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pada Roubada

INCA E O MISTÉRIODA ESPADA ROUBADADIÁRIO DE UMA GATA CURIOSACOLEÇÃO INCA, A GATA DETETIVE (Número Sete)R.F. KRISTIEdição: Tim AucoinIlustração: Jorge ValleTradução: Mariana Rodrigues Carril© 2020 – R.F. KRISTI

      Minha árvore genealógica

      Inca & Cia, minha agência de detetives

      Sou uma gata super detetive. Inca & Cia é o nome de minha agência. Nossa equipe já desvendou vários mistérios.

      Nossa fama se espalhou não só por Londres como pelo resto da Inglaterra e até mesmo pela França.

AGORA QUE VOCÊS JÁ CONHECEM MINHA FAMÍLIA* E MINHA EQUIPE DE DETETIVES, VAMOS À PARTE EMPOLGANTE!*Caros amigos, se vocês quiserem me conhecer melhor ou saber mais detalhes sobre minha família, deem uma olhada nas últimas páginas do livro
Assinado: A rainha dos bichanosInca, a gata siberiana detetive

      10 de junho

      Domingo de manhã

      Esticada ao sol, bem quentinha, enterrei minhas patas na areia fofinha dourada.

      Mamãe decidiu passar férias em uma minúscula ilha no oceano Índico, entre a Índia e o Sudeste Asiático. Ronronei de tanta alegria!

      Em casa, o tempo estava frio e nublado, e cá estávamos nós em um chalé na ensolarada ilha do Sri Lanka, conhecida anteriormente como Ceilão, em uma cidadezinha costeira chamada Galle. Apesar da longa viagem desde Londres, estávamos muito contentes por estar nessa bela ilha, longe do tempo chuvoso de nossa cidade.

      Nosso chalé ficava em uma praia privada.

Iupiii!

      Minha família peluda adora o sol, e estávamos nos comportando como botões de flores no calor.

      Comemos um pouco além da conta, brigamos e ronronamos mais do que de costume, e não parávamos de beber água.

      Era a primeira vez que víamos uma praia tão maravilhosa. Ao levantarmos pela manhã, logo vimos a areia fofa dourada e o oceano azul cristalino com ondas brancas espumantes.

      Depois do café da manhã, corremos pelo caminho do jardim que dava na praia de areia macia, nossa praia privada.

      Tínhamos chegado na noite anterior, cansados, com os nervos à flor da pele por causa da longa viagem de avião.

      De um modo geral, nós, os bichanos, detestamos viajar. Mas, como somos aventureiros nos acostumamos a viajar.

      Depois de descansar, a viagem longa e desgastante já tinha ficado para trás e pudemos curtir os encantos do chalé aconchegante e a praia magnífica.

      Mamãe estava tomando sol ao nosso lado. Fromage estava tomando um sorvete de casquinha todo contente e, aconchegada em seu pescoço, um pouco sonolenta estava Charlotte, nossa amiguinha hamster.

      Mamãe é dona de uma renomada loja de queijos franceses em Kensington, Londres. Ela também possui uma loja de queijos em Paris, nossa cidade natal.

      Cara, minha bela irmã siamesa, certinha por natureza, estava sentada sob o guarda-sol observando Fromage com um olhar de reprovação.

      Desastrado como sempre, Fromage tinha deixado cair sua casquinha e estava lambendo o sorvete com areia e tudo.

      Sentindo que uma discussão estava prestes a começar, decidi ignorar Fromage e Cara, e suspirei de contentamento apreciando aquela praia dourada sem fim.

      Mamãe tinha planejado passar os primeiros dias no chalé, depois nos levar para fazer um passeio de trem para conhecer as plantações de chá e, por último, explorar as ruínas antigas.

      Ela disse que o passeio de trem seria divertido, pois o Sri Lanka, essa pequena ilha, pode se vangloriar de possuir mais de dois mil anos de cultura, além de oito sítios tombados como patrimônio da humanidade pela UNESCO.

      Mamãe nos contou que essa minúscula ilha possui lindos templos e cavernas com desenhos centenários que ela estava ansiosa para visitar conosco.

      Eu não via a hora de cumprimentar as manadas de elefantes nativos da ilha.

      Eu nunca tinha visto um elefante. Mas nosso amigo, Terrance, sim. Ele disse que eles são enormes e muito diferentes da gente, mas que são mamíferos muito inteligentes.

      Mamãe disse que uma elefanta e sua filhota vivem na propriedade vizinha ao nosso chalé.

      Desde que vimos uma foto de uma elefanta com dois filhotinhos, fiquei curiosa para conhecer esses grandes animais.

      Domingo à tarde

      Naquela tarde, o cozinheiro do chalé nos preparou um peixe inteiro delicioso.

      Mamãe estava checando seus e-mails.

      Como o sol estava forte, estávamos à sombra, no pátio.

      As flores perfumadas brilhavam ao sol. Inalei aquele aroma com prazer.

      Fromage, deitado de barriga para cima, ajeitou seus óculos de sol sobre o focinho e miou:

      – Isso é que é vida, Inca. Eu poderia ficar aqui para sempre!

      Concordei. Esse era um ótimo lugar para passar férias, principalmente durante o inverno em nossa cidade.

      Mas eu estava com saudades de nossos amigos: Terrance, Monk, Polo e do resto da equipe de detetives da Inca & Cia.

      Fiquei imaginando o que eles estariam fazendo enquanto nós estávamos ali, relaxando na praia.

      Que pena que eles não estavam conosco. Eles teriam adorado as praias douradas de areia fofinha.

      Como estávamos de férias e estava muito calor, Mamãe nos deixou tomar sorvete.

      Hummm!

      11 de junho

      Segunda de manhã

      Mamãe estava lendo o jornal local enquanto tomávamos café da manhã.

      – Que pena – disse ela. – Uma espada antiga e valiosa foi roubada do principal museu de Colombo. Estava nos meus planos ir vê-la nesta viagem.

      Olhei para cima, interessada.

      Desde que fundei minha própria agência de detetives, tenho me interessado por todo tipo de crimes.

      O sumiço misterioso ou roubo de uma espada antiga era minha praia.

      Ela franzia a testa quando seu telefone começou a tocar como um mosquito zangado.

      Ela saiu para atender o telefone, e aproveitei para perguntar para o resto do grupo o que eles queriam fazer naquela manhã.

      A resposta foi unânime.

      Todo mundo queria ir para a praia brincar com as grandes tartarugas marinhas que tínhamos conhecido no dia anterior.

      As tartarugas marinhas apareceram, como no dia anterior, por volta das dez da manhã para comer ervas e algas marinhas na praia onde ficava nosso chalé.

      Elas se locomoviam bem lentamente e eram muito tagarelas.

      Elas gostavam de passar horas e horas flutuando no oceano, cochilando ou tomando sol. É comum ver aves marinhas empoleiradas no casco delas.

      Depois de se alimentarem, elas deitam sobre uma rocha ou um coral para descansar

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