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sou um jovem absolutamente normal que busca o sentido da vida. Quero com a literatura propagar uma mensagem de esperança para que muitos assim como eu sintam-se transformados pela ação do espírito. É isso. (O filho de Deus)

      —Muito bom. Desejo sorte em seu caminho. (Geórgia)

      —Quero muito ler seus livros pois ainda me sinto perdida. (Karla)

      —Obrigada as duas. Isto me dá um combustível a mais para eu prosseguir com meus sonhos. (O filho de Deus)

      O destino se aproxima, o carro dobra a direita e entra numa via estreita. Com alguns poucos metros, o vidente despede-se, paga a passagem e finalmente desce. Caminha mais alguns metros e chega a casa.

      Adentra na sua residência, na sala é recebido com carinho pelos familiares e então se dirige ao seu quarto onde troca de roupa rapidamente e guarda a mochila. Após, sai do quarto, passa pela sala e corredor e finalmente chega à cozinha. Neste respectivo ambiente, lava as mãos na pia, as enxuga no pano, prepara seu prato com o que tinha disponível (massas, arroz, feijão, farinha, carne, salada, verdura e suco) e finalmente senta numa cadeira ao redor da mesa principal. Teria agora quinze minutos de respiro para se alimentar e descansar um pouco.

      Após o almoço, vai novamente ao quarto onde tira a roupa, veste uma toalha e pega xampu, sabonete e hidratante. Daí dirige-se ao banheiro da casa onde tomaria um banho bem rápido. E assim se faz. Quinze minutos depois, já está de volta ao quarto de banho tomado e roupa trocada.

      Agora era o vidente e o computador no seu mister de escritor. Trabalharia o restante da tarde, jantaria e continuaria com os trabalhos á noite. Tudo em prol dum grande sonho: “Conquistar o mundo com suas palavras”.

      Ao final do dia, dormiria e isto geralmente era cedo. Esta é a rotina diária do sonhador, o vidente da gruta e neste dia especial (trinta de outubro) estava especialmente tocado com a experiência junto à Emanuel, o jovem que lhe fizera uma proposta importante que poderia mudar sua carreira.

      Passam-se mais dois dias chegando o sábado. Bem cedinho, o filho de Deus levanta-se, espreguiça-se, tira a roupa, veste uma toalha, pega xampu, sabonete, barbeador, creme de barbear e hidratante e dirige-se ao banheiro passando pelas duas salas e corredor da sua residência. Chegando ao respectivo compartimento, coloca os apetrechos necessários na pia, tira a toalha, abre o chuveiro e começa a inundar seu corpo com a água fria da cisterna o que é muito refrigerador.

      Um instante depois, fecha a torneira, ensaboa-se e durante o exercício aproveita para pensar mais um pouco sobre o ocorrido há dois dias. Após uma análise breve conclui que era realmente interessante uma viagem a Jeritacó, um povoado esquecido no sertão do Nordeste e que abrigava uma criatura singular como Emanuel que o salvara da morte. Mesmo que fosse por gratidão, o visitaria e descobriria um pouco mais sobre ele e sua proposta. Estava decidido! Iria a Jeritacó.

      Com esta decisão em mente, termina de se esfregar, passa mais sabonete e então abre o chuveiro novamente. O jato d’água lava suas impurezas, mas não retira de si suas dúvidas e inquietações frente ao novo desafio. Uma nova aventura se avizinhava.

      Sentindo-se limpo, o filho de Deus dá por encerrado o banho. Então veste novamente a toalha, dá quatro passos que o colocam à beira da pia e inicia a segunda parte do serviço no banho: A sua barba por fazer. Coloca creme em todo o rosto e auxiliado pelo barbeador retira cuidadosamente seus pelos do rosto e do pescoço. Precisava ficar bonito para causar uma boa impressão por onde passasse. Em sete minutos conclui este trabalho, lava o rosto, limpa o barbeador e então sai do banheiro.

      Agora o próximo passo é fazer as malas em seu quarto e rapidamente o mesmo chega a este ambiente depois de ultrapassar os mesmos obstáculos anteriores. Imediatamente pega a sua novíssima mala com rodas e começa a colocar na mesma seus objetos pessoais. Entre os objetos, estão roupas que variam de calças, calções, cuecas, pijamas, vestes de frio, Chapéus, bonés, sapato social e tênis, produtos de higiene pessoal como sabão, sabonete, xampu, creme dental, toalha de banho e de rosto; Rádio de pilha e seus inseparáveis crucifixo e bíblia. Leva também um pouco de dinheiro, três exemplares do seu livro publicado e o celular para o caso de alguma eventualidade.

