ТОП просматриваемых книг сайта:
Atropos. Federico Betti
Читать онлайн.Название Atropos
Год выпуска 0
isbn 9788885356603
Автор произведения Federico Betti
Издательство Tektime S.r.l.s.
Começaram de manhã cedo, telefonando a cada uma das pessoas para programar os encontros: isto teria servido, além de obter informações úteis, também para conhecê-las e ter uma primeira ideia sobre tudo.
Stefano Zamagni conseguiu encontrar, no mesmo dia, Dario Bagnara e Luna Paltrinieri.
Ambos, lhe disseram, eram amigos de antiga data da garota morta e ambos ficaram sem palavras depois que receberam a notícia.
O senhor Bagnara era um agente imobiliário que trabalhava em uma filial na Rua Della Barca.
Ele o inspetor marcaram se encontrar no escritório do primeiro, onde Zamagni chegou pontual apesar do tráfego.
“Olá, o senhor é Dario Bagnara?”, perguntou Zamagni.
“Sim, sou eu.”
“Prazer em conhecê-lo. Sou Stefano... Zamagni.”
“Bom dia. Em que posso ajudá-lo?”, perguntou o agente imobiliário. “Para mim foi um grande golpe. Ainda estou abalado. Gostaria de ajudá-lo na medida que me seja possível.”
“Obrigado”, disse Zamagni, “Poderia me dizer de onde conhecia Lucia Mistroni e há quanto tempo se conheciam.”
“Há muito tempo”, respondeu Bagnara, “Éramos colegas no ensino médio.”
“Entendo. Assim, posso imaginar que se conheciam bem.”
“Sim, com certeza.”
“E depois que terminaram a escola? Continuaram a se ver habitualmente?”
“Sim, mesmo se não com uma frequência constante. Organizávamos algumas noitadas juntos, entre amigos. Eu, ela e Luna, uma outra nossa colega de escola. Isso quer dizer que a frequência com a qual nos víamos não era constante porque, pelo menos desde que começou a namorar com Paolo, acontecia frequentemente que saíam eles dois sozinhos.”
“Quando se viram pela última vez?”
“A semana passada. Éramos nós três. Geralmente, quando nos encontrávamos, Paolo não estava.”
“Por que não?”, perguntou o inspetor.
“Por escolha compartilhada. Queria que fosse uma saída entre amigos, sem namorados ou namoradas.”
“Paolo também... Carnevali, quer dizer?.. Ele também concorda com esta ideia?”
“Sim, acho eu. No início, ele não estava muito de acordo com o fato que nos víssemos nós três sozinhos, talvez por ciúme... não sei dizer. Depois, porém, ultimamente, parece que aceitava sem problemas.”
“Entendo. Antes falou de... Luna?”
“Sim, Luna Paltrinieri. Falou com ela também?”
“Não ainda, mas tenho um encontro com ela daqui a uma hora no bar onde trabalha.”
Dario Bagnara acenou, concordando.
“Ela também é uma boa garota.”
Naquele momento, entrou uma potencial cliente, que perguntou se poderia falar com alguém da agência imobiliária. Estava procurando um apartamento à venda.
“Só um minuto e falarei com a senhora”, respondeu Bagnara e, voltando-se para Zamagni: “Se desejar, posso pedir à senhora que volte mais tarde.”
“Não se preocupe, fique à vontade. Nos veremos logo.”
O agente imobiliário agradeceu Zamagni e, enquanto o inspetor saía, pediu para a cliente se acomodar.
Na hora marcada, Stefano Zamagni chegou no bar de Luna Patrinieri, na rua Andrea Costa, relativamente próxima à agência imobiliária onde trabalhava o senhor Bagnara.
“Olá, a senhorita é Luna?”, perguntou Zamagni quando não havia clientes.
“Sim, sou eu.”
“Inspetor Zamagni.”
“Prazer em conhecê-lo. Gostaria de um café?”
“Muito, obrigado.”
A garota lhe preparou o café e o serviu com um envelope de açúcar branco de cana-de-açúcar bruta e um de mel.
Bebendo o café amargo, Zamagni disse: “Precisaria falar com a senhorita de Lucia Mistroni.”
“Farei todo o possível para ajudá-lo.”
“Obrigado. Assim, poderia me contar como era o seu relacionamento com a ela? Sei que eram colegas de escola, no ensino médio.”
“É verdade. Quem lhe falou isso, se posso perguntar-lhe?”
“Falei agora a pouco com o senhor Bagnara. Foi ele que me disse que os três estudavam juntos na escola. Espero que não seja um problema.”
“Entendo. Então, não é um problema.”
Zamagni bebeu o último gole de café e a garçonete, depois de ter arrumado a xícara, pratinho e colherzinha no cesto da lavadora de pratos, contou ao inspetor que, efetivamente, eles três eram colegas de escola, tinham se encontrado em sintonia desde início do primeiro ano de escola e tinham mantido a amizade também depois de terem passado no exame de conclusão do ensino médio. Cada um com o próprio trabalho, conseguiam se ver pelo menos uma vez por semana, durante o fim de semana.
“Falando em trabalho, saberia me dizer onde trabalhava a senhorita Mistroni? A sua mãe não conseguiu ser precisa.”
Disse o nome da empresa e que trabalhava como chefe de escritório de marketing exterior, depois acrescentou: “Peço que me desculpe, mas falar dela agora me entristece muitíssimo.”
E começou a chorar.
“Eu a entendo e sinto muito, obviamente, pelo que aconteceu. Nós, infelizmente, temos que continuar a fazer o nosso trabalho e encontrar o culpado.”
“Eu sei”, disse a garota, consentindo. “Espero que o encontrem logo.”
“Espero.”
“Obrigada.”
“De nada”, disse Zamagni. “Podemos contar com a sua ajuda a qualquer momento?”
“Claro.”
“Muito bem”, agradeceu o inspetor. “Por enquanto, diria que pode ser suficiente. Passarei por aqui assim que houver a necessidade novamente de falar com você.”
“Eu vou lhe esperar.”
Zamagni se despediu da garota com um sorriso e saiu do bar ainda com viva esperança de chegar à solução do caso.
Ainda faltavam dois amigos de Lucia Mistroni a serem interrogados, no entanto, tinha recebido uma outra informação nova: logo iriam fazer uma visita também ao seu empregador.
Durante o trajeto de carro para o seu escritório, Stefano Zamagni perguntou-se como estaria indo a busca de informações pelo agente Finocchi.