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Um Juramento de Irmãos . Морган Райс
Читать онлайн.Название Um Juramento de Irmãos
Год выпуска 0
isbn 9781632915184
Автор произведения Морган Райс
Серия Anel Do Feiticeiro
Издательство Lukeman Literary Management Ltd
"O Império fica do outro lado do mundo, meu senhor," Alistair fala para Erec. "Essa será uma longa viagem. Por que você fica aqui no convés? Por que você não desce e dorme um pouco? Você não dorme há dias," ela fala, observando as olheiras sob os olhos dele.
Erec balança a cabeça.
"Um comandante nunca dorme," ele responde. "E, além disso, estamos quase chegando ao nosso destino."
"Nosso destino?" ela pergunta intrigada.
Erec assente e olha para a névoa.
Ela segue a direção de seu olhar, mas não vê nada.
"A Ilha de Boulder," ele explica. "Essa será a nossa primeira parada."
"Mas por quê?" ela pergunta. "Por que parar antes de chegar ao Império?"
"Precisamos de uma frota maior," Strom entra na conversa, respondendo por ele. "Não podemos enfrentar o Império apenas com algumas dezenas de navios."
"E você vai encontrar esta frota na Ilha de Boulder?" pergunta Alistair.
Erec assente. "É possível," ele diz. "A Ilha de Boulder tem navios e homens – mais do que nós. Eles desprezam o Império e já ajudaram o meu pai no passado."
"Mas por que eles irão ajudá-lo agora?" ela pergunta com curiosidade. "Quem são esses homens?"
"Mercenários," responde Strom. "Homens rudes forjados por uma ilha difícil cercada por mares agitados. Eles lutam por aquele que der o maior lance."
"Piratas," diz Alistair em tom de desaprovação, percebendo quem são os habitantes daquela ilha.
"Não exatamente," explica Strom. "Piratas vivem pela recompensa. Os habitantes da Ilha de Boulder vivem para matar."
Alistair olha para Erec e percebe pela expressão em seu rosto que o que Strom diz é verdade.
"É nobre lutar por uma causa verdadeira e justa com a ajuda de piratas?" ela pergunta. "Mercenários?"
"É nobre ganhar uma guerra," Erec responde, "e lutar por uma causa justa como a nossa. Os meios de travar tal guerra nem sempre são tão nobres quanto gostaríamos."
"Não é nobre morrer," acrescenta Strom. "E quem decide o que é nobre geralmente são os vencedores, não os perdedores."
Alistair franze a testa e Erec se vira para ela. "Nem todo mundo é tão nobre quanto você, minha senhora," ele fala. "Ou como eu. Essa não é a maneira como o mundo funciona. Essa não é a maneira como as guerras são vencidas."
"E podemos confiar nesses homens?" ela pergunta.
Erec suspira e olha para o horizonte com as mãos nos quadris, se perguntando a mesma coisa.
"Nosso pai confiava neles," ele finalmente diz. "E seu pai antes dele. Os homens da Ilha de Boulder nunca falharam com eles."
"E isso significa que eles não nos trairão agora?" ela pergunta.
Erec analisa o horizonte e, ao fazer isso, de repente o nevoeiro se dissipa e o sol aparece por trás das nuvens. A vista muda drasticamente e o coração de Alistair começa a bater acelerado quando ela avista terra firme ao longe. No horizonte distante, há uma ilha formada por penhascos íngremes onde parece não haver lugar para desembarque, nenhuma praia e nenhuma entrada. Então Alistair olha para cima e vê um arco, uma porta aberta na própria montanha; é uma entrada grande e imponente, guardada por uma ponte levadiça de ferro, uma parede de rocha sólida com uma porta no meio. Aquilo é diferente de tudo que Alistair já tinha visto.
Erec olha para o horizonte, observando a porta iluminada pelos raios de sol, e tem a impressão de que aquela é a entrada para outro mundo.
"A confiança, minha senhora," ele finalmente responde, "nasce da necessidade – e é uma coisa muito precária atualmente."
