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vou amar.”

      “Eu amo você do fundo do meu coração,” Thor responde.

      Krohn geme aos pés de Thor, mancando e lambendo a mão dele; Thor se abaixa e beija o rosto dele.

      “Me desculpe,” Thor diz, lembrando de ter batido bela quando Krohn havia defendido Gwendolyn. “Por favor, me perdoe.”

      A terra, tremendo violentamente apenas momentos antes, se acalma mais uma vez.

      “THORGRIN!” um grito atravessa o ar.

      Thor se vira e se depara com Andronicus. Ele dá um passo à frente, até o meio da clareira, fazendo uma careta e com o rosto vermelho de raiva. Os dois exércitos observam tudo em silêncio, atordoados, enquanto pai e filho se encaram.

      “Eu lhe ordeno!” Andronicus diz. “Mate-os! Mate todos eles! Eu sou seu pai. Você deve ouvir a mim, e somente a mim!”

      Mas desta vez, ao olhar para Andronicus, ele sente algo diferente. Alguma coisa muda dentro dele. Thor não consegue ver Andronicus como seu pai, como um membro de sua família, alguém em quem devia confiar e defender com sua própria vida; em vez disso, ele o encara como um inimigo. Um monstro. Thor não sente mais a obrigação de dar sua vida pela daquele homem. Pelo contrário: ele sente uma raiva pulsante em relação a ele. Ali estava o homem que havia dado a ordem para atacarem Gwendolyn; o homem que havia matado seus compatriotas, que havia invadido e saqueado sua terra natal; o homem que havia controlado sua mente, e feito dele refém com sua magia negra.

      Não se trata de um homem que ele ama, e sim o homem que ele mais gostaria de matar naquele momento. Não importa que seja seu próprio pai.

      Thor de repente sente seu corpo sendo tomado pelo ódio. Ele estica o braço, empunhando sua espada, e sai em disparada – atravessando a clareira, pronto para matá-lo.

      Andronicus parece chocado quando Thor ataca, levantando a espada com as duas mãos e abaixando os braços violentamente na direção da cabeça dele.

      Andronicus ergue o enorme machado de batalha no último segundo, virando-o de lado para bloquear o golpe com o seu cabo de metal.

      Thor não desiste: ele golpeia com sua espada de diversas vezes, procurando acertar o golpe mortal, e todas as vezes Andronicus ergue o machado, bloqueando os golpes dele. O clangor do encontro das duas ressoa pelo ar enquanto ambos os exércitos observam em silêncio. Faíscas surgem a cada golpe.

      Thor grita e geme usando toda a habilidade que possui, na esperança de matar o pai ali mesmo. Ele precisa fazer isso, por si mesmo, por Gwendolyn, e por todos aqueles que tinham sofrido na mão deste monstro. A cada golpe, Thor deseja, mais do que tudo, acabar com a sua linhagem, com seu histórico familiar, e começar tudo outra vez. Ele gostaria de poder escolher um pai diferente.

      Andronicus, na defensiva, só bloqueia os golpes de Thor, sem lutar para se defender. Claramente, ele está evitando atacar seu filho.

      "Thorgrin!"  Andronicus diz, entre golpes. "Você é meu filho. Eu não quero machucá-lo. Eu sou o seu pai. Você salvou a minha vida. Eu quero que você viva."

      "E eu quero que você morra!" Thor grita de volta.

      Thor volta a atacar, empurrando-o para trás pela clareira, apesar do tamanho e força superiores de Andronicus. Ainda assim, Andronicus não ataca Thor. É como se ele ainda tenha esperanças de que Thor  voltaria para o seu lado novamente.

      Mas desta vez, Thor pretende fazer isso. Agora, finalmente, Thor sabe quem ele é. Finalmente, ele havia conseguido se livrar das palavras de Andronicus de sua mente. Thor preferiria morrer a ficar à mercê de Andronicus mais uma vez.

      "Thorgrin, você precisa parar com isso!" Andronicus grita. Faíscas passam ao lado de seu rosto enquanto ele bloqueia um golpe particularmente cruel com seu machado. "Você vai me forçar a matá-lo, e eu não quero fazer isso. Você é meu filho. Matá-lo seria como matar a mim mesmo."

      "Então se mate!" responde Thor. "Ou se você não quiser, deixe que eu faça isso por você!"

