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como o responsável pelo caso. Por que ele deixaria o Ellington encarregado de saber onde encontraríamos os agentes de campo? Por qual outro motivo Ellington teria a devida atenção a ponto de ter tempo de sobra para fazer confortavelmente o seu voo a tempo?

      Os dois agentes foram de fácil identificação. Mackenzie suspirou internamente quando viu que eram dois homens. Um deles, porém, parecia que era novo. Sem chances de ter mais de vinte e quatro anos. Seu parceiro parecia bastante durão e mais velho, provavelmente chegando nos cinquenta.

      Ellington foi direto para eles e Mackenzie o seguiu. Nenhum dos agentes ficou de pé mas o mais velho estendeu sua mão para Ellington enquanto se aproximavam da mesa.

      “Agentes Heideman e Thorsson, estou certo?” Perguntou Ellington.

      “Quase,” o homem mais velho disse. “Sou Thorsson, e meu parceiro aqui é Heideman.”

      “Prazer em conhecê-lo,” disse Ellington. “Eu sou o Agente Especial Ellington e esta é minha parceira, a Agente White.”

      Todos eles apertaram as mãos de uma forma que havia se tornado quase entediante para Mackenzie, desde que ela se juntou à agência. Foi quase como uma formalidade, uma coisa estranha que precisava ser feita, para se ter acesso à tarefa. Ela reparou que quando Heideman apertou a mão dela, seu aperto foi fraco e suado. Ele não parecia nervoso, mas talvez um pouco tímido ou introvertido.

      “Então, o quão longe estão as cenas do crime?” Perguntou Ellington.

      “A mais próxima está a cerca de uma hora de distância,” disse Thorsson. “As outras estão todas dentro de dez ou quinze minutos uma da outra.”

      “Houve quaisquer atualizações desde cedo?” Perguntou Mackenzie.

      “Zero,” disse Thorsson. “Essa é uma das razões pelas quais nós chamamos vocês. Esse cara levou três mulheres até agora e não temos uma única pista. A situação é tão ruim que o estado está considerando o uso de câmeras ao longo da rodovia. O obstáculo, porém, é que você não pode realmente manter mais de 120 km de estrada secundárias sob a vigilância de câmeras.”

      “Bem, você tecnicamente poderia,” disse Heideman. “Mas isso se resume à uma tonelada de câmeras e muita grana envolvida. Então, algumas pessoas da categoria estadual verão isso apenas como um último esforço.”

      “Podemos ir em frente e ver a primeira cena, então?” Perguntou Ellington.

      “Claro,” Disse Thorsson. “Vocês precisam de Hotéis e coisas assim, em primeiro lugar?”

      “Não,” disse Mackenzie. “Vamos começar a trabalhar agora. Se vocês estão dizendo que há uma parte grande da estrada que precisa de cobertura, não podemos perder tempo.”

      Enquanto Thorsson e Heideman ficaram de pé, Ellington olhou para ela de um jeito peculiar. Ela não podia dizer se ele estava impressionado com a sua dedicação para irem até a primeira cena o mais rápido possível ou se ele achou divertido ela não deixar ele tomar toda liderança neste caso. O que ela esperava que ele não suspeitasse era que a ideia de ir para algum lugar como um hotel com Ellington a fazia sentir muitas emoções ao mesmo tempo.

      Eles deixaram a Starbucks em uma espécie de fila única. Mackenzie ficou ligeiramente tocada quando Ellington esperou por ela, certificando-se de que ela não fosse a última da fila.

      “Você sabe,” Thorsson disse, olhando por cima do ombro, “Estou contente por vocês quererem chegar lá imediatamente. Há uma energia ruim por aí sobre essa coisa toda. Você pode sentir isso quando conversa com a polícia local, e  está começando a passar para nós, também.”

      “Que tipo de vibração?” Perguntou Mackenzie.

      Thorsson e Heideman trocaram um olhar de mau agouro entre eles antes que os ombros de Thorsson caíssem um pouco, e ele respondeu: “Como se simplesmente nada poderá ser feito. Eu nunca vi nada parecido. Não há uma única pista. O cara é como um fantasma.”