      Com tudo pronto, agarra sua mala, passa pelas duas salas e corredor e ao final chega à cozinha onde já se encontravam seus familiares. Indagado pela questão da mala, anuncia sua viagem a Jeritacó a qual é recebida sem surpresas pelo fato dele ser escritor apesar de não aceitarem nem acreditarem em seus dotes como profissional.

      Após desejar bom dia a todos, senta e toma o seu matinal café com pão, requeijão e queijo. Como estava apressado, não demora mais que cinco minutos para terminar o desjejum e ao final despede-se de todos com lágrimas. Era mais uma separação momentânea e esperava que desta feita fosse mais breve do que as últimas sagas.

      Após a despedida, atravessa os mesmos ambientes em sentido contrário, chega a porta de saída, respira e sai. Iniciava-se assim um novo desafio em plena manhã de sábado.

      A passos regulares o filho de Deus atravessa a estradinha do sítio e em instantes chega até o perímetro urbano de sua cidade dirigindo-se em sentido Via BR 232.No momento, em seu coração predominavam um misto de expectativa, ansiedade e nervosismo o que era natural porque estava a empreender uma nova aventura e sozinho.

      Dentro da cidade, caminha pelo centro cumprimentando os conhecidos em seu caminho, dobra à esquerda caminhando mais duzentos metros e então já está na pista. Agora faltava pouco para chegar ao ponto de lotação com primeiro destino à Arcoverde.

      Nesta última parte do trajeto o filho de Deus aproveita para planejar mentalmente os próximos passos que eram deveras importantes. Haviam apenas duas possibilidades no momento: A ida a Jeritacó seria um furo de reportagem que o elevaria aos mais altos patamares ou então seria apenas um momento de distração ao lado do seu novo amigo. Ambas o agradavam e certamente o tirariam da monotonia recente após ter completado a quarta saga da série “O vidente” denominada “O testamento- O Código de Deus” que revelara um Javé diferente da maioria.

      Com tudo planejado e nos eixos, Aldivan chega à beira da pista aproximadamente ás 07:00 Hs da manhã. Restava agora orar para que o transporte não demorasse muito pois o tempo urgia.

      Quinze minutos depois, com sorte, passa uma besta cor cinza, quatro linhas de poltronas e apesar de vir quase cheia para em meio o aceno do nosso querido personagem. Delicadamente, o motorista chamado Evandro desce, abre a porta da besta e acomoda Aldivan num cantinho. Após, fecha a porta, vai para o seu lugar e retoma a viagem. O destino começava aí a se traçar e com seus complexos meandros poderia mostrar ao vidente novos horizontes. Era pelo menos o que se esperava diante dos esforços do mesmo.

      O início de viagem apresenta-se normal, um movimento intenso na Rodovia BR sentido Recife-Sertão pela grande quantidade de pessoas que voltavam aos seus lares, de parentes, amigos ou conhecidos ou até a passeio. Dentro deste tráfego contínuo, Aldivan tenta distrair-se da melhor forma possível: Medita um pouco, observa seus companheiros de viagem e a vegetação exuberante e linda da região que incluía a caatinga, as montanhas, os vales, as fazendas imponentes com seus bois pastando e suas casas coloniais, os sítios, povoados e vilas à beira da Rodovia e não cansa de se encantar. Sem sombra de dúvida aquela era uma região belíssima digna de seu criador Javé, o seu pai por direito.

      Quando se cansa deste exercício, puxa conversa com os vizinhos de lugares sobre notícias, futebol, mulheres, política, religião, sexo e relacionamento. Tudo é muito agradável naquele pleno sábado,01 de novembro de 2014.

      O tempo passa rápido. Passam pelo povoado riacho do meio, o sítio quinze metros e logo à frente surge a metrópole do sertão, a querida Arcoverde de tantas histórias e tradição no interior de Pernambuco.

      Neste momento, a velocidade do carro aumenta e alguns minutos depois já tem acesso à pista que os levaria ao perímetro urbano da cidade. Passando por boa vista, centro, especificamente no ponto de lotação é onde o vidente desce. Paga

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