      Com um grande grito Thor salta e chuta Andronicus no peito com os dois pés, fazendo com que ele recue e caia de costas.

      Andronicus olha para cima, surpreso pelo que acabava de acontecer.

      Thor fica em cima de seu pai e levanta a espada para acabar com ele.

      "NÃO!" Grita uma voz. É uma voz horrível, parecendo surgir das profundezas do inferno, e Thor olha para ver um único homem entrando na clareira. Ele usa um manto escarlate comprido, com o rosto escondido por trás de uma capa, e um rugido sobrenatural irrompe de sua garganta.

      Rafi.

      De alguma forma, Rafi havia sobrevivido a sua batalha com Argon. Ele fica parado, segurando os dois braços bem abertos ao lado de seu corpo. Suas mangas caem quando ele levanta os braços, revelando a pele pálida e machucada, que parece nunca ter visto o sol. Ele emite um som terrível da parte de trás de sua garganta, como um rosnado, e quando ele abre a boca, o som fica cada vez mais alto até preencher o ar, e o tom baixo vibrante faz os ouvidos de Thor doerem.

      A terra começa a tremer. Thor perde o equilíbrio à medida que toda a terra começa a se mexer. Ele acompanha a direção das mãos de Rafi e vê diante de si uma visão que ele nunca conseguiria esquecer.

      A terra começa a se dividir em duas, com a abertura de um grande abismo, que se torna cada vez mais largo. Assim que isso acontece, os soldados de ambos os lados caem, deslizando para baixo, gritando ao escorregarem pela fenda que se amplia a cada segundo.

      Um brilho laranja emana das profundezas da terra, e um chiado horrível é ouvido quando vapor e névoa são liberados da fenda.

      Uma única mão, surge pela fenda, agarrando-se a terra. A mão é preta, desfigurada, e começar a se arrastar para fora do buraco, Thor, para seu horror, vê emergir da terra uma criatura horrível. Ela tem a forma de um ser humano, mas é totalmente preta, com grandes olhos vermelhos brilhantes e longas presas vermelhas e uma cauda preta longa que se arrasta atrás dele. Seu corpo é desfigurado, e parece um cadáver.

      Ele joga a cabeça para trás e emana um rugido horrível, como o de Rafi. Parece ser algum tipo de criatura morta-viva, invocada a partir das profundezas do inferno.

      Por trás dessa criatura de repente surge outra. Em seguida, mais outra.

      Milhares dessas criaturas vêm à tona, erguendo-se acima das entranhas do inferno, um exército de mortos-vivos. O exército de Rafi.

      Lentamente, eles se dirigem para o lado de Rafi, de frente para Thorgrin e os outros.

      Thor observa em choque o exército que o encara; enquanto ele fica ali, com sua espada ainda erguida, Andronicus de repente rola para longe dele e recua para perto de seu exército, claramente evitando ter que enfrentar Thorgrin.

      De repente, milhares de criaturas correm para Thor, invadindo a clareira, aproximando-se para matar Thor e todo o seu povo.

      Thor volta a se concentrar à sua volta e levanta sua espada quando a primeira criatura salta para cima ele, rosnando com as garras estendidas. Thor desvia e, com um golpe de sua espada, corta a cabeça da criatura. Ela cai no chão, imóvel, e Thor se prepara para enfrentar a próxima.

      Estas criaturas são fortes e rápidas, mas individualmente, elas não são páreo para Thor e os fortes guerreiros do Anel. Thor luta contra elas habilmente, matando várias delas. No entanto, a questão era, quantas delas ele poderia enfrentar de uma só vez? Ele foi cercado por milhares delas, em todas as direções, assim como todos ao seu redor.

      Thor vai para o lado de Erec, Kendrick, Srog e dos outros, que lutam lado a lado, observando as costas uns dos outros ao se moverem para a esquerda e para a direita, matando duas ou três criaturas de cada vez. Uma deles escorrega, e ao se agarrar ao braço de Thor o arranha, arrancando sangue, e Thor grita de dor. Em seguida, ele se vira e perfura o coração da criatura com sua espada, matando-a imediatamente. Thor é um lutador experiente, mas seu braço começa e latejar, e ele não sabe quanto tempo tem até que aquelas criaturas comecem a virar o jogo.

      Em

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