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de...”

      Riley fez uma pausa, tentando pensar na palavra certa.

      Então Jenn sugeriu, "Dever?"

      Riley olhou para sua colega mais nova e assentiu.

      “Sim, é exatamente essa sensação que eu tenho. Um sentido de obrigação, quase.”

      Riley percebeu agora que o chefe Brennan estava olhando para ela com a boca aberta. Ela há muito se acostumara com a surpresa das pessoas quando a observavam passando por esse estranho processo. E ela sabia que tinha acabado de parecer muito estranha, andando pela casa de meias, fingindo os movimentos do assassino.

      O agente Sturman, ao contrário, não pareceu surpreso. É claro que, como um experiente agente do FBI, Sturman certamente ouvira falar das propensões singulares de Riley, bem conhecidas em todo o FBI.

      E de fato, Sturman cutucou Brennan com o cotovelo e disse, “Eu explicarei depois”.

      Bill tinha ido para o patamar nos fundos da casa. Agora voltava com os sapatos de Riley e os entregou. Quando Riley se sentou em um banquinho e os calçou, dúvidas começaram a surgir em sua mente.

      Eu entendi tudo errado?

      Ela muitas vezes se sentia varrida por tais incertezas após esses exercícios.

      Afinal, não era uma leitora da mente, e não havia nada mágico ou paranormal no processo que ela usava. Era pura intuição, nada mais. Ela errara algumas vezes no passado e podia estar errada naquele momento.

      Riley se levantou do banquinho e se perguntou...

      Escapou-me alguma coisa?

      Olhou para a janela e imaginou a jovem de pé olhando para o exterior, alheia ao perigo que se insinuava atrás dela.

      Para onde estava olhando?

      Riley não tinha ideia.

      Mas sabia que tinha que descobrir.

      CAPÍTULO CINCO

      Riley estava olhando pela janela, tentando imaginar como era a rua nas primeiras horas da manhã, no exato momento em que alguém havia colocado picador de gelo no crânio de Robin Scoville.

      O que estava lá fora? Perguntou-se.

      O que Robin viu naquele momento?

      A questão incomodava Riley cada vez mais.

      Ela disse ao chefe Brennan, “Não me apercebi se esta casa tem câmeras de segurança. Tem?”

      "Não" Disse Brennan. “O proprietário não se incomodou em instalá-las em um pequeno apartamento como este. Que pena, porque talvez tivéssemos uma gravação de vídeo do que aconteceu. Ou melhor ainda, as câmeras poderiam ter impedido o assassino de fazer o que fez”.

      Seguida por seus colegas, Riley saiu pela porta da frente. Ela estava na calçada olhando para cima e para baixo na rua. Mais uma vez percebeu que a casa de Robin era a mais pequena em um bairro de luxo.

      Riley disse a Brennan, "Eu suponho que você tenha entrevistado todos os vizinhos".

      "O máximo que pudemos" Disse Brennan. “Ninguém estava acordado quando aconteceu, então ninguém notou nada incomum.”

      Ela podia ver câmeras em algumas das varandas da frente. Em vários pátios, placas avisavam que essas casas estavam protegidas por uma ou outra empresa de segurança.

      "Dá para ver que alguns vizinhos têm câmeras de segurança em suas casas" Comentou Riley.

      "A maioria deles, tenho certeza" Disse Brennan com um encolher de ombros. "Mas não me parece que nos vão ajudar."

      Riley percebia o que Brennan queria dizer. Nenhuma das câmeras parecia estar voltada para a casa de Robin, então não poderiam ter pegado nada relacionado com o arrombamento ou o assassinato. Ainda assim, uma câmera Nest fixada em um poste de varanda da casa mais próxima atraiu seu interesse.

      Riley apontou para a casa e disse, "Você falou com as pessoas que moram ali?"

      Brennan sacudiu a cabeça. “Não, vive ali um casal de aposentados chamados Copeland, mas não estão em casa há uma semana. Os vizinhos dizem que estão de férias na Europa. Devem voltar daqui a algumas semanas. Então definitivamente não poderiam ter visto o que aconteceu. E a câmera deles também não está voltada para a casa de Robin.”

      Não para a casa, Pensou Riley. Mas para a rua em frente da casa.

      E o que tinha acontecido na rua era exatamente o que intrigava Riley agora. Como o casal tinha ido embora por um longo período, talvez tivessem deixado o sistema de vigilância programado para manter um registro contínuo de tudo o que acontecia na ausência deles.

      Riley disse, "Eu quero ver o que essa câmera pegou".

      O agente Sturman respondeu, "Vamos ter que localizar os Copeland e obter sua permissão. Para ver a gravação, precisaremos da senha. Ou teremos que obter um mandado e obtê-la através da empresa.”

      "Faça isso" Disse Riley. “O que for necessário. O mais rápido possível.”

      Sturman assentiu e deu um passo para o lado, pegando o celular para fazer uma ligação.

      Enquanto isso, antes que Riley pudesse decidir o que ela e seus colegas deveriam fazer, Jenn falou com o chefe Brennan.

      “Você disse que Robin era divorciada. O que pode nos dizer sobre o ex dela?”

      Brennan disse, “O nome dele é Duane Scoville e toca em uma banda de rock local chamada Epithets.” O chefe riu um pouco e acrescentou, “Eu os ouvi tocar. Não são ruins, mas parece que é melhor manterem seus empregos.”

      Jenn perguntou, "Onde vive Duane?"

      Brennan apontou. "No lado leste da cidade."

      Jenn disse, "Presumo que o tenha entrevistado."

      "Sim, não achamos que ele seja um suspeito viável" Disse Brennan.

      "Por que não?" Jenn perguntou.

      Duane disse que ele e os Epithets estavam tocando em Crestone, Rhode Island, na noite do assassinato de Robin. Ele diz que ele e a banda passaram lá a noite, e nos mostrou um recibo do motel. Não temos nenhum motivo para não acreditar nele.”

      Riley viu que Jenn parecia em dúvida.

      E com razão, Pensou Riley.

      Não parecia que a polícia local tivesse feito um trabalho muito completo ao entrevistar Duane Scoville, muito menos ao eliminá-lo como suspeito. E mesmo que Duane não fosse o assassino, ainda poderia ter informações importantes para oferecer.

      Jenn disse, "Eu gostaria de falar com ele um pouco mais."

      "OK, eu vou ligar para ele" Disse Brennan, pegando seu celular.

      "Não, eu prefiro não o avisar" Disse Jenn.

      Riley sabia que Jenn estava certa. Se houvesse a menor chance de que Duane fosse o assassino, era melhor tentar pegá-lo desprevenido.

      Riley disse a Brennan, "Você poderia nos levar até onde ele mora, ver se podemos encontrá-lo em casa?"

      "Certamente" Disse Brennan.

      O agente Sturman terminou seu telefonema e se juntou a eles. "Eu tenho um agente localizando os Copeland" Disse ele. "Mas tenho outro caso em andamento e preciso voltar para a sede."

      "Você nos avisará assim que souber alguma coisa?" Perguntou Bill.

      "Absolutamente" Sturman prometeu e caminhou em direção a sua van.

      O chefe Brennan disse, “Meu veículo está aqui. Eu posso levar vocês a casa de Duane Scoville.”

      Quando Riley e seus colegas entraram no carro da polícia de Brennan, Riley notou a expressão determinada no rosto de Jenn Roston.

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