.

      Ali sozinha, Riley foi até à janela que dava para a rua.

      No exterior viu algumas pessoas a caminharem apressadamente.

      Não se sentem seguras lá fora, Percebeu. Aquilo pareceu-lhe incrivelmente triste.

      Interrogou-se quanto tempo passara desde que aquele bairro passara de um lugar agradável onde se viver para a situação atual.

      Também se perguntou…

      Será

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