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contagiante. Logo, todas as três estavam deitadas no carpete do saguão, fazendo cócegas uma na outra. Finalmente, exaustas, elas se esparramaram uma do lado da outra, com Meredith entre as duas garotas, todas tentando recuperar o fôlego.

      "Meredith?"

      “Sim, Madeline?”

      "Obrigada."

      "Pelo quê?"

      "Por não te chamar de cabeça de pena?" perguntou Karen.

      “Não, idiota,” respondeu Madeline. "Por me amar. E por gostar de mim.”

      Meredith, intrigada, disse: "Por que eu não te amaria, ou não gostaria de você, Madeline?"

      Madeline ficou em silêncio por um momento, então disse: “Porque eu era a filha do Papai. De antes. E porque eu sou uma ano... anoma...”

      "Anomalia?"

      “É,” ela respondeu. "Eu realmente não deveria estar aqui, Meredith... não do jeito que estou."

      Karen se apoiou em um braço, de frente para Meredith para que pudesse ouvir Madeline melhor. "O que você quer dizer com o jeito que você está?" ela perguntou.

      Madeline sorriu. “Anjos... ou o que os humanos chamam de anjos... já renasceram antes. Na maioria das vezes, suas memórias foram apagadas e seus poderes foram re... re..."

      “Reprimidos?” sugeriu Meredith.

      Madeline acenou com a cabeça “Sim. Ou, eles usaram seu livre arbítrio para desistir de ser um anjo para descer na terra a fim de que pudessem viver uma vida normal como humanos.”

      "Então, por que você é uma ano... anom...anomia? perguntou Karen.

      Meredith sorriu. "Anomalia, Karen."

      Madeline se virou para o lado dela, encarando Meredith. “Porque usei meu livre arbítrio para vir à Terra e viver ..., mas também mantive meus poderes.” Ela sorriu. “Com a bênção da Mamãe... e a Dele.”

      Meredith disse: “Eu gosto muito de você, doce Madeline. E eu te amo, como se você fosse minha própria filha. Não sabia que era com a bênção de Deus, Madeline. Por que ele te deu a bênção dele?”

      Madeline deitou-se de costas no chão. “No reino que os humanos chamam de 'Céu', sou uma das guerreiras mais poderosas Dele”, disse ela com naturalidade. “Apenas Miguel, e os outros arcanjos, e talvez um par de outros anjos normais, são mais poderosos. Mas existem dois reinos... e o outro é escuro, doloroso e maligno. Os humanos chamam isso de 'Inferno', e é para onde vão as almas que são ruins. Eles também têm guerreiros ... alguns tão fortes quanto Miguel. O líder ali é inimigo Dele, e quase tão poderoso. 'Deus', como vocês o chamam, me enviou aqui porque algo grande está por vir, e eu não sei o que é, e não sei quando, e Papai vai estar bem no meio disso.” Uma lágrima silenciosa escorreu de seus olhos. “Disseram-me que ele precisava de toda a ajuda que pudesse conseguir... e ainda sim ele pode não ganhar. E posso não ganhar. Mas ainda não está acontecendo.” Ela moveu a cabeça para que descansasse no braço de Meredith. "No entanto, isso não me impede de me preocupar..."

      ***

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      "PARE!" GRITOU NICHOLAS Turner. "Não se mexa!"

      “Bem, você sabe, eu não tinha planejado isso, Nicky”, disse Snickers, programador de computador, informante e ex-viciado. "Quando você pediu, sabe, para eu te ajudar, você não me disse isso, sabe, que ia ser para pendurar quadros na sua parede."

      Nicholas riu enquanto marcava a localização do quadro para que pudesse bater um prego. "Você teria vindo de qualquer maneira, Snick... você não me engana nem um pouco."

      “Sabe de uma coisa, Nicky? Você me conhece muito bem."

      "Ok, amigo, você pode abaixar isso agora."

      Snickers suspirou enquanto abaixava o quadro e o encostava na parede. "Você está indo muito bem desde que você prendeu, sabe, aquele policial lá, o Parker, não é?"

      Nicholas fez que sim com a cabeça. “Sim, os negócios melhoraram bastante.” Ele encolheu os ombros. “Acho que perdi alguns porque tenho estado muito fora do escritório ultimamente. Minha papelada ficou paralisada porque não tenho tempo para fazer do jeito que deveria. É difícil fazer tudo sozinho.”

      "Tipo, sua nova esposa, não pode te ajudar com isso?"

      “Eu gostaria que ela pudesse, mas as encomendas para as artes dela também dobraram desde que Parker foi preso. Toda a história do sequestro de Karen, minha solução do caso com a sua ajuda, nossos empregos e nosso casamento vieram juntos o bastante para realmente mudar as coisas para nós dois.” Sem mencionar a ajuda de Madeline... Eu me pergunto o quanto disso é graças a ela?

      Snickers entregou a Nicholas um prego e o martelo. "Tipo, talvez você precise de uma daquelas secretárias ou algo assim, entende?"

      Nicholas martelou o prego na posição. “Já pensei nisso, posso pagar uma agora... talvez para trabalhar por meio período, alguns dias por semana...”. Ele pendurou a foto no prego, endireitou-a e deu um passo para trás para admirá-la. “Só não tenho certeza se posso encontrar alguém que seja confiável o suficiente para fazer o trabalho, mas que seja flexível o bastante para fazê-lo em meio período. Alguém que não vai pirar se eu trouxer uma criança machucada, ou tiver que atirar em algum pobre coitado que se opõe a pagar pensão alimentícia e apronta confusão comigo.”

      "Sabe, falando de trabalho", disse Snickers, "Tipo, o que você tem engrenado por agora?"

      Nicholas sorriu. “Acredite ou não, meu velho, acabei de terminar um e não tenho outro no horizonte. Por enquanto, pelo menos. Por quê?"

      Snickers encolheu os ombros. “É que, tipo, eu não tenho certeza ainda. Me dê, tipo, alguns dias, e eu posso, você sabe, ser capaz de conduzir alguns negócios, tipo, do seu jeito.”

      Nicholas ficou tocado. Snickers era um de seus informantes melhores e mais confiáveis. Ele conhecia Snickers desde seus primeiros anos de policial. Como patrulheiro de rua, Nicholas prendeu Snickers por roubar uma loja de bebidas. Snickers imediatamente começou a oferecer informações sobre qualquer coisa que Nicholas quisesse saber, desde que Nicholas não o prendesse. Nicholas fez uma contraproposta: se a informação fosse correta, ele eliminaria as acusações.

      A informação era correta e Nicholas cumpriu sua palavra. A relação de dar e receber cresceu, e as informações de Snickers foram diretamente responsáveis pela promoção de Nicholas a detetive. Como um presente, Nicholas pagou para Snickers entrar em uma boa clínica de reabilitação para se limpar.

      Um Snickers grato ainda manteve contato com suas conexões subterrâneas, mas permaneceu limpo. Ele tinha um talento especial para computadores e trabalhava como programador. Era um homem pequeno, de aparência raquítica, e ainda tinha os tiques nervosos que desenvolvera como viciado. Ele passava as noites no McFeely's, um bar em Hollow. O McFeely's, comumente conhecido nas ruas como “McFeelme's”, era um lugar difícil que servia bebidas fortes para clientes mais exigentes e tinha a reputação de ser capaz de fornecer quase tudo o que uma pessoa pudesse estar procurando.

      Madeline havia dito a ele que Snickers o adorava e o via como um irmão mais velho. E ela queria conhecer Snickers. Já que Madeline era o que ela era, isso dizia muito sobre Snickers.

      “Bem, sempre aprecio mais negócios”, respondeu Nicholas. "Suponho que você ainda não possa me dar uma ideia?"

      "Nah... você sabe, eu tenho que convencer, tipo, esse cara que você é, tipo, de boa."

      "De boa?"

      Snickers riu. “Nicky, você sabe o que quero dizer! Eu tenho que ter certeza de que ele acredita que você não vai, você sabe, denunciá-lo... ou tratá-lo como, você sabe, um merda

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