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para ela por um minuto, em seguida, abriu a porta e afastou-se. "Vai em frente, então. Estou a oferecer-me para salvar o teu coiro e queres ir toda animada? Vai em frente e vamos ver o quão longe chegas contra algo que não fazes a menor ideia de como matar.” Steven sorriu maliciosamente para ela. "Só para que saibas, os filmes não são nada além de um monte de tretas."

      "Presumo que deverias saber!" Jewel gritou de volta e deu alguns passos em frente. Porque ele ainda tentava salvá-la? Não percebeu que ela só iria fazer com fosse morto?

      Steven fechou os olhos e desviou o olhar. "Sim, eu saberia... não saberia?" Ele zombou, depois olhou para trás enquanto Jewel tentava passar por ele. Em pânico, Steven agarrou-a pela cintura e puxou-a para mais perto. "Droga, espera!" Concedeu.

      Jewel começou a contorcer-se contra ele, então ele puxou-a com mais força contra o seu peito. “Se queres tramá-lo, tudo bem, mas não podes fazê-lo sozinha. Deixa-nos ajudar-te."

      Jewel empurrou o seu peito inclinando-se para trás para que pudesse olhar para ele. "Para quê? Para que vocês também possam ser pendurados numa cruz?” Ela queria gritar quando a visão tomou conta da sua mente. "Não quero que isso aconteça."

      Ela não tinha a certeza do que sentia por Steven, mas o pensamento dele a morrer assim fazia-a sentir-se como se tivesse sido apunhalada no peito. "Se me deixares ir agora, ele não terá razão para vir atrás de ti." Ela agarrou a frente da camisa dele com as suas mãos pequenas. "Estarás em segurança... e vivo."

      “Ele virá atrás de mim de qualquer maneira,” Steven informou-a, em seguida, traçou o dedo sobre a marca de acasalamento que deu a ela. Sorriu gentilmente quando a sentiu estremecer ao seu toque. “Como eu disse, esta é a vida real. Se voltares para ele e ele vir a marca de acasalamento, ele virá atrás de mim, independentemente do que tu digas ou faças.”

      Jewel encostou-se ao calor sólido que ele oferecia e fechou os olhos. Sentiu a sua raiva esmorecer na segurança dos seus braços e quis bater o pé em frustração. A tristeza de perder o seu pai começava a instalar-se novamente, mas ela não iria chorar.

      Steven envolveu Jewel num abraço reconfortante. Não podia culpá-la pela maneira como ela agia. Se Anthony tivesse acabado de matar o seu pai, nenhuma força neste mundo ou no próximo seria capaz de detê-lo.

      "Olha, o que me dizes a isto?” Ele perguntou afastando-se um pouco dela e inclinando o seu rosto para si. “Teremos uma reunião pela manhã e todos estarão presentes. Vamos ajudar-te a pensar em algo melhor do que simplesmente entregares-te a ele. De qualquer forma, connosco, terás um exército ao teu lado. Sem nós, enfrentarás um exército de lobisomens e não importa o que faças... serás do Anthony.” Ele acariciou a bochecha dela, enquanto procurava os seus olhos. "E eu não quero que sejas do Anthony."

      Jewel baixou a cabeça de volta para o peito de Steven e respirou fundo, estremecendo. Ele tinha razão. Ela não queria ficar perto daquele monstro depois do que ele fez. Pressionou o ouvido contra o peito de Steven, ouvindo o seu batimento cardíaco forte e constante. Quantas vezes ele a salvou de vampiros, de Anthony, e agora da sua própria estupidez?

      "Vais abraçar-me esta noite?" Jewel sussurrou sabendo que se ele a soltasse, o horror das últimas horas voltaria para assombrá-la. Ela olhou para ele e fixou o seu olhar no dele. Os seus lábios se separaram maravilhados quando uma onda de calor desceu pelo centro do seu corpo.

      Como poderia ele acalmar a sua raiva e fazê-la sentir-se como se estivesse a pegar fogo ao mesmo tempo? Ela rapidamente desviou o olhar, não querendo que ele percebesse a sua confusão.

      Sem responder, Steven ergueu-a nos seus braços, fechou a porta com o pé e passeou pelo quarto, colocando-a na beira da cama. Tirando os sapatos dela, ele rapidamente se livrou dos seus e deitou-se com ela. Ouviu a inspiração rápida de Jewel enquanto a puxava contra si para que pudesse envolver o seu corpo à volta dela. Ainda levaria tempo... mas estaria condenado se deixasse Jewel ir embora tão facilmente.

      Capítulo 3

      Kriss entrou no apartamento que dividia com Tabatha e trancou a porta atrás de si. Procurou por Dean de cima a baixo e não encontrou nenhum vestígio dele ou do demónio que ele perseguia.

      Uma coisa sobre a sua espécie é que se eles se quisessem esconder, sabiam como desaparecer e sem deixar rasto de onde estavam. Conseguiu sentir o demónio em todos os lugares, embora nunca o tivesse visto. Não até que foi libertado e percebeu que sempre foi capaz de sentir a sua presença. Ainda podia sentir a intenção maliciosa daquela personalidade sombria, mesmo dentro da sua casa… aquilo não lhe caiu bem.

      Caminhando pelo apartamento escuro, Kriss voltou para o quarto de Tabatha e sorriu ao ver o seu rosto inocente adormecido na cama. Ela estava enrolada como um gatinho em torno do seu animal de pelúcia favorito... um cão Yorkie com a língua de fora. O bicho de pelúcia era o único resquício da sua infância que ela tinha. Há alguns anos, ela finalmente desistiu e contou-lhe a história de Scrappy e como o cachorro havia desaparecido quando ela foi de férias com os pais pela última vez.

      Kriss suspirou e deitou-se na cama ao lado dela, enrolando-se em torno dela como um cobertor de segurança. Assim que o fez, Tabatha aconchegou-se contra ele.

      "Encontraste o Dean?" Ela perguntou suavemente.

      *****

      Kane conseguiu escapar; feliz por Warren ter chamado a atenção de Michael por tempo suficiente para ele fazer isso. O que quer que Michael e Dean tenham feito para consertar o que Misery fez com ele, havia-lhe dado a maior adrenalina. Agora estava impaciente e não iria trabalhar nisso sentado no escritório de Warren, relembrando o demónio sugador de almas que com certeza lhe daria alguns valentes sustos nos seus pesadelos por um tempo.

      Olhou para a esmagadora escuridão no céu e soube que os primeiros raios do amanhecer não estavam longe. Querendo afastar-se do coração da cidade, ele movia-se pelas ruas tão rápido que se alguém estivesse a olhar, não o teria notado entre eles. O lado negativo disso era que ele agora estava a quilómetros da casa de Michael.

      Queria ver Scrappy e aninhar-se com o cão no sofá com uma boa garrafa de vinho, uma tigela de pipocas absurdamente grande e... um filme de tragédia? Kane abanou a cabeça... em que diabos estava a pensar? Muito provavelmente, Scrappy escolheria o filme, o que poderia ou não ser uma coisa má neste momento. Ambos gostavam de filmes onde os animais podiam falar.

      Kane diminuiu a velocidade e olhou ao seu redor quando percebeu que algo o havia atraído nessa direção. A princípio pensou ter sido Misery quem o havia trazido até aqui. Balançou a cabeça novamente e descartou a ideia quando a imagem de Tabatha na igreja passou pela sua mente. Podia sentir a sua presença e, pela primeira vez em toda a noite, Kane esqueceu-se dos monstros a fornicar debaixo da cama e a ter relações sexuais no armário.

      Tabatha era a sua alma gémea e, agora que ele tomou o seu sangue, isso apenas amplificara a conexão. A única razão pela qual não notara na semana passada foi por causa do caído... Kriss... a levara para tão longe dele, sacana mesquinho. Ele começava a perguntar-se se sofria de ansiedade de separação.

      Movendo-se por esta parte da cidade, viu-se na casa dela em poucos minutos. Aterrando silenciosamente no telhado da casa de um vizinho, acomodou-se para observá-la pela janela do quarto. A sua visão aguçada viu a forma como o cabelo dela caia sobre a almofada e como os seus lábios estavam ligeiramente separados enquanto ela respirava profundamente. Ele nunca conhecera tanta paz como agora… só de a ver dormir.

      Kane perguntou-se como seria através dos olhos dela. Parecer-se-ia com os outros monstros que ela encontrou ou sonhou? Será que ela sequer percebeu o quão profundas foram as emoções dele por ela?

      Quase se ergueu da sua posição agachada no telhado, pronto para ir ter com ela quando a ouviu gritar na sua mente. O som viera dos sonhos dela, mas o som mental fê-lo parar, lembrando-o de como ela gritou enquanto criança há tantos anos. Até agora, tudo o que ele fez foi causar-lhe dor... fazer com que ela sangrasse por ele.

      Kane

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