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Conven.

      “E então nós vamos ter uma guerra total em nossas mãos.” Acrescentou Conval.

      Thor sabia que eles estavam certos e que aquele era um risco que eles não podiam correr.

      “O’Connor.” Disse Thor. “… A sua pontaria é a melhor do grupo. Eu vi você acertar um alvo a quase cinquenta metros de distância. Você está vendo aquele homem ali na proa? Nós temos uma chance. Você pode fazer isso?”

      O’Connor assentiu solenemente, seus olhos estavam fixos nos soldados do Império. Ele estendeu a mão calculadamente por cima do ombro, ergueu seu arco, colocou a flecha e apontou.

      Todos eles estavam olhando para Thor e ele se sentiu pronto para liderar.

      “O’Connor, ao meu sinal, dispare. Logo, nós vamos atacar os que estão lá embaixo. Todos os demais usem suas armas de arremesso quando chegarmos mais perto. Mas antes, tentem chegar o mais próximo possível.”

      Thor fez um sinal com a mão e de repente, O’Connor soltou a corda e disparou a flecha.

      A flecha atravessou o ar com um ruído sibilante. Foi um tiro perfeito, sua ponta de metal perfurou o coração do soldado do Império, que estava na proa. Por um momento, o soldado ficou ali, com os olhos arregalados como se ele não entendesse o que estava acontecendo, então de repente ele esticou bem os braços e caiu para a frente, de cara, em um mergulho. Seu corpo produziu o ruído de uma onda ao aterrissar na praia, aos pés de seus companheiros, manchando a areia de vermelho.

      Thor e seu grupo atacaram, eles formavam uma máquina de guerra bem lubrificada, em perfeita sincronia uns com os outros. O som do galope de seus cavalos os delatou. Os seis outros soldados se viraram e os encararam. Thor e seus soldados, montados em seus cavalos, avançaram de volta, preparando-se para encontrar-se com eles no meio do caminho.

      Thor e seus homens ainda tinham a vantagem da surpresa. Thor se inclinou para trás e atirou uma pedra com sua funda, atingindo um deles na têmpora desde uma distância aproximada de vinte metros. O jovem foi atingido enquanto estava tentando montar seu cavalo. Ele caiu para trás já morto, com as rédeas ainda em suas mãos.

      Ao aproximar-se deles, Reece lançou seu machado, Elden arremessou sua lança e cada um dos gêmeos atirou seu punhal. A superfície das areias era desnivelada e os cavalos escorregavam, fazendo com que o arremesso das armas fosse mais difícil do que o habitual. O machado de Reece atingiu o seu alvo, matando um soldado inimigo, mas a pontaria dos outros falhou.

      Agora restavam quatro deles. O líder do grupo irrompeu entre os soldados e avançou direto para Reece, quem estava desarmado. Reece tinha lançado o machado, mas ainda não tinha tido tempo de desembainhar a espada. Reece se preparou e no último segundo Krohn pulou para a frente e mordeu a perna do cavalo do soldado, o cavalo caiu, seu cavaleiro foi ao chão e a vida de Reece foi poupada no último momento.

      Reece desembainhou a espada e apunhalou o soldado que estava aos seus pés, matando-o antes que ele pudesse se recuperar.

      Isso reduzia o inimigo a apenas três homens. Um deles veio para Elden com um machado, balançando-o direto para a cabeça dele; Elden bloqueou-o com seu escudo e com o mesmo movimento balançou sua espada e cortou o cabo do machado ao meio. Então Elden virou-se e golpeou fortemente o atacante em um lado da cabeça com seu escudo, derrubando-o do cavalo.

      Outro soldado puxou um mangual da cintura e balançou sua longa corrente, a ponta dele estava cheia de puas e veio descendo repentinamente sobre O’Connor. Tudo aconteceu muito rápido e O’Connor não tinha tempo para reagir.

      Thor viu o que estava por suceder e avançou para o lado de seu amigo, levantando a espada e cortando a corrente do mangual, antes que ela atingisse O’Connor. Ouviu-se o som produzido pela espada ao cortar o ferro e Thor ficou maravilhado ao perceber o quanto sua espada era afiada. A bola cheia de saliências pontudas saiu voando baixo sem causar danos e se alojou na areia, salvando a vida de O’Connor. Conval então cavalgou até o soldado e o atravessou com uma lança, matando-o instantaneamente.

      O último soldado do Império viu que estava em franca desvantagem; o medo era visível em seus olhos, de repente, ele se virou e foi embora, correndo pela praia. As marcas profundas dos cascos de seu cavalo ficaram impressas na areia.

      Todos eles voltaram seus olhos para o soldado em retirada: Thor atirou uma pedra com sua funda, O’Connor levantou seu arco e disparou e Reece arremessou uma lança. Mas o soldado cavalgava de uma forma demasiado irregular, o cavalo afundava na areia e todos eles falharam o alvo.

      Elden desembainhou a espada e Thor podia ver que ele estava prestes a perseguir o homem. Thor estendeu a mão e fez um gesto para ele ficar parado.

      “Não vá!” Thor exclamou.

      Elden se virou e olhou para ele.

      “Se ele escapar, ele enviará outros atrás de nós!” Elden protestou.

      Thor virou-se e olhou para o barco, ele sabia que levaria um tempo precioso caçar o soldado inimigo – era um tempo que eles não podiam desperdiçar.

      “O Império virá atrás de nós de todas as maneiras.” Disse Thor. “Nós não temos tempo a perder. O mais importante agora é ficar bem longe daqui. Para o barco!”

      Eles desmontaram dos cavalos quando chegaram ao barco e Thor começou a esvaziar a sela de seu cavalo, retirando dela todas as provisões. Os outros fizeram o mesmo, carregando suas armas, seus sacos de comida e água. Quem poderia saber quanto tempo a viagem duraria, quanto tempo lhes tomaria até que eles vissem terra firme de novo, se é que eles veriam terra novamente. Thor também carregou comida para Krohn.

      Eles jogaram os sacos para o alto, por cima da varanda do barco; os sacos caíram no convés acima deles, com um baque surdo.

      Thor pegou a grossa corda que estava pendurada sobre a lateral do barco, a corda áspera machucava suas mãos, ele testou-a. Ele colocou Krohn por cima do ombro, o peso de ambos punha a prova seus músculos, ele subiu pela corda, em direção ao convés. Krohn gemia em seu ouvido, abraçava-se ao seu peito com suas garras afiadas, agarrando-se a Thor com força.

      Logo Thor estava sobre a varanda, Krohn pulou de cima dele direto para o convés e os outros o seguiram de perto. Thor inclinou-se e olhou para os cavalos na praia, eles olhavam para cima, como se estivessem à espera de um comando.

      “E o que vai ser deles?” Reece perguntou ao vir para o lado de Thor.

      Thor virou-se e examinou o barco: ele talvez tivesse uns seis metros de comprimento e metade disso de largura. Era grande o suficiente para os sete, mas não para os seus cavalos. Se eles tentassem levá-los, os cavalos podiam destroçar a madeira e danificar o barco. Eles tinham de deixá-los para trás.

      “Nós não temos escolha.” Thor disse, olhando penosamente para eles. “Nós vamos ter de conseguir outros.”

      O’Connor inclinou-se sobre a varanda.

      “Eles são cavalos inteligentes.” O’Connor disse. “Eu os treinei bem. Eles vão voltar para casa a um comando meu.”

      O’Connor deu um assobio agudo.

      Como se fossem um, os cavalos se viraram e saíram galopando, correndo pela areia e desaparecendo na floresta, voltando para o Anel.

      Thor se virou e olhou para seus irmãos, olhou para o barco e para o mar diante deles. Agora, eles estavam isolados, sem cavalos, não tinham escolha a não ser seguir em frente. A realidade os estava golpeando. Eles estavam realmente sozinhos, sem nada mais além daquele barco e a ponto de partir da costa do Anel de maneira definitiva. Agora não havia como voltar atrás.

      “E como é que vamos conseguir levar esse barco para a água?” Perguntou Conval. Todos olharam para baixo, para o casco a três metros abaixo. Uma pequena parte dele estava sobre as ondas do Tartuvian, mas a maior parte estava assentada firmemente na areia.

      “Por aqui!” Conven disse.

      Eles correram para o outro lado, onde uma corrente de ferro grossa pendia sobre a borda e em cuja parte inferior havia uma imensa bola de ferro metida na areia.

      Conven

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