      “Bem, espero que possamos ajudar com isso,” disse Ellington.

      “Espero que sim,” disse Thorsson. “Porque a partir de agora, o sentimento geral entre todos os que trabalham neste caso é que nós nunca conseguiremos encontrar esse cara.”

      CAPÍTULO TRÊS

      Mackenzie ficou bastante surpresa ao ver  que o escritório local tinha oferecido para Thorsson e Heideman um carro Suburban. Após o seu calhambeque e os veículos modelo aluguel que com os quais ela ficou ao longo dos últimos meses, ela sentiu como se estivesse viajando em grande estilo enquanto estava sentada atrás com Ellington. Quando eles chegaram na primeira cena uma hora e dez minutos mais tarde, ela estava quase contente por estar fora dele, no entanto. Ela não estava acostumada a essas comodidades agradáveis no seu cargo e isso a fez se sentir um pouco desconfortável.

      Thorsson estacionou ao longo da State Route 14, uma estrada de duas pistas que serpenteava através das florestas da área rural de Iowa. A estrada era cercada por árvores de ambos os lados. Durante as poucas milhas por onde passaram na estrada, Mackenzie viu algumas pequenas estradas de terra que pareciam ter sido esquecidas, costuradas por um cabo fino e postes de cada lado do caminho. Com exceção dos pequenos intervalos, não havia nada mais do que árvores.

      Thorsson e Heideman os levaram a alguns policiais locais que acenaram por mera formalidade quando eles passaram. Mais à frente, na frente de dois carros da polícia que estavam estacionados, estava um pequeno carro Subaru vermelho. Os dois pneus laterais dianteiros estavam completamente murchos.

      “Como é a força policial por aqui?” Perguntou Mackenzie.

      “Pequena,” disse Thorsson. “A cidade mais próxima daqui é um pequeno lugar chamado Bent Creek. População de cerca de novecentos habitantes. A força policial é composta por um xerife—que está lá com outros caras—dois deputados e sete oficiais. Eles tiveram alguns problemas com o pessoal de Des Moines, mas quando aparecemos, eles recuaram. É um problema do FBI agora. Esse tipo de coisa.”

      Então, eles estão contentes de estarmos aqui, em outras palavras?’ Perguntou Ellington.

      “Oh, absolutamente,” disse Thorsson.

      Eles se aproximaram do carro e o cercaram por um momento. Mackenzie deu uma olhada para trás, para ver os oficiais. Apenas um deles parecia legitimamente interessado no que os agentes do FBI estavam fazendo. Para ela, tudo bem. Ela já teve intromissão suficiente de policiais de cidades pequenas que fazem as coisas se tornarem mais difíceis do que são. Seria bom trabalhar sem ter que ficar cheia de cuidados em torno das sensibilidades e egos do DP local.

      “O carro já foi inspecionada à procura de impressões?” Perguntou Mackenzie.

      “Sim, hoje mais cedo,” disse Heideman. “Fique à vontade”.

      Mackenzie abriu a porta do lado do passageiro. Uma breve olhada ao redor lhe disse que enquanto o veículo poderia ter sido inspecionado à procura de impressões, nada tinha sido ainda removido e marcado como prova. Um telefone celular ainda estava no banco do passageiro. Uma caixa de chicletes estava no topo de algumas peças dispersas de papel dobradas na parte central do carro.

      “Este é o carro da escritora, correto?” Perguntou Mackenzie.

      “É,” disse Thorsson. “Delores Manning.”

      Mackenzie continuou verificando o carro. Ela encontrou os óculos de sol de Manning, um caderno de endereços quase vazio, algumas cópias de The Tin House espalhadas no banco de trás e mudas de roupa aqui e ali. No porta-malas havia apenas uma caixa de livros. Havia dezoito cópias de um livro chamado Love Blocked, escrito por Delores Manning.

      “Tudo aqui foi inspecionado?” Perguntou Mackenzie.

      “Não, acho que não,”

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