CAPÍTULO SETE
Darius fica em pé no meio do campo de batalhas segurando uma espada feita de aço e olha ao seu redor, absorvendo a cena. Tudo aquilo lhe parece surreal. Mesmo ao ver a cena com seus próprios olhos, ele não consegue acreditar no que tinha acabado de acontecer. Eles haviam derrotado o Império. Ele e algumas centenas de aldeões, sem qualquer tipo de arma de verdade – com a ajuda de algumas centenas dos homens de Gwendolyn – haviam derrotado aquele exército profissional de centenas de soldados do Império. Eles tinham armaduras e armas da melhor qualidade e também a ajuda de zertas. E ele, Darius, praticamente desarmado, havia liderado a batalha e desarmado todos eles – a primeira vitória contra o Império em toda a história do reino.
Ali, naquele lugar, onde ele havia esperado morrer defendendo a honra de Loti, ele ainda resiste, vitorioso.
Um conquistador.
Enquanto avalia o campo de batalhas, Darius vê os corpos de dezenas de aldeões misturados aos corpos dos soldados do Império – dezenas de mortos – e a tristeza se mistura à sua alegria. Ele flexiona seus músculos e percebe a presença de novos ferimentos, cortes de espada em seus bíceps e em suas coxas, sentindo novamente a dor da ferida em suas costas. Ele pensa na retaliação que certamente virá e sabe que aquela vitória terá um preço.
Mas por outro lado, ele pensa, toda liberdade tem um preço.
Darius sente um movimento e ao se virar vê seus amigos Raj e Desmond se aproximando; eles estão feridos, mas Darius fica aliviado ao ver que estão vivos. Ele pode ver em seus olhos que Raj e Desmond olham para ele de modo diferente – que todo o seu povo agora olha para ele de maneira diferente. Eles olham para ele com respeito e algo mais – admiração. Como uma lenda viva. Todos tinham visto o que ele havia feito, enfrentando o Império sozinho. E derrotando todos eles.
Eles não o veem mais como um garoto. Eles agora olham para Darius como um líder. Como um guerreiro. Aquele é um olhar que ele nunca havia esperado ver nos olhos daqueles garotos mais velhos, ou nos olhos dos aldeões. Ele sempre tinha sido ignorado, o garoto de quem eles não haviam tido muitas expectativas.
Aproximando-se dele ao lado de Raj e de Desmond estão dezenas de seus irmãos de armas, garotos com quem Darius havia treinado e duelado dia após dia, um grupo de quase cinquenta meninos que sacodem a poeira e se reúnem em torno dele. Eles olham com admiração e espanto para Darius, que está em pé no meio do campo de batalhas com sua espada de aço na mão e coberto de ferimentos. Eles também demonstram esperança.
Raj dá um passo adiante e o abraça, sendo seguido por cada um dos garotos.
"O que você fez foi imprudente," diz Raj com um sorriso. "Eu não achei que você fosse capaz disso."
"Eu tinha certeza de que você fosse se render," Desmond fala.
"Mal posso acreditar que estamos todos vivos," completa Luzi.
Eles olham ao seu redor com espanto, avaliando a cena como se tivessem acabado de chegar a um planeta estranho. Darius observa todos os corpos e olha para aquelas armaduras e armas de qualidade brilhando sob o sol; ele ouve o som de pássaros e vê abutres circulando o céu acima deles.
"Recolham essas armas," Darius se ouve dizendo, tomando a liderança. É uma voz forte, mais profunda do que ele já tinha usado antes e carrega um tom de autoridade que ele ainda não tinha reconhecido em si mesmo. "E enterrem os nossos mortos."
Seus homens ouvem e se separam, indo de soldado e soldado e recolhendo o que podem; eles escolhem as melhores armas: alguns pegam espadas, outros preferem maças, manguais, punhais, machados e martelos de guerra. Darius segura a espada que havia pegado do comandante e a admira sob a luz do sol. Ele aprecia o peso da arma, seu punho elaborado e a lâmina afiada da arma. Aço de verdade. Algo que ele havia acreditado que nunca teria a chance de segurar em toda a sua vida. Darius pretende usá-la com frequência, matando quantos soldados do Império for possível.
"Darius!" grita uma voz que ele conhece bem.
Ele se vira e vê Loti atravessar a multidão com lágrimas nos olhos e correr na direção dele. Ela se aproxima e lágrimas quentes escorrem